。꙳✦・3. Feras de fúria e fogo ✦。*

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Thymoria, a deusa da justiça, era uma figura imponente e reverenciada. Com sua postura astuta, ela inspirava temor e respeito em todos que cruzavam seu caminho. Sua presença irradiava autoridade e integridade, deixando claro que poucos ousariam desafiá-la.

Thymoria não apenas punia os injustos, mas também guiava os dignos, assegurando que a balança da justiça estivesse sempre equilibrada. Suas decisões eram imparciais e inflexíveis, fazendo dela uma divindade admirada e temida em igual medida.

As deusas faziam a questão que a harmonia permanecesse na terra, e por um bom tempo ela permaneceu. Mas o mundo está sempre à beira da decadência, e foi exatamente o que aconteceu. Com o passar dos anos, as regras divinas deixaram de ser tão veneradas. Aqueles que as seguiam não eram mais vistos como fortes, mas como fracos.

Afinal, "A força vem do homem, não de uma devoção a uma mulher" era isso que os homens diziam, os Primeiros Homens, assim nomeados pois consideravam que eram os primeiros a serem homens de verdade, os primeiros a desrespeitarem Thymoria.

No início, a deusa não fez nada a respeito, confiava que seu povo conseguiria mudar aquilo, mas não foi bem assim. Com o tempo, muitos abandonaram a devoção para seguir os novos deuses, Oppresttelse e Hotienna.

Mesmo assim, Thymoria não interferiu, mesmo que a deusa irradiasse indignação pela traição. Vennlighet a aconselhou, "Eles voltarão assim que receberem a lição", indicando que em algum momento o povo se arrependeria e voltaria.

Mas isso não aconteceu. Afinal, Magnus me disse assim, "Digamos que há uma montanha onde é morte certa ao escalar, mas você sobe mesmo assim. Em um momento vai cansar, mas quando ver será difícil demais para voltar", pelo que explicou que quanto mais você sai do caminho, mais difícil será para voltar.
Mas tudo piorou quando os homens começaram a desprezar as deusas, a ofendê-las. Eles menosprezaram suas imagens. Foi aí que Thymoria se agitou de fúria. A deusa, ao ver os homens na qual ela tinha dado a força e o poder desprezarem-na daquela forma, ela se enfureceu. Ela iria puni-los.

Vennlighet tentou impedir, falando que a punição nunca é a melhor solução, mas a deusa não a ouviu. Estava irritada demais para ouvir qualquer um.

Então com um pedaço de sua própria alma celestial, Thymoria os fez, seus filhos de fúria e fogo, que desceriam do céu para levar sua punição, os dragões.

Feras que foram criadas por uma razão: a punição. O homem poderia não obedecer às deusas, mas obedeceriam aos dragões.

Assim foi feito, as feras pisaram na terra espalhando o fogo e a destruição. Os dragões dominavam a terra e dominavam o céu. E piedade àqueles que o tentaram pará-los, pois eram feras fortes, criadas para matar.

Thymoria triunfava com sua realização. Já Vennlighet possuía-se aterrorizada, afinal, os dragões não matavam somente os pecadores, mas também os simples moradores.

Thymoria então a ouve, e com isso ela leva um de seus dragões, Drachen, o dragão celestial, o Rei Dragão, o pai de todos os outros. Thymoria o leva para o céu, mas deixa seus outros filhos lá, como um aviso que o fogo sempre prevalecerá.

Muitos tentavam domar as enormes feras, mas não era um trabalho fácil. Muitos dizem que se um dragão não te matar, foi porque as deusas escolheram você.

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