𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

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As ruas cinzas da Polônia, era possível se ver soldados alemães entrando e saindo e caminhões passando com feridos.

  Bem vindo a Polônia em 1939, alguns meses após a invasão da Alemanha em nossas terras, Lucca cuidava todos os que passavam pela janela de sua casa.

  Após a chegada das tropas alemãs ele tinha medo de sair, já que ele pegavam todos os que não eram de seu agrado, e só Deus sabia aonde iriam parar. Os que iam nunca mais voltavam, e os que voltavam acabavam se matando.

"Não tem pão" disse Jinna ao menor. "Posso confiar em você para comprá-los? " disse a irmã sorridente.

"Claro" disse Lucca pulando da poltrona.

"Ok, te darei o dinheiro, e com o troco compre algum doce para você" disse a mais velha.

O mais novo saiu saltitando, com isso chamou atenção de alguns soldados, mas logo passou despercebido.

"Oi Lana, quero quatro pães por favor" disse a garota da padaria.

"Claro Lucca" respondeu atendente.

  Apesar de quase não sair, ainda era bem conhecido nas ruas, já que a cidade não era muito grande.

"Aqui, mais alguma coisa" Durante esse diálogo ninguém havia notado que que tinha dois soldados alemães que haviam acabado de entrar no estabelicento, um deles em especial encarava Lucca.

"Eu quero esse dois pirulitos por favor" disse pagando.

  Lucca já havia pego as suas coisa e estava de saída, quando acaba esbarrando em um dos soldados.

"Desculpa moço, foi sem querer" disse desesperadamente.

"Tudo bem" disse pegando o queixo do menor fazendo ele olhar nos seus olhos "Mas não ande de cabeça baixa, pode acabar se machucando. "

"C-claro, obrigado" disse saindo

"Que milagre, se fosse outro você tinha matado aqui mesmo" brincou o outro soldado

"Seria covardia demais, olha o tamanho dele" disse enquanto observava o garoto abrir o doce pro lado de fora da padaria.

Lucca chega em casa o mais rápido possível, e Jinna como uma boa irmã nota a diferença no menor, mas não quis pergutar.

"Posso ir na praça Jinna? " pergunta Lucca

"Oque quer fazer lá? " disse espantada com a pergunta, já que o menor raramente saía de casa.

"Desenhar" disse com as folhas, lápis e todos os apetrechos.

"Tome cuidado" disse, mas quando percebeu a porta já tinha sido fechada, e Lucca já havia saído. "Esse menino viu "

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A praça era calma tinha algumas pessoas apenas. Então seria bom desenhar as paisagens enquanto comia o outro pirulito.

Havia um grupo de soldados que passavam pela região, porém Lucca estava prestando atenção em uma árvore que nem percebeu que eles se aproximava.

"Ei garoto levanta" disse um soldado logo sendo obedecido pelo menor.

"Olha que o polonês é bom em seguir ordem" disse o outro. "Oque você tá fazendo? " perguntou.

"Desenhando" disse de cabeça baixa.

"Passa pra cá" disse pegando o caderno e examinando o desenho "você desenha bem, já terminou? " perguntou.

"Ainda não senhor" disse com medo do que poderia acontecer.

"Nem obrigado diz, mas termina o chefe ia amar fazer um quadro"

"Desculpa minha falta de educação senhor, prometo nunca mais fazer isso, mas termino sim"

"Dessa vez passa... Espera você é o garoto de hoje de manhã não é, na padaria"

Nesse momento o menor travou, estava com medo pôr que os outros quatro soldados não era o que passou pano pra ele.

"E-eu? A-a e-então " disse começando a tremer.

"É ele que o Matheus quer comer? " disse o soldado mais alto.

"É esse mesmo" disse rindo.

  Lucca estava apovorado com a situação, mas decidiu esperar pra ver oque teria de fazer.

"Vamos ali no cantinho" disse um dos soldados levando Lucca até lá. "Não vai doer nada" disse tirando a roupa do menor.

  E assim abusaram dele. Depois ser deixado lá jogado, como se a vida dele não importasse. E no fundo não importava. Não pra eles.

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Cartas de guerra - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora