26 - Pi ( R )

132 12 12
                                    






────┈┈┈┄┄╌╌╌╌┄┄┈┈┈────


Resumo:

A parte difícil nem sempre é infligir trauma, é viver com a permanência dele.

Soma: Pi e Pie.

Anotações:

[Avisos de conteúdo: referências a abuso infantil e abuso sexual, menções de abuso sexual, conversa sobre assassinato, planejamento de assassinato (suave (se você conhece Andriel, então você sabe)), violência discreta, mas com panquecas??, menções de dissociação, quase um ataque de ansiedade, menções de injúria]

(Veja o final do capítulo para .)



────┈┈┈┄┄╌╌╌╌┄┄┈┈┈────


Neil ainda não sabia o que Andrew queria dizer com 'ofensa'. Com panquecas? Ele pensou sobre isso, lentamente, a mente rolando como uma bola de lama. Os pensamentos de Neil ficaram cada vez mais abstratos e ele acabou olhando para a parede sem um único som em mente.

Andrew estalou na frente do rosto de Neil. "Ei, sem dissociação, Jean já tem isso coberto."

Neil piscou e tentou se impedir de cair de volta em seu espaço nublado novamente. Ele se concentrou em itens ao redor da sala. Havia o sofá em que ele dormia quando se mudou para cá. Havia a TV. Havia algumas cadeiras. Depois, havia a mesa de centro sempre bagunçada, na qual Neil viu seu telefone.

Ele fechou a mão em punho e considerou pegá-la com as mãos machucadas para verificar o cronômetro. Conhecendo Riko, ele teria feito o tempo pior do que Neil para irritá-lo. Todos os acordos feitos até agora foram unilaterais o suficiente para derrubar uma balança. O desamparo anulou as escolhas de Neil, não importa o que ele dissesse ou fizesse.

Neil imaginou que Riko provavelmente havia enviado vídeos aos homens de Nathan para que eles o degradassem ainda mais. O pai de Neil o teria achado patético. Neil praticamente podia ouvi-lo rindo. Ele podia sentir a faca arrastando ao longo da borda de sua coluna.

Neil puxou a mão para perto do peito.

"Renee pegou isso de volta para você." Andrew pegou o telefone e olhou para a tela sem ligá-la. Ele ergueu uma sobrancelha para Neil, que balançou a cabeça.

"Não posso lidar com isso agora", disse Neil. "Eu só..." como se não pensar nisso fosse fazê-lo ir embora "—Eu não consigo ouvir nada sobre ele. Porfoda-se. Eu não sei. Eu não posso."

"Não seja estúpido", disse Andrew. "Você não deve explicações a ninguém." Ele desligou o telefone e Neil sentiu o alívio dominá-lo. Ele correu através de seu exercício de aterramento e notou um casaco em tons de rosa no encosto de uma cadeira.

"Andrew, onde está Abby?" Neil perguntou.

"Jean era a única pessoa a quem você dizia 'sim'", disse Andrew enquanto colocava as panquecas por perto e observava o corredor.

"Sim, mas onde ela está?"

Andrew virou a cabeça. "Eu a fiz esperar do lado de fora porque ela continuava insistindo."

Running On Gasoline - Coritkyo [ PT-BR ]Onde histórias criam vida. Descubra agora