Pedro Kingston era um jovem de 17 anos, com olhos que refletiam a curiosidade de quem busca o desconhecido e uma mente tão ágil quanto as estrelas que estudava.
Nascido em uma família nobre do século XIV, em um reino chamado Kingdom, Pedro era um estudante brilhante na faculdade, dedicando-se fervorosamente à astronomia e à química – ciências pouco compreendidas e muitas vezes temidas na época.Era um dia comum no vasto campus da universidade, mas para Pedro, não havia nada de comum em suas descobertas. Junto com seu inseparável amigo William, ele passava horas imersos em livros antigos e manuscritos, tentando desvendar os segredos do universo. William era um jovem robusto, com cabelos castanhos desgrenhados e um sorriso contagiante que muitas vezes era a causa dos problemas em que se metiam.
"Pedro, você precisa ver isto!" exclamou William, invadindo a pequena sala de estudos onde Pedro estava curvado sobre um pergaminho antigo.
Pedro ergueu os olhos, ajustando os óculos de leitura. "O que foi agora, William? Outro mapa de um tesouro escondido?" perguntou com um sorriso.
"Não, é melhor! Encontrei uma passagem secreta na biblioteca. Parece que leva aos antigos laboratórios dos alquimistas!" disse William, os olhos brilhando de curiosidade .
Pedro levantou-se de imediato, sua curiosidade aguçada. Os laboratórios dos alquimistas eram lendários, repletos de mistérios e conhecimento proibido. "Vamos verificar isso agora mesmo."
Os dois amigos correram pelos corredores da universidade, suas risadas ecoando pelas paredes de pedra. Ao chegarem à biblioteca, William os guiou até uma estante de livros empoeirados no canto mais escuro. "Aqui, ajuda-me a mover isto," disse William.
Com um esforço conjunto, empurraram a estante revelando uma passagem estreita atrás dela.
Pedro acendeu uma tocha que haviam trazido e, com William ao seu lado, adentraram o corredor escuro. O cheiro de mofo e os sons abafados de suas passadas criavam uma atmosfera de suspense.O corredor levou a uma sala espaçosa, cheia de frascos de vidro, pergaminhos e instrumentos estranhos. "Incrível," murmurou Pedro, explorando a sala com cuidado. "Esta deve ser uma das antigas oficinas de alquimia."
William se aproximou de uma mesa onde estava um grande livro de capa de couro. "Veja isto, Pedro. Parece um diário de experimentos."
Pedro abriu o livro com reverência, folheando as páginas cobertas de anotações complexas e diagramas. "Esta sala é uma mina de ouro de conhecimento. Se pudermos decifrar tudo isto, poderemos fazer descobertas que mudarão o mundo."
Enquanto Pedro e William examinavam os frascos e livros, perceberam que muitos dos experimentos envolviam substâncias e métodos que eram avançados demais para a época.
Pedro, com seus conhecimentos de química, reconheceu alguns compostos que só haviam sido teorizados. "William, isto é extraordinário. Eles estavam anos à frente do nosso tempo."William, sempre mais inclinado à ação do que à reflexão, começou a mexer nos instrumentos. "O que acha que esta coisa faz?" perguntou, segurando um estranho aparato de vidro.
"Tenha cuidado," advertiu Pedro. "Pode ser perigoso. Precisamos entender primeiro como funcionam esses mecanismos."
Depois de várias horas imersos nas descobertas, os dois amigos ouviram o sino da universidade tocando, sinalizando o fim das aulas do dia. "Devemos voltar antes que alguém perceba que sumimos," disse Pedro, relutante em deixar a sala.
"Vamos voltar amanhã," sugeriu William, fechando cuidadosamente o livro e colocando-o de volta na mesa. "Ainda há muito para descobrir."
Concordando, Pedro apagou a tocha e os dois voltaram pelo corredor, movendo a estante de volta ao lugar. "Ninguém pode saber sobre isso por enquanto," disse Pedro, o tom sério. "Precisamos entender o que encontramos antes de revelar a alguém."
William assentiu, e os dois saíram da biblioteca, cada um perdido em seus próprios pensamentos sobre as maravilhas que haviam descoberto. Pedro não podia deixar de sentir que estavam no limiar de algo grande, algo que poderia mudar suas vidas para sempre.
Ao caminhar pelos jardins da universidade, Pedro olhou para o céu estrelado. As estrelas, que sempre o fascinavam, agora pareciam guardar ainda mais segredos. E ele estava determinado a desvendá-los, não importando os desafios que viessem pela frente.
"Você está comigo, William?" perguntou Pedro, olhando para seu amigo.
"Até o fim," respondeu William, com um sorriso confiante. E com isso, os dois amigos se lançaram em uma nova jornada de descobertas, sabendo que o desconhecido estava ao seu alcance e que juntos poderiam conquistar qualquer coisa.
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The Last King of Tears
RomanceCapítulo 1: prólogo No século 14, na majestosa Inglaterra governada pelo Rei Arthur II, um país de vastos campos e grandes cidades onde o rei Arthur II governava a nação com a benção de Deus. A cena troca para uma biblioteca na cidade de Kingdom...