Os dias se passaram e Pedro, William, Laís e Sara continuaram se encontrando sempre que podiam, embora as saídas de Laís e Sara fossem raras devido às restrições impostas às mulheres. Em um dia particularmente monótono, Pedro estava na universidade, deitado em um banco da biblioteca, olhando para o teto adornado com uma magnífica pintura renascentista.
"Pedro, o que você está fazendo?" perguntou William, aproximando-se com um olhar curioso.
"Estou entediado," respondeu Pedro, suspirando. "Precisamos de uma nova aventura."
William sorriu, conhecendo bem a mente inquieta do amigo. "O que você tem em mente?"
Pedro se levantou de repente, uma ideia brilhando em seus olhos. "Vamos procurar um mapa. Da última vez, quase não saímos inteiros daquela tumba, mas encontramos artefatos fascinantes. Quem sabe o que mais podemos descobrir?"
William riu e assentiu. "Vamos lá, então. Mas espero que seja menos perigoso desta vez."
Eles vasculharam os arquivos antigos da universidade em busca de algo interessante. Após algumas horas, William exclamou: "Achei algo! É um mapa de catacumbas de uma mansão antiga."
Pedro ficou entusiasmado. "Isso parece perfeito! Mas como vamos entrar na mansão?"
William olhou para o mapa com uma expressão pensativa. "Podemos dizer que estamos fazendo um projeto da faculdade sobre antigas mansões. Pode funcionar."
Pedro riu. "É uma ideia idiota, mas adoro. Vamos fazer isso."
Na tarde seguinte, os dois amigos se dirigiram à mansão indicada no mapa. Era uma estrutura imponente, com paredes de pedra e janelas altas que pareciam espiar sobre eles com uma curiosidade silenciosa. Com um pouco de hesitação, bateram à porta.
Para sua surpresa, foi Laís quem atendeu. Ambos ficaram boquiabertos.
"Laís!" exclamou Pedro. "O que você está fazendo aqui?"
Laís sorriu, igualmente surpresa e divertida. "Esta é a casa da minha família. O que vocês estão fazendo aqui?"
Pedro e William rapidamente explicaram sobre o mapa e a ideia do projeto da faculdade. Laís ouviu atentamente e, para alívio dos rapazes, não apenas aceitou a explicação, mas também ficou entusiasmada com a ideia de explorar as catacumbas.
"Vamos, entrem," disse Laís, abrindo a porta para eles.
Depois de se acomodarem na sala de estar, Laís trouxe o mapa que os rapazes haviam encontrado. "Eu nem sabia que tínhamos catacumbas. Vamos descobrir juntos."
Equipados com tochas e cordas, Pedro, William e Laís se aventuraram nas profundezas da mansão. As escadas de pedra desciam para uma escuridão densa, e o ar ficava mais frio e úmido a cada passo.
"Tenham cuidado," avisou Pedro. "Catacumbas geralmente têm armadilhas."
William assentiu, movendo-se à frente com cuidado. Suas experiências anteriores os tinham ensinado a serem cautelosos. Eles passaram por passagens estreitas e salas vazias, resolvendo quebra-cabeças e enigmas que bloqueavam seu caminho.
Em uma das passagens, um piso de pedra cedeu sob o peso de Pedro, quase o lançando em um buraco profundo. William e Laís puxaram-no de volta a tempo, seus corações disparados.
"Isso foi por pouco," disse Laís, ofegante.
Finalmente, depois de várias horas de exploração, chegaram a uma sala grande e escura. No centro, havia um cofre antigo, coberto de pó e teias de aranha. Pedro se aproximou com cuidado e começou a examinar a fechadura.
"Está trancado," disse ele, "mas acho que consigo abrir."
Usando suas habilidades adquiridas em aventuras anteriores, Pedro conseguiu abrir o cofre. Dentro, encontraram joias e antigos pertences dos primeiros nobres que habitaram a mansão. O brilho das pedras preciosas iluminou a sala escura, refletindo nas paredes de pedra.
"Isso é incrível," disse William, admirando uma das joias. "Mas o que vamos fazer com isso?"
Laís olhou para os tesouros com um sorriso. "Acho que devemos deixá-los aqui. Este é o lugar deles. O que importa é a descoberta."
Pedro concordou. "Laís tem razão. A descoberta é o que realmente importa."
Depois de documentarem tudo, fecharam o cofre e começaram a jornada de volta à superfície. O caminho de volta foi mais tranquilo, e quando finalmente emergiram na mansão, estavam exaustos, mas satisfeitos.
De volta à sala de estar, sentaram-se para descansar. "Esta foi uma aventura e tanto," disse Laís, ainda recuperando o fôlego.
"Com certeza," concordou Pedro. "E foi ótimo ter você conosco."
Laís sorriu. "Sinto o mesmo. Precisamos fazer isso mais vezes."
Quando a noite caiu, Pedro e William se despediram de Laís e voltaram para o dormitório. As histórias da aventura e as descobertas feitas preencheram suas conversas enquanto caminhavam sob as estrelas.
Naquela noite, Pedro e William tinham aulas noturnas com seu professor. Mas Pedro, mais uma vez, estava distante, perdido em seus pensamentos. Pensava nas catacumbas, nas descobertas, e nas possibilidades infinitas que o universo parecia oferecer.
"Pedro, está prestando atenção?" perguntou o professor novamente.
"Sim, senhor," respondeu Pedro, com um sorriso. "Apenas pensando nas estrelas... e em tudo que ainda temos a descobrir."
O professor sorriu. "Continue pensando assim, Pedro. A curiosidade é o que nos leva a novas fronteiras."
Pedro assentiu, sentindo-se mais inspirado do que nunca. Com Laís, William e Sara ao seu lado, sentia que o futuro estava cheio de promessas e descobertas. E assim, com os olhos brilhando de excitação e determinação, mergulhou nos estudos, sabendo que cada nova aventura os aproximava mais dos mistérios que ansiavam desvendar.
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The Last King of Tears
RomanceCapítulo 1: prólogo No século 14, na majestosa Inglaterra governada pelo Rei Arthur II, um país de vastos campos e grandes cidades onde o rei Arthur II governava a nação com a benção de Deus. A cena troca para uma biblioteca na cidade de Kingdom...