Capítulo VIII.

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ᴍᴇᴜ ɪɴɪᴍɪɢᴏ

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As mesas esvaziaram. Acabou, por Marik ficar só, bebendo por sua conta, uma garrafa de bebida. Contudo, logo alguém apareceu para lhe fazer companhia.

Somente aguardou todos irem embora, para confronta-lo frente a frente.
Apertou os punhos com seu rosto contorcido.

- Mas que merda você pensa em fazer?!

· · • • • Poucas horas antes • • • · ·

O Pressentimento não lhe impediu de bisbilhotar.
Girou levemente a maçaneta, com a intenção de checar o lado de fora, e logo, a conversa do bartender com o homem lhe veio aos ouvidos.

Manteu-se quieta. Seu corpo espremido na abertura. Paralisou-se ao ouvir a decisão de Marik. Seus olhos tremeram. Não sabia ao certo o que fazer. Só sabia que queria fazê-lo repensar enquanto era tempo.

Optou por, se agachar no pequeno corredor antes dos degraus. Após a porta ser fechada, todo e qualquer barulho abalou-se.

Ember vasculhava as gavetas e armários.
Nessa busca, achou um giz colorido, e com ele, rabiscou uma das carcaças que trouxera em sua bolsa.

Estava tão ocupada se divertindo, que podia-se dizer que, esqueceu-se de todos ao seu redor.

"Rented Paradise", fora o primeiro lugar que pensou para se refugiar. O Único lugar, que sentia-se realmente acolhida, ao menos, por Marik.

Não era questão de entretenimento, como beber. Talvez gostasse de ser repreendida por Marik, no entanto, não passava de conselhos. Desesperados para fazê-la mudar enquanto podia.

· · • • • ✤ • • • · ·

Abigail bateu com o punho na mesa. Marik assustou-se com sua ação e pergunta. Preferiu não tentar adivinhar a razão por trás.

Ele repousou ambas as mãos nas bordas da bancada, e a questionou:

- De que merda, nos estamos falando?

- Não finja que não sabe! Acha mesmo que eu vou deixar? Mas nem ferrando!

- Escuta, Abigail. Eu não estou te entend-...

- Eu que sou a culpada! Não é da sua conta.

Levantou as sobrancelhas. Sua boca aberta. Recuperou-se rapidamente, após a perda de fôlego pela revelação.

Bebeu um tremendo gole de sua garrafa, hesitando dar á ela uma resposta.

- Não deveria ouvir as conversas dos adultos.

- Isso não importa! O Que importa, é que tá querendo jogar a sua vida fora por culpa minha! Vem cá, o que te levou a ter essa ideia maluca?

Ele suspirou, e tomou-lhe coragem para dizer:

- A Ember precisa de você. Agora que se resolveram, as coisas não podem acabar com a irmã mais velha indo presa, ou morta.

- Eu sei... Mas você não pode fazer isso! Não tem que ser você!

- Os guardas precisam de alguém. Quanto mais rápido eles terem alguém para culpar, mais rápido o Abismo vai ser poupado. Pelo menos, até o próximo extermínio, ou algum crime louco.

MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora