Capítulo 6: Conhecendo a Família

7 1 0
                                    

— Looooonga história. Eu vou convocar vocês na minha sala amanhã e vou explicar a situação com detalhes.

— Sim, srta. Miller. — Diz um de meus subordinados. — É impressão minha ou ela está mais animada? — Sussurra para um de seus companheiros.

— Acho que sim. Também percebi. — Sussurra de volta.

— Eu consigo ouvir vocês. — Retruco. A situação sempre ficava divertida do lado da minha irmã, e agora que ela estava de novo comigo... não quero perdê-la de novo.

— Desculpe srta. Miller. Rota de volta para 862?

— Exato. — Respondo.

— O que é 862? — Pergunta Sola.

— Código de volta para casa. — Começamos a andar em direção ao carro estacionado a um quarteirão de distância. Mas ele aparece na frente da casa. Entramos e o motorista seguiu as instruções do GPS.

— Uau! Que chique! Adorei o Mercedes. Estou impressionada. Com o que você trabalha?

— Só digo se você disser primeiro. — A verdade, é que eu não vou arriscar dizer que sou mafiosa antes de ela responder "agente do FBI". Pode ser a explicação de ela me encontrar em lugares que eu nunca estive antes. E depois simplesmente brotava lá.

— Ah, sou empresária. Sabe a KNM? Aquela empresa que cuida de negociações internacionais. Eu sou a dona de lá. Na verdade, a diretoria era para ser dupla, ou seja, eu e você.

— Como assim, eu e você? — Pergunto.

— Eu te conto quando estivermos a sós.

— Entendi. Muito legal. — Não preciso forçar o sorriso. Ele vem naturalmente.

— Vamos, responda! Eu estou curiosa! — Diz quase pulando no banco do carro. Típico. Ela sempre foi bastante enérgica. O que é muito contagiante. Deve ser por isso que meus subordinados estão me estranhando tanto.

— Eu sou mafiosa. Lidero a máfia brasileira, a americana, a russa, a inglesa, a coreana, e a japonesa. Tem a da Alemanha também, mas eu não lidero, eu controlo. É bem mais divertido. — Sola deixa a boca num formato de "o", bastante interessada pelo que ouvia.

— E a chinesa? Estava esperando você dizer a chinesa. — Me sinto surpresa, eu achei que ela me daria um sermão, ou coisa parecida. Mas lembrei que ela adora dark romance. É claro.

— Não, a máfia de lá eu nem lidero, nem controlo. Sei que tenho poder para isso, mas eu gosto da parceria. Do jeito como eles me olham. — O sorriso que surge em meus lábios agora, é o mesmo que fiz quando imaginei o corpo daquele traidor ser reduzido a cinzas pelo fogo que iluminava a minha pele.

— Ah, entendi. Gosta do medo que eles sentem, não é? Normalmente, dá para ver através de um simples olhar. — Comentário um tanto estranho. Como ela sabia? Telepatia ou experiência própria? Eu queria perguntar, mas provavelmente isso vai resultar em uma discussão. E eu estava adorando a doce companhia da Sol.

— Exatamente. — É a única coisa que eu respondo. É, não estou a fim de perguntar isso agora, vou tentar conversar mais, depois.

— Como você faz para não ser reconhecida?

— Você sabia que eu era mafiosa?

— Não.

— Ninguém de fora sabe, é assim que mantenho minha identidade.

— Espera, você lidera a máfia japonesa! — Me senti confusa, mas logo entendi o que ela quis dizer.

— Sim! Eu lidero a máfia de Tokyo. Lembra da música? — pergunto e vejo seus olhos ganharem um brilho inexplicável.

Seu Nome Me Persegue (CONCUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora