Capítulo III.

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ᴍᴇᴜ ɪɴɪᴍɪɢᴏ

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Seus pés não tocavam o chão, e sim o procuravam. Desesperadamente, tentou lutar contra a mão que segurava logo abaixo de sua mandíbula, no entanto, era inútil.

— M-Me solte! A-Agora! — Balbuciou, um homem de fraco porte físico.

— Se eu soltá-lo, vai ser uma queda bem feia. Cai entre nós, eu adoraria ver isso acontecer...— Deixou um sorriso fugir, o que fez o indivíduo bater os dentes.

— I-Idiota! Logo, você será enterrada junto com esse povo de merda!

A Pessoa que o segurava, o encarou com as pupilas dilatadas. O Jeito como o olhava, era como se lâminas o cortasse aos poucos.

Seu corpo se esfriou. Não sabia se o motivo, era porque estava suspenso no ar, acima de pontes, e uma vasta neblina, ou a mudança de feição que presenciou.

— Olha, que sorte! Não posso te jogar daqui de cima... Agradeça ao seu valor.

A Jovem se afastou, puxando-o ao telhado no qual estava. Por um momento, o homem relaxou. Engasgou com seu próprio suspiro, ao ter sua garganta agarrada por trás por bíceps.

— V-Você... D-Disse que e-eu.... T-Tenho v-valor!! — Gaguejou, buscando se libertar.

— Foi mal, me expressei errado! O Que você tem é valioso. E Se realmente ligasse pra valor, massacre nenhum teria acontecido!

— G-Gente do s-seu tipo... M-Merece o p-pior...

— Tisk... Você acha, que famílias merecem ser destruídas, por causa de uma precaução estúpida?!

Ele cuspiu sangue.
A Força colocada era superior, e se tornava mais a cada segundo.

— T-Talvez... Elas... T-Tambem... T-Tenham m-merecido...!

Fora finalizado. Seus músculos enfim, desistiram. Seus olhos soturnos, sem brilho algum. A Sensação de ter um corpo gelado em contato com sua pele, fez a garota se abalar momentaneamente.

O Jogou de lado, grosseiramente, pressionando os lábios.
Após se recompor, caminhou até um saco largado na vértice do telhado.

Revistou todos os bolsos do uniforme que o rapaz usava. Pondo todo e qualquer item na bolsa.
Amarrou a boca do saco, o fechando, e colocando em suas costas.

Sua mão livre foi o auxílio para chegar sem danos, ao solo revestido por impurezas. Que desalojou uma fina camada de poeira ao impacto

𓏲𓏲⊹--12:30 [PM].

Conforme andava, a neblina fora se esvaindo aos poucos, oferecendo uma melhorada visão dos prédios, e especialmente, letreiros carregando cores vivas.

Um em específico, havia uma caneca de vidro, vibrante na cor verde, acompanhada do título:
"Rented Paradise"

Ela deu de ombros, e pôs um capuz preto sobre sua cabeça. Abriu a porta rústica, deixando que se feche assim que adentrou.

MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora