Epílogo 2

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Beatryce

Pedro sai pisando duro para fora do jardim, onde a cerimônia nem ao menos acabou.

Sigo no seu encalço, até chegamos na pequena pista de pouso, onde ele entra de uma vez no jatinho da máfia.

__ Obrigada - agradeço um dos saldados que me ajudou a subir a peqiena escada do jato.

Avisto Pedro se ajeitando em uma das poltronas e vou em sua direção. Me sento ao seu lado, escutando sua respiração pesada e funda. Ele está irritado.

__ Vamos embora agora! - Pedro ordena ao piloto, que assente com a cabeça e se prepara para levantar voo.

E em poucos minutos já estamos no ar, voando novamente para a Itália. Nas primeiras horas de viagem, não quis falar com ele, respeitando seu espaço e ve-lo assim, triste e magoado, acaba comigo.

__ Você está bem? - perguntou encarando suas feições tristes.

__ Vou ficar!

Nunca o vi de tal forma. Pedro sempre foi auto suficiente e não ligava para o que as pessoas pensavam de si ou se afastassem dele.

__ Ama ela mesmo não é?

__ Eu nunca soube o que era o amor de verdade até Naya aparece na minha vida - suspirou - Eu amo ela pra caralho, é um amor que chega a doer e saber que nunca mais a terei em meus braços, dilacera minha alma.

Ok, isso é estranho até mesmo para mim. Ver Pedro fazer declarações de amor seria cômico se não fosse trágica toda a situação.

__ Desculpa por estar falando isso a você Tryce - sorrio - Não precisa dar ouvidos.

__ Gosto quando me chama assim!

Sua testa franze.

__ Todos te chamam desse jeito.

__ É por causa de você - falo me lembrando da primeira vez que ele me chamou pelo apelido - Você me chamou de Tryce pela primeira vez e o apelido pegou.

Ficamos nos olhando por longos segundos. Digamos que sempre tive um carinho muito grande por ele, pois crescemos juntos e porra, Pedro foi meu primeiro beijo, minha primeira transa e acho que até, o meu primeiro amor.

__ Tenho uma proposta para te fazer! - digo tomando coragem de falar o que queria há tempos.

__ Que tipo de proposta? - ficou interessado.

__ Você fará 25 anos daqui quatro meses, precisa arrumar uma esposa, gerar herdeiros.

Pedro revira os olhos e joga a cabeça para trás, cobrindo o rosto com uma almofada.

__ Até você Tryce - sua voz sai abafada por conta da almofada - Peter está enchendo a porra do meu saco desde que retornei. Eu não quero me casar.

Tiro a almofada do seu rosto e o faço me olhar.

__ Mas é necessário. Você precisa de herdeiros para continuarem o legado da Cosa Nostra, o seu legado. - o ouço suspirar - É aí que entra minha proposta.

Ele franze o cenho, confuso com tudo que acabei de falar.

__ Por favor seja mais clara Tryce - pede.

Eu suspiro criando coragem.

__ Eu posso ser sua esposa!

Falei de uma vez. Em seus olhos, a surpresa aparece de reponde, o peguei despreparado e sei que não está entendendo nada.

__ Você tem que se casar e meu pai, bom... ele está em cima de mim, dizendo que preciso me casar - suspiro - Então, quero que se case comigo.

Ficamos em silêncio por um logo tempo e sinto arrependimento bater na porta. Sabia que ele não iria aceitar, como eu fui tola em achar que ele aceitaria uma coisa dessa.

__ Pedro, esquece isso tá, é loucu....

__ Eu aceito!

Olho para ele incrédula.

__ Bom... acho ideia excelente, eu preciso de uma esposa, você de um marido, juntaremos o útil ao agradável.

Um sorriso brota em meus lábios. Me jogo em seus braços o agradeço por aceitar o meu pedido maluco.

 Me jogo em seus braços o agradeço por aceitar o meu pedido maluco

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Amando O Inimigo (Cosa Nostra) Onde histórias criam vida. Descubra agora