Capítulo 7: Mal Pressentimento

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— Bom dia! Bom dia, mamãe! Hora de, de levantar! — Diz Jonny pulando no colchão colocado no chão da sala. Sola estava ao seu lado.

— Não, príncipe. Deita aqui comigo e volte a dormir. — Ela o puxa para que ele volte a dormir, mas ele resiste.

— Não! É hora de levantar! — Diz, puxando dela tudo que pode na tentativa de fazê-la levantar daquele colchão tão macio quanto o seu rosto. — Vamos titia!

— Quantos anos você tem príncipe? — pergunta Sola.

Jonny vira a cabeça para mim, confuso. Eu sinalizo com os dedos e ele olha de volta para Sola com um sorriso encantador.

— Eu tenho assim! — Fofo! Meu Deus! Ele repete o mesmo movimento que o meu.

— Quatro? Está explicado o porquê de tanta energia. Mas ele fala como se tivesse uns 7 para 8! Tem certeza Lua?

— Absoluta. Ele nunca foi muito da chupeta e nunca falou muito errado. Ele só se perde na frase as vezes. Mas ele é muito inteligente. — Digo a Sola enquanto apertava as bochechas de Jonny.

— Agora você me deixou surpresa. — De fato, Sol estava pasma com a informação mal digerida.

— Okay, vocês escutaram o Jonny, todo mundo levantando! — Ethan se revelou de pé, ajudando Jonny no seu trabalho de fazer com que nós duas levantássemos junto aos dois.

Risadas altas podiam ser ouvidas por toda a casa. Estávamos nos divertindo muito e, da cozinha, Dona Lurdes observava com um doce sorriso. Finalmente nos levantamos e fomos à cozinha tomar café.

— Alguém sabe que horas são? — Pergunta Ethan.

— São 8 horas, em ponto. — Diz dona Lurdes. — 8 horas e 1 minuto agora.

— Isso é cedo mamãe? — Jonny pergunta. — Eu acho que não! Meu sono já foi embora!

— Que bom meu amor!

...

Já as 9 horas da noite depois de um dia para lá de cansativo, eu estava voltando do trabalho. Josh me acompanhava e estávamos no carro. Em silêncio.

— Um dia já se passou... o que você planeja fazer amanhã? — Quebra totalmente o silêncio que pairava no ar. O silêncio que eu queria ouvir.

— Sem pressa. Você vai descobrir. — Desvio meu olhar para a janela. O dia está chuvoso. Arhg! Detesto chuva. Estou até ficando triste ao olhar para a janela e ver a água que foi evaporada caindo do céu e molhando várias crianças que pulavam e corriam por aí. — Espero que caiam, ou que sejam atropeladas. — Sussurro, supondo que talvez ele houvesse escutado.

— Não deseje o mal assim, ou quem vai cair é você. — Diz.

— Cuide da sua vida. Se não quer seguir os passos que dou, ótimo, dê seus próprios passos, mas não venha querer ditar os meus. — Digo já irritada.

— Okay, não precisa matar ninguém, eu apenas fiz um comentário.

— Completamente desnecessário.

— Ok, já entendi... Olha só quem está ali! — Ele para o carro e aponta para a janela. — Está vendo o que eu estou vendo? — Pergunta, sem tirar os dedos da janela.

— O vidro?

— Si- quero dizer, não!

— Meu reflexo?

— Não!

— Sua cara de idiota?

— É! Não! Ah, meu Deus! As suas sobrinhas estão ali!

Seu Nome Me Persegue (CONCUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora