GW-015

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Pedro Augusto
São Paulo - ponto de vista
-07/06/2021-

Eu acordei entre as 9 horas. Não sabia que horas Vitor acordava, e não seria legal ficar esperando na porta da casa dele.

Lia já nem estava na cama comigo, o que me assustou. Lia não tem altura pra' descer da minha cama.

Levantei encontrando ela na sala, brincando de pintar com a Malu.

- Aí meu Deus, que susto.

- Bom dia! - Malu disse

- Você pegou a Lia?

- Ela desceu sozinha.

- Senhor, como? - olho pra' Lia.

- Eu só desci..

- Toma cuidado, você não tem altura pra' descer daquela cama grandona.

- Tá bom. Você já vai sair?

- Eu vou me arrumar primeiro. Vocês já estão indo também? - Agora olho para Malu.

- Estávamos te esperando acordar.

- Eu prometo resolver tudo rápidinho pra ficar com vocês lá.

- Tá bom amigo. - Malu se levanta pegando a mochila da Lia. - Vamos princesa?

- Uhum - Lia se levanta e abraça minha perna, fazendo com que eu pegasse ela no colo, dando beijos da sua bochecha.

- Tchau meu amor. Obedece a tia Malu e seus avós.

- Tá bom! - Lia estica os braços pra' Malu que pega ela, indo pro carro.

Vou para cozinha, preenchendo o fundo de uma caneca com um pouco de café, e preparando um pão na chapa pro meu café da manhã.

Enquanto o pão não ficava pronto fui ver uma roupa pra' usar.

Escolhi uma calça de moletom, cinza, cintura baixa. Colocando uma regata branca, que deixava um pouco amostrada minha cintura.

Mas eu me recuso a trocar de regata, tenho ela a tanto tempo, não quero comprar outra. Essa aqui já faz parte do meu corpo.

(...)

Depois de tomar meu café, corri pra' colocar uma jaqueta de couro, já que o vento batia muito frio.

Peguei tudo que precisava, e minha pasta, com projetos de histórias, acabados, inacabados, iniciados e esquecidos.

Coloquei no banco da moto, coloquei meu capacete, e fui para casa de Vitor.

Um nervosismo batia. Eu só usaria ele, então não posso criar uma amizade, muito menos me apegar nessa coisa de ficar falando com ele.

Eu preciso alcançar meus objetos, e é apenas isso que vou fazer.

Quando cheguei no portão da casa de Vitor, pensei duas vezes, tocando o interfone. O mesmo atendeu e sua voz surpresa ecoou pelo meu ouvido.

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