Capítulo Sete

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Amelia

Corto o sanduíche ao meio e o deslizo sobre o balcão para meu pai.

"Vai me dizer por que está toda arrumada?"

"Não estou toda arrumada." Digo defensivamente, me olhando.

Uso calças de yoga, uma camisa folgada e estou com os pés descalços.Meu pai levanta uma sobrancelha para mim.

"Seu cabelo e rosto."

"Oh."

Meu pai não chegou até o final da tarde. Quis me manter ocupada, então tomei um longo banho, em seguida, passei um tempo extra com meu cabelo,
unhas e maquiagem. Eu sabia que iria ficar apertado entre meu pai estar aqui e os planos que fiz para a noite.

Já escolhi uma roupa e sapatos para usar então
posso me vestir rapidamente quando meu pai sair. Aparentemente não sou tão inteligente quanto penso. Nem mesmo estou tentando me vestir para meu encontro, mais me manter ocupada então vou parar de fantasiar sobre os dois homens ao lado.

"Eu posso ter um encontro." Dou de ombros e agora ambas as sobrancelhas sobem. "Quero dizer, é quase um encontro. Eu não... não é nada especial." Levanto as mãos no ar.

Papai sorri para mim. "Com?"

Pego meu telefone do balcão da cozinha e abro o perfil do cara para mostrar a ele. Meu pai o verifica antes de entregar o telefone de volta para mim.

"Ele é médico."Assinto."Não gosto dele."Reviro os olhos.

"Como pode não gostar dele? Você não o conheceu. Pais não devem querer que suas filhas namorem médicos?"

"Um médico trabalha demais." Ele reclama.

"Você não sabe." Pego uma uva da tigela que coloquei para comer com o sanduíche que fiz para meu pai. "Nós dois estamos na saúde. O corpo humano."

Acrescento, tentando chegar a algo. Nem sei por que estou me incomodando.Realmente não importa, porque não estou animada sobre o encontro.

"Tenho certeza que ele está para o corpo humano." Meu pai diz, revirando os olhos, e minhas bochechas esquentam.

Jogo uma uva nele e ele ri.

"Pai! Tenho que sair. Preciso ter encontros e conhecer pessoas."

"Vai conhecer pessoas quando vir trabalhar. É assim que a maioria das pessoas faz amigos."

"Quero mais do que amigos, pai, e não sei se é sábio namorar alguém com quem trabalho." Não consigo parar de olhar para minha porta da frente. Minha
mente vai direto para Dean e Wes.

"Sim, talvez essa não seja uma grande ideia." Olho de volta para o meu pai e vejo que seus olhos estão na porta. "Não queria falar disso enquanto estamos revisando o trabalho, mas uma vez que terminarmos com tudo isso estou entrando no modo de pai."

"Uh oh." Murmuro e sorrio para ele.

Ele dá uma mordida em seu sanduíche e imagino onde isso vai dar.

"Ouvi dizer que saiu ontem à noite com o time. Que Dean e Wes estavam lá."

"A maioria do time estava." Tento escapar.

"Sim, mas Dean e Wes também."

"E daí?"

"Eles não vão a festas."

"Oh." Pego a tigela de uvas e a levo até a geladeira e guardo.

Não sei o que dizer sobre isso, mas meu estômago parece quente. Eles disseram a verdade sobre o que gostam de fazer. Eles são discretos e gosto disso.

O dobro da dorOnde histórias criam vida. Descubra agora