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Lalisa P.O.V.

As seis horas meu despertador tocou como de rotina mas diferente de todas as manhãs eu não reclamei e ainda com meus olhos fechados respirei fundo sentindo seu cheiro invadir minhas narinas e pela primeira vez em uma manhã, acordei sorrindo. Abri meus olhos vendo seus cabelos negros sobre o travesseiro e seu corpo coberto pelo lençol até o pescoço. Seus olhos ainda estavam fechando, deixando seu rosto ainda mais sereno. Não segurei minha vontade de tocá-la e levei meus dedos até seu rosto dando uma leve carícia. Depois do acontecimento na noite passada, pude entender por que ela era especial. Eu conhecia muito bem o significado daqueles olhos que me deixaram ainda mais apaixonada pela ômega.

Jen — Eu poderia acordar assim pro resto da vida.

— Pensei que ainda estava dormindo.

Jen — Seu despertador é bem barulhento.

Ela abriu os olhos me deixando mirar seu olhos esverdeados e eu não contive o sorriso em meus lábios:

Jen — Bom dia Lili

— Bom dia Nini

Suspendi um pouco meu rosto para deixar um selinho em seus lábios. Nossa bocas ficaram grudadas por longos minutos, não existia malícia nele, apenas carinho. Quando nos afastamos ela se movimentou na cama e eu aproveitei para me levantar:

— Se ficarmos muito tempo nessa cama vamos acabar nos atrasando.

Jen — Tem razão. (Se levantou)

— Vai precisar pegar uma das minhas roupas para ir pro colégio.

Jen — Eu nem trouxe as outras peças e já vou pegar mais roupas suas.

— Eu não me importo. Gosto de te ver vestida com minhas roupas.

Jen — Eu fico com seu cheiro.

— Eu sei e adoro isso. (Sorri) - Eu vou tomar banho lá embaixo. Pode pegar qualquer coisa no closet.

Jen — Liz, o quarto é seu.

— Tá tudo bem.

Ela negou com a cabeça e eu me aproximei mais dela que suspirou fitando meus olhos. Passei minha mão por seu pescoço segurando seu rosto, vendo ela fechar os olhos pelo nosso toque e notei seus pelos se arrepiarem:

— Apenas faça o que eu disse.

Abriu os olhos concordando e eu sorri de leve. Fui até meu closet pegando minhas roupas para passar o dia e uma toalha limpa. Passei pela ômega que me observava dando um beijo no seu rosto e deixando o quarto.

(...)

Jen — Estão todos observando.

— Vamos apenas ignora-los.

Travei o carro e abri a porta descendo do automóvel. Jennie fazia o mesmo do banco do passageiro ao olhar atento de muitos alunos na entrada do colégio. A maioria ômegas, que me encaravam sem pudor algum.

Separadas ignoramos todos e fomos cada uma para um lado.

Jennie P.O.V.

Chae — É verdade que você chegou com a Senhora Manoban?

— Eu entrei nesse colégio a cinco minutos. Como já sabe disso?

Dahy — As coisas rodam rápido por aqui. Desembucha.

— Eu dormi na casa dela ontem a noite.

Dahy — Isso explica o cheiro forte dela em você. E que roupas são essas?

— São roupas dela. Tive que pegar emprestado.

Chae — A Manoban, foi tão agressiva que rasgou suas roupas?

— Não transamos Rosie. Eu só peguei as roupas dela emprestado para vim pro colégio. O temporal não me deixou ir pra casa ontem.

Chae — Sei..

O sinal tocou cortando sua fala e saímos andando em direção a nossa sala. Adentramos a sala vendo Haerin já se preparando para iniciar a aula:

— Bom dia professora. (Desejamos juntas)

Hae — Bom dia meninas. (Me encarou) - Jennie?

— Sim?

Hae — Seu cheiro está diferente. Está com cheiro de alfa.

— Deve ser impressão sua.

Hae — Eu não me enganaria.

(...)

Lalisa P.O.V.

— Você conseguiu Nini..

Jen — Eu sou um desastre em matemática.

Ela bufou deixando o lápis de lado e eu ri ouvindo o som da campainha. Me levantei deixando um beijo na ponta de seu nariz:

— Eu já volto. Continue tentando.

Ela concordou contra gosto e caminhei até a porta. Abri ela me deparando com a silhueta já conhecida por mim:

— Haerin? (Sorri)

Hae — Oi Lisa. (Sorrio) - Eu estava passando por aqui e resolvi te fazer uma visita. (Estendeu uma sacola) - Comprei um vinho para nós.

Eu conhecia Haerin muito bem e sabia que suas intenções em minha casa eram bem mais do que fazer uma visita ou tomar um vinho. A ômega vivia me cercando pelos corredores e até se insinuando para mim, eu negava todas suas investidas. A semanas atrás eu me sentia muito atraída por ela mas atualmente apenas a ômega sentada na mesa chamava minha atenção:

— Isso foi muito legal da sua parte. (Sorri apreensiva)

Hae — Então...eu posso entrar?

— Eu estou um pouco ocupada na verdade.

Hae — Isso não é problema. Posso te ajudar.

Ela simplesmente passou por mim entrando na casa. Fiquei tão surpresa com sua atitude que não impede.

Fechei a porta e segui a ômega que agora encarava Jennie com os olhos cerrados. Jennie também o encarava, mas com uma expressão curiosa e séria. Não parecia contente em vê-la ali:

Hae — Jennie ? O que faz aqui?

— hm, ela trabalha para mim. (Respondi apressada)

Hae — Trabalha? (Pareceu não acreditar) Com o que?

Jen — Eu cuido do irmão mais novo dela a tarde

Hae — A tarde já passou a algumas horas.

— Estou ajudando ela com a dificuldade em matemática.

Haerin desviou o olhar entre mim e Jennis caminhando até a mesa e vendo os livros e caderno espalhado pela mesa parece do confirmar o que eu tinha dito:

Hae — Por que não pediu minha ajuda, Jennie? (Sorri) - Eu sou sua professora.

Jen — Eu tentei e a senhora deixou bem claro que sua obrigação era dar a aula. Como todos entendiam menos eu, o problema devia estar em mim.

Haerin arregalou os olhos parecendo ter sido desmascarada e eu lhe encarei nada contente, Jennis não tinha me contado aquilo.

A função de um professor é ensinar seu aluno quantas vezes forem possível. Óbvio que uns tinham mais dificuldades que outros e como professores devemos insistir em seu aprendizado:

Hae — Eu...eu estava brincando, Jennie. Não acredito que levou isso a sério.

Jen — Parecia bem sério quando disse.

Mais um pra vcs!

My Alfa G!P - Jenlisa AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora