Alguns dias se passaram, e Pedro finalmente começou a colocar seu plano em prática. William conseguiu dois convites para um baile na casa de um duque, uma oportunidade perfeita para se aproximar dos ministros e começar a expor suas corrupções. Pedro sabia que este era o momento ideal para confrontar o ministro que havia denunciado e julgado Laís.
Na noite do baile, Pedro e William se vestiram com trajes formais. Sara, que também havia sido convidada para cobrir o evento como jornalista, os encontrou na entrada do salão.
"Estão prontos?" perguntou Sara, ajustando o vestido.
"Mais do que nunca," respondeu Pedro, com um sorriso determinado. "Vamos fazer isso."
O salão estava magnificamente decorado, com lustres de cristal brilhando acima das cabeças dos convidados que dançavam e conversavam animadamente. A ocasião era para comemorar a construção de um novo hospital, e Pedro avistou Lilian entre os convidados, sorrindo enquanto conversava com outros médicos.
"Lilian está aqui," disse Pedro a William, tentando não parecer ansioso.
William deu uma cotovelada leve em Pedro. "Vá falar com ela. Temos tempo antes de colocar o plano em ação."
Pedro se aproximou de Lilian, que sorriu ao vê-lo. "Pedro! Que surpresa agradável."
"Também é bom ver você, Lilian," respondeu Pedro. "Você está maravilhosa esta noite."
Lilian corou ligeiramente. "Obrigada. E você, o que faz aqui? Você é um nobre?"
Pedro sorriu. "Algo assim. Vim acompanhar alguns amigos e aproveitar a festa. Vamos dançar?"
Os dois se dirigiram à pista de dança e começaram a dançar ao som da música suave. Pedro sentia-se dividido entre a missão e os sentimentos crescentes por Lilian. Mas, por um momento, deixou-se levar pela dança e pela presença dela.
Após a dança, Pedro e William se afastaram discretamente da festa, sabendo que era hora de agir. Eles encontraram o ministro do lado de fora da casa, conversando com alguns colegas. Aproveitaram o momento em que ele ficou sozinho e o abordaram.
"Ministro," chamou Pedro, atraindo sua atenção.
O ministro virou-se e, antes que pudesse reagir, William o desmaiou com um golpe rápido. Eles arrastaram o corpo inconsciente para uma rua deserta nas proximidades, garantindo que ninguém os seguisse.
Quando o ministro acordou, ainda estava escuro. Ele viu uma figura à sua frente – Pedro, que o observava com olhos frios e determinados.
"Quem é você?" perguntou o ministro, tentando se levantar.
"Eu sou alguém que busca justiça," respondeu Pedro, desaparecendo e reaparecendo atrás do ministro com um movimento rápido. "Você tirou a vida de uma inocente. E agora, você enfrentará as consequências."
O ministro tentou correr, mas onde quer que fosse, Pedro aparecia em sua frente, bloqueando seu caminho. Pedro usava suas habilidades recém-adquiridas para criar uma ilusão de onipresença, desorientando o ministro.
"Você não pode fugir," disse Pedro, a voz firme. "É hora de pagar pelos seus crimes."
Desesperado, o ministro caiu de joelhos. "Eu não sabia... eu só segui as ordens..."
"Isso não o isenta da culpa," respondeu Pedro, elevando a voz. "A ignorância não é desculpa para a injustiça."
Nesse momento, William chegou e encontrou o ministro caído no chão, tremendo de medo. Ele olhou para Pedro, vendo a fúria contida em seu amigo.
"Pedro, vamos. Já demos nosso aviso," disse William, colocando uma mão no ombro de Pedro.
Pedro hesitou por um momento, depois assentiu. "Você nunca mais cometerá uma injustiça como essa," disse ele ao ministro antes de se afastar.
Eles deixaram o ministro, machucado e amedrontado, mas vivo. Voltaram para a festa, misturando-se novamente à multidão. Pedro, ainda agitado pela confrontação, encontrou Lilian uma última vez antes de sair.
"Você está bem?" perguntou Lilian, notando a expressão tensa de Pedro.
Pedro forçou um sorriso. "Sim, apenas algumas questões a resolver. Foi ótimo vê-la novamente, Lilian."
Lilian o observou por um momento, preocupada, mas não insistiu. "Cuide-se, Pedro. Espero vê-lo em breve."
Pedro se despediu e, junto com William e Sara, deixou o baile. A primeira etapa de sua missão estava completa. O ministro havia recebido um aviso claro, e Pedro sentia que a justiça estava mais próxima. No entanto, a noite havia despertado novamente seus sentimentos por Lilian, complicando ainda mais seu já tumultuado coração.
Enquanto caminhavam de volta à hospedaria, William olhou para Pedro. "Você fez o que precisava fazer. Mas lembre-se, a vingança não deve consumir tudo o que você é."
Pedro assentiu, sabendo que seu amigo tinha razão. A luta pela justiça continuava, mas ele também precisava encontrar um equilíbrio entre seu desejo de vingança e a possibilidade de um futuro mais pacífico.
E assim, com a mente ainda dividida entre a missão e seus sentimentos, Pedro seguiu em frente, determinado a trazer justiça para Laís e para todos aqueles que haviam sofrido injustamente.
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The Last King of Tears
RomanceCapítulo 1: prólogo No século 14, na majestosa Inglaterra governada pelo Rei Arthur II, um país de vastos campos e grandes cidades onde o rei Arthur II governava a nação com a benção de Deus. A cena troca para uma biblioteca na cidade de Kingdom...