Capítulo 27

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Escutar seu grito de dor ecoar no subsolo da casa, fez meu peito apertar

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Escutar seu grito de dor ecoar no subsolo da casa, fez meu peito apertar. Eu a destruí. Naya estava quebrada e eu era o único responsável por isso.

Sei que ela me odeia agora, mas eu não podia voltar atrás nas minhas decisões e nem quebrar a promessa que fiz ao meu pai. Se fizesse isso, não seria um homem de palavra.

Um de meus homens levou Naya até um dos quartos. Ela precisa de um tempo sozinha, ela precisa colocar sua cabeça no lugar, aceitar que seu pai morreu e que eu o matei.

Subi as escadas para sair daquele lugar, não sem antes mandar meus homens limparem a bagunça que deixei lá.

Passei pela sala da casa, indo até o escritório já acendendo um cigarro. Eu me encontrava um pouco nervoso. Me sentei em minha cadeira e refleti sobre o única coisa que me incomoda nesse momento: Naya era casada.

__ Está nervoso - ergui meus olhos para encarar meu irmão que entrava no cômodo.

__ É claro! Acabei de saber que a mulher que eu amo está casada com o meu pior inimigo.

Falar isso em voz alta era ainda mais repugnante. Aleksander Petrova não era homem para te-la, não que eu fosse um príncipe encantado, mas ele era um maldito canalha que não daria a mínima em machucar qualquer pessoa.

__ Se apaixonou mesmo por ela?

A revelação que fiz lá embaixo, pegou a todos de surpresa. Eu era conhecido por não dar a mínima para os sentimentos alheios. Eu não amava ninguém, não me preocupava com ninguém, com exceção dos meus irmãos é claro, apenas por serem minha família.

__ Não estava nos planos - joguei a guimba do cigarro no cinzeiro - Apenas aconteceu e eu perdi o meu próprio controle.

Me levantei indo em direção a porta. Eu preciso vê-la.

__ Onde vai Pedro?

__ Vou ver como Naya está.

Saí sem esperar por sua reposta que, com toda a certeza, seria de reprovação.

Subi um degrau de cada vez, tentando manter a calma e afastar a ansiedade que tomava meu corpo. Parei em frente ao quarto dela, girei a maçaneta e entrei no local.

Meus olhos varreram todo o quarto parando na grande cama. Vi seu corpo encolhido no meio da cama e seu fungar baixinho, denunciando que estava chorando.

__ Naya? - chamei seu nome. Seu corpo se tornou tenso e ela se encolheu mais - Olhe pra mim.

Pedi com a voz calma não sendo correspondido.

__ Não vou deixar você ir com aquele cara! Ele não serve pra você.

Como se tivesse tomado um choque, Naya se sentou na cama. Seus olhos vermelhos e tomados de lágrimas, encontraram os meus. O ódio era notável em seu olhar.

Amando O Inimigo (Cosa Nostra) Onde histórias criam vida. Descubra agora