Após alguns dias de luto profundo pela perda de Laís, Pedro sentiu que não havia mais razões para permanecer na universidade ou na cidade que um dia compartilhou com sua amada. Com o coração destruído pela dor e pela promessa de vingança contra aqueles que tiraram seu amor, Pedro tomou uma decisão drástica: partir.
William tentou persuadi-lo a ficar, argumentando sobre a importância de permanecer unidos para buscar justiça. No entanto, Pedro estava decidido. Reuniu seus livros, suas roupas e o conhecimento que havia adquirido no laboratório secreto da universidade. Sem olhar para trás, partiu, deixando para trás tudo o que um dia conheceu, mas carregando consigo o juramento de vingança.
Quatro anos se passaram desde que Pedro partiu. William, agora um professor respeitado na universidade, refletia sobre os acontecimentos que mudaram suas vidas. Apesar de sua carreira acadêmica bem-sucedida, o vazio deixado pela morte de Laís ainda o assombrava. Ele e Sara, sua companheira de lutas e amiga próxima de Laís, haviam se separado após enfrentarem muitas dificuldades juntos.
Sara, agora uma escritora talentosa em um jornal local, também sentia a ausência de Pedro e a perda de Laís de maneira profunda. Ela escrevia sobre justiça, liberdade e os perigos da ignorância, mantendo viva a memória de sua amiga.
William, buscando uma distração para seus pensamentos sombrios, decidiu assistir a uma peça de mágica que havia chegado à cidade. Apesar de seu ceticismo em relação à magia, sabendo que muitos truques eram apenas artifícios científicos habilmente executados, ele se viu intrigado pela promessa de entretenimento.
A apresentação começou com truques simples, que William conseguiu explicar facilmente em termos científicos. No entanto, tudo mudou quando um homem mascarado subiu ao palco. Seus truques não eram apenas habilidades manuais; havia algo inexplicável neles. O mago desafiou o rei presente, realizando feitos de desaparecimento e teletransporte que deixaram todos perplexos, inclusive William.
O ápice da apresentação foi quando o mago criou uma esfera luminosa que flutuou no ar, emitindo uma luz brilhante semelhante ao sol. O público aplaudiu entusiasmado, mas William permaneceu atônito. Ele sabia que o que testemunhou não poderia ser explicado pelos truques tradicionais que conhecia.
De volta à universidade, William deitou-se em sua cama, incapaz de tirar da mente o que havia presenciado naquela noite. A magia, tão frequentemente descartada como ilusão, parecia ter se manifestado de uma forma completamente nova diante dele. Ele sabia que precisava entender mais sobre aquele mago e seus poderes, se é que realmente eram poderes.
Os próximos dias seriam de reflexão intensa para William. A descoberta daquele mago despertou sua curiosidade científica e o fez questionar profundamente sua compreensão do mundo ao seu redor. Enquanto isso, no coração da cidade, eventos que desafiam a lógica e a ciência continuariam a se desdobrar, mudando o curso das vidas daqueles que testemunharam o inesperado.
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The Last King of Tears
RomansaCapítulo 1: prólogo No século 14, na majestosa Inglaterra governada pelo Rei Arthur II, um país de vastos campos e grandes cidades onde o rei Arthur II governava a nação com a benção de Deus. A cena troca para uma biblioteca na cidade de Kingdom...