Alinhamento Milenar - [Minsung]

Capítulo 02 - Meia Hora de Pedalada em Copacabana

Jisung's POV

—Por que ele continua com essa merda?! Eu vou cortar o saco dele! – Felix estava a ponto de arrancar a própria pele fora enquanto andava de lá pra cá em meu banheiro. – Juro, próxima vez que ele se atrever a chegar perto de ti eu não respondo pelos meus atos!

—Do jeito que ele trepa por aí capaz do saco cair sozinho também. – entrei debaixo do chuveiro, tirando toda a espuma do xampu e antes que fique estranho, Hyunjin, Felix e eu já estamos nesse grau de intimidade há 2 anos.

—Dá pra ficar quieto? Eu já tô ficando tonto! – Hwang gritou como se não estivesse a passos do loiro sardento.

—Vou tirar satisfação com ele.

—Teu rabo, tua mãe te mata.

—Se eu conto o que ele fez com o Jico ela mata o Minho, minha mãe é puxa-saco de vocês dois. – parou de frente ao espelho, logo me olhando – Só pode ser inveja de você.

—Eu acho que é amor encubado. – constatou, arrancando um olhar abismado de Felix e uma gargalhada minha.

—Tá doido, porra? –Desliguei o chuveiro, me enrolando na toalha e rumando para meu quarto.

—Mas é sério! O cara tem tara em zoar contigo.

—Porque o pinto dele é pequeno, então ele tem que aparecer de outro jeito. – revirou os olhos para Hwang e se jogou em minha cama – Você vai dar o troco.

—Ein? – terminei de abotoar meu uniforme. – Endoidou? Hyung, me passa o suéter por gentileza?

—Aqui. Parando pra pensar, eu concordo com o Lix, é só pregar uma com a cara dele, tem uma aula antes do jogo, dá tempo de pensar.

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—Han Jisung! Está atrasado de novo? Você deveria ser um exemplo para seus colegas. – bateu as mãos na mesa, mania que irritava qualquer um que frequentasse suas aulas. – Vamos, nem vai tentar se explicar?

—Mil perdões, senhora Kim. – encarei o chão em uma breve reverência. – Tive que pedalar até aqui e o calor não colaborou muito… – mentira, vim andando com os meninos e perdemos a noção do tempo.

—Vamos, entre logo.

  “Vaca” fazia eco em minha cabeça, sério, só porque sou representante de sala eu preciso chegar três horas da tarde em ponto para a única aula do dia?

—Vai à merda. – sussurrei com a boca contra a mesa.

—E aí bochechas.

—Vai à merda.

—Que estresse todo é esse logo de manhã, Bernini? Cadê o exemplo?

—Você não deveria estar se aquecendo pro jogo? Está perdendo tempo me enchendo o saco por quê?

—Como vou me aquecer se meu fã número um está aqui sendo um exemplo para a sala?

—Vai à merda.

—Seu dicionário se resume a isso?

—Para você sim. – comecei a rabiscar em meus post-its, percebendo sua lapiseira desenhar no canto do meu caderno.

   Ah... como eu odiava quando mexiam nas minhas coisas, principalmente em meu diário de artes.

"Você vai dar o troco"

"Você vai dar o troco"

   As palavras proferidas por Felix mais cedo martelaram minha cabeça até que decidi o que fazer, nada muito arriscado, já que não possuo o porte físico ideal para me meter em uma briga, mas nada extremamente fútil como rabiscar sua mão.

—Quer que eu assine também? Sabe, para você se gabar no Twitter depois. – riu baixo jogando a bagunça que estava em cima da mesa na bagunça dentro da mochila.

—Não precisa, senhor pica de ouro. – me juntei a ele rindo sarcástico ao grudar com fita a folha de meu caderninho com um pinto desenhado em seu casaco.

  Hora ou outra eu checava o papel para ver se havia caído ou não e para minha surpresa ele permaneceu firme e forte até o momento que Lee passou pela porta da sala, provavelmente arrancando algumas risadinhas pelos corredores em que passava.

—Foi você? –sussurrou em meu ouvido assim que passamos por seu irmão.

—Ah… – olhei para trás, mirando primeiro o casaco e logo depois encontrando as orbes de Minho já fixas em mim. – Lógico! Temos um jogo para assistir, certo? – ri audível, vai ser divertido dar o troco nele.

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Aiai, a partir daqui vou levar essa história toda mais a sério.

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