Cartas de guerra - Livro I

𝐇𝐨𝐦𝐞

  Lucca havia acabado de chegar, Jinna estava sentada o esperando.

"Oquê aconteceu? " disse a mais velha

"Os alemães" disse com os olhos cheios de lágrimas.

"Oque eles fizeram? "

"Jinna, eles me tocaram, tiraram tudo sem a minha permissão. Aqueles monstros, Jinna tá doendo" dizia o menor em prantos.

"Calma, vamos resolver" disse sem certeza.

Lucca só sabia chorar, seu corpo estava machucado, sua alma sofria a cada torturante segundo que passava, era como se tudo de mais puro de seu corpo havia sido arrancado, mas não foi algo rápido, foi doloroso e lento.

  Jinna também não estava bem, ver seu irmão mais novo assim doía nela, ela queria que ele não passase por isso, mas seu pai um militar morto dentro de uma trincheira, sua mãe cometeu suicídio após ser interrogada por soldados alemães.

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"Vamos Lucca" dizia jinna no andar de baixo.

"Tô decendo" disse chegando no fim da escada. "Temos mesmo que ir lá?"

"Não quero te deixar sozinho aqui" disse gentilmente.

  Lucca continuava receoso, falar com o general Ritter não era a melhor coisa, ele debochava, mentia e mandava embora.

"Vamos tenho que trabalhar depois, e você fica com a Lana, obedeça ela ouviu? " disse a maior, recebendo um aceno do mais novo.

"Já sou um homenzinho ok? " disse caminhando com a mais velha, atraindo olhares para si, o fazendo se encolher.

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Lucca ajudava Lana ele ficava no caixa e ela na cozinha.

O manhã foi calma, na hora do almoço entrou alguns soldados incluindo os dois, o seu trauma do parque e o que ele esbarrou.

"Oque desejam? " disse indo até os soldados.

"Eu quero um desse" disse o maior.

"Ok, comer aqui ou senhor vai levar? " disse ao soldado.

"Comer aqui, e me vê um café também"

"Ok, e vocês? " disse pegando o bloco e a caneta.

Depois dos pedidos feitos, os soldados sentam em uma mesa, e Lucca vai pra cozinha.

"Lana, dois empanados e e três sanduiches, um deles é sem queijo, 4 cafés e uma água. Na mesa... 8" disse a mais velha.

"10 minutos. " disse a maior

"10 minutos" gritou aos soldados, recebendo um sinal de ok.

"Aqui." disse botando os pedidos mas mesas.

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"Deu 13,50 senhor" disse ao soldado. "Mais alguma coisa? "

"Um pirulito" disse pagando.

"Obrigado, volte sempre"

Depois disso os soldados saem e eles ficam a sós de novo, até ouvir um grito de Lana vindo da cozinha, fazendo o  soldado moreno voltar correndo.

"Lana? Tá bem? " perguntou assustado sem perceber o soldado atrás dele.

"Tô bem Lucca, só caiu a água quente no meu pé, pega um pano pra mim. " gritou de dentro da cozinha.

"Claro..." disse virando e dando de cara com o soldado. "Esqueceu alguma coisa senhor? "

"Pensei que tinha achado o senhor litvik" disse olhando sério ao menor.

"Quem é esse? " perguntou o menor.

"Ele jogou uma pedra, em um caminhão, ontem eles estavam no parque procurando ele"

"A... Desculpa mas eu tenho que pegar o pano da Lana" disse saíndo dalí.

Ele entrega o pano para mais velha, logo voltando a atenção ao soldado, ele era muito lindo não podia negar, mas espera ele era alemão, ele desejava sua morte não é? Talvez não, mas provavelmente sim.

"Porque ficou tão nervoso quando eu falei do parque? " disse o soldado.