Capítulo 14

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Pensamentos rodavam minha mente naquela noite escura e fria

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Pensamentos rodavam minha mente naquela noite escura e fria. Pensava qual seria meu próximo passo para matar aquele velho desgraçado. Se passaram dezesseis anos desde de que vi meus pais uma últimas vez, porém parece que foi há poucos dias. Sempre relembro aquela cena terrível na minha mente, é algo que não consigo evitar, quando menos espero, já estou de volta naquele maldito dia e uma raiva incontrolável cresce no meu peito.

Nunca desejei tanto algo, como desejo tirar as vida de Alberto com minhas próprias mãos. Ainda criança, eu me perguntava como um irmão tem tanta coragem para matar o outro a sangue frio, como meu tio fez com o meu pai. Eu e Peter temos uma relação considerável, claro que temos nossas discussões, principalmente quando temos opiniões diferentes, mas nem por isso, tiraria a vida de alguém que amo.

Mudei muito após a morte dos meus pais. Pessoas que me viram crescer, até dizem que eu perdi o brilho que tinha em meus olhos, me tornando um homem frio e sem sentimentos. Eu não me sinto mais o mesmo, sei que mudei, e como não mudaria depois da vida de merda que levei depois daquilo?

A única palavra que me define hoje é: Vingança. Eu tenho sede dela, quero me vingar de cada miserável que ajudou Alberto a fazer aquele massacre na sala dessa casa, onde me encontro jogado no sofá. A casa passou por reformas, está bem diferente de como era no passado, mas as lembranças ainda estão aqui, não tem como ser apagadas.

__ No que tanto pensa Pedrito?

Ergui minha cabeça e vi Paolla se aproximar, se jogando logo em seguida em meu colo. Ela deitou no sofá, esticou a pernas e apoiou a cabeça em minha coxa. Meus dedos foram diretos em seus fios de cabelo, fazendo uma carícia, que sabia que ela adorava. Isso me lembrou da nossa infância, fazia muito isso com ela quando tinha um pesadelo e não conseguia voltar a dormir, o carinho em sua cabeça a acalmava. Hoje Paolla se tornou minha prioridade, sou capaz de matar e morrer por ela, a felicidade da minha irmã é tudo pra mim, quero ve-la feliz e ter seus sorrisos doces novamente.

__ Nada de mais irmãzinha — ela me olhou nos olhos, como se quisesse se certificar de que eu falava a verdade — Como está indo as coisas?

__ Indo — sorrimos — Vamos dar a cartada final quando? Quero participar de algo a mais Pedro!

Ela fez um drama típico dela. Iria responder, mas fui interrompido pelo meu irmão mais velho.

__ Logo garotinha — Peter sempre a chamava assim e ela nunca gostava — Tem que aprender a ser mais paciente, as coisas tem que sair do jeito que planejamos.

Peter tomou frente da máfia aos 14 anos, ele foi o único que permaneceu na casa depois da morte dos nossos pais, e com a ajuda de Matias, fez um ótimos trabalho no tempo que estiver fora e não podia assumir. Por esse motivo, tanto eu como Paolla, sempre o escutávamos. Peter deve que amadurecer sem querer, deixou sua adolescência de lado, para viver e tomar frente de nosso clã. Sei que onde quer que Joseph Vincenzzo estiver, sei que nosso pai está orgulhoso do filho que criou.

Amando O Inimigo (Cosa Nostra) Onde histórias criam vida. Descubra agora