Alinhamento Milenar - [Minsung]

Capítulo 09 - Wiskas e Pedigree

   Oioi, pessoal, 'tô de volta! Eu juro que do meio para o final o capítulo fica bom!

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   Frango, carne, salmão...meus gatos comem melhor que eu, fica até difícil decidir qual ração levar. Beleza que são dezesseis horas da tarde de um sábado monótono e que minha cama me chama mesmo a cinco quarteirões de distância, mas ainda tenho que garantir refeições saborosas para meus bebês.

—Bom dia senhor Yang, ainda tem sachê Pedigree? – uma voz conhecida pergunta ao dono do mercadinho.

—No lugar de sempre, Han.

   Puta que pariu, puta que pariu, é o Jisung, Como caralhos eu vou olhar na cara dele?!

   Não consegui pensar em uma solução antes de enxergar sua sombra parar ao lado da minha.

—Bom dia. - encarou a prateleira procurando o que desejava; eu encarei ele.

—Bom dia...veio com pressa? - olhei seu tênis desamarrado, os lábios e bochechas inchadas, os olhos quase  fechados e o cabelo bagunçado. — Caiu da cama?

—Vai à merda. - levantou a cabeça na altura do Pedigree.

—Tem cachorro, Bern...Bochechas?

   Silêncio. Jisung arregalou os olhos em minha direção, logo demorando em meu cabelo.

—Folha. - apontou para mim. — Tem uma folha no teu cabelo. - voltou a encarar a prateleira.

—Valeu...

   Percebi naquele momento que a ansiedade de falar com ele se esvaiu sem que eu sequer notasse de imediato, senti a necessidade de ser perdoado, não seria fácil, mas foi espontâneo, realmente me sentiria um bosta se o chamasse de Bernini, eu fui...legal? De alguma maneira, mesmo que mínima, agi como achei que seria certo, não como alguém acharia maneiro.

   Pensei em diversas formas de puxar assunto, porém não tive coragem de falar nada. Não queria quebrar o clima tranquilo que se instaurou pela primeira vez em anos, isso até ele se esticar para pegar um pacote de ração bem no topo da prateleira e bem, por que eu, um bom samaritano, não o ajudaria?

   Não sou tão alto assim, mas a pequena diferença entre Han e eu garante que eu não derrubaria todos os produtos que lá estavam. Logo levantei meu braço por cima de sua cabeça e agarrei a ração, entregando para ele em seguida.

—Aqui.

—Valeu... - pegou o pacote e foi em direção ao caixa me deixando sozinho no corredor com uma sensação ruim no estômago.

   Bacon, Dori gosta de bacon.

—12 mil e trezentos wons, senhor Lee.

—Aqui, fica com o troco. - entreguei a nota ao senhor Yang e saí do petshop.

—Psiu! - Jisung me olhava por trás de uma mureta, só os olhos acima aparecendo, coisa que por um momento me pareceu adorável. - Vem cá.

—Quer me beijar às escondidas, princesa? - sorri leve ao me aproximar dele.

—Seu sonho.

—Você? - arqueei a sobrancelha.

—Me beijar. - ri com sua inocência.

—Se você insiste. - fiz um bico exagerado e o puxei para perto, logo levando um soco no peito. — Ai! Que agressividade, Bochechas!

—Vai à merda!

—Não fala assim comigo, bebê! - sei que falei que eu quero seu perdão, mas eu não consigo resistir, prometo não passar dos limites!

—Cala a boca e me escuta! - fez manha balançando o corpo e prontamente me calei. — Obrigado, olh...

—De nada, minha vida.

—Minho! - pisou firme.

—Desculpa. - passei os dedos em meus lábios como uma promessa de silêncio, seus olhos acompanharam o movimento.

—Olha, o bosta do meu pai m...

—Cento e cinquenta a sessão.

—Puta que pariu, Lee Minho! - suas bochechas estavam cada vez mais vermelhas, fofo foi o que meu cérebro processou junto à imagem.

—Desculpa, pode falar.

—Seguinte, meu pai me proibiu de falar com o Felix, então fala para ele que não aconteceu nada grave e que quando estiver tudo bem eu explico para ele, por favor.

—Beleza, mas o qu...

—Valeu, tchau.

   Como caralhos eu vou explicar isso para Felix se nem sequer entendi?!

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—Voltei! - coloquei a sacola no canto dos gatos e rumei à sala, vendo meus pais abraçados no sofá assistindo um filme de comédia romântica qualquer. — Cadê o Lixie?

—Tá no quarto. - me responderam em uníssono 

—Valeu.

   Subi as escadas, cada passo mais pesado que o anterior. A preocupação de Jisung martelava na minha cabeça. O que tinha acontecido para ele estar tão desesperado a ponto de falar comigo? Abri a porta do quarto e encontrei Felix deitado na cama, olhando para o teto.

—E aí, maninho. - tentei soar casual, mas a tensão no ar era palpável.

—Oi, Mano. - ele não se virou, apenas ficou ali, perdido em pensamentos.

—O Jisung mandou um recado pra ti. - fui direto ao ponto. —O pai dele proibiu ele de falar com você. Ele está bem, mas é complicado.

   Felix franziu a testa, claro que ficaria confuso do porquê Han falaria comigo.

—Isso é ridículo! O pai dele não deveria fazer isso! - ignorou a estranheza da situação.

—Óbvio. - falei sem pensar. — Mas ele pediu para você não se preocupar.

—E quanto a você? — Felix perguntou, a frustração começando a surgir. — Parou de implicar com ele? Conversamos sobre isso.

—Err...que não ajuda, eu sei, mas não consegui evitar, não foi nada de mais. - confessei, não foi nada de mais mesmo.

   Felix ficou em pé, claramente bravo.

—Você precisa parar, Minho! Não dá para ficar assim! Você está sendo um idiota! Eu já te falei para falar com essa merda!

—Eu sei, mas não sei como falar com ele sem deixar irrita-lo, até minha respiração irrita ele! - perdi completamente a noção do que saia da minha boca.

—Por que será, porra?! Para com isso de uma vez!— Felix exclamou, seu tom de voz elevado. — Jisung já está passando por muita coisa e se você não parar com esse caralho, nunca mais olho na sua cara! Vaza!

—Tudo bem, eu vou tentar parar. - Felix balançou a cabeça, visivelmente puto.

—Vai se foder, Minho! Sai daqui!

   Eu fodi com tudo.

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 E no final não melhorou não, rs.

   Tô passando por umas coisas, então meio que perdi o encanto por alinhamento, mas a primeira one-shot da minha coletânea já está escrita e prontinho para ser revisada!

   Beijinhos!