Resumo:
Wymack e Andrew se encontram no hospital.
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Os paramédicos chegaram antes da polícia. Andrew nunca havia enfrentado um exercício de força de vontade tão intenso quanto o que enfrentou quando os paramédicos começaram a tocar em Neil para colocá-lo em uma maca. Estava uma bagunça no andar de baixo, Luther e Maria estavam rezando. Aaron estava em choque e Nicky havia ligado para Erik para acalmar seu pânico. Kevin estava pálido como um fantasma.
O vínculo de Andrew com Neil o impediu de matar Luther naquele instante e o levou para a ambulância. Ele mentalmente anotou tudo o que os paramédicos faziam e diziam enquanto cuidavam de Neil, tentando não olhar muito para Neil para preservar algum semblante de privacidade. Eles permitiram que ele se sentasse ao lado da maca com alguma discussão.
Quando chegaram ao hospital, a mão de Neil foi arrancada e a maca rolou pela sala de emergência, desaparecendo em meio a uma multidão agitada. Ele esperou, ouvindo as conversas entre indivíduos autoritários ou abatidos e médicos que lutavam para manter a paz.
Andrew esperou no saguão lotado do Hospital Geral de Richmond, encontrando um canto para ficar onde nenhum cotovelo solto pudesse atingi-lo. Ele avistou o velho de camiseta regata através da multidão e abriu caminho até ele. Andrew pegou o saco plástico dele e colocou a faca de Neil dentro, inclinando-a para que Wymack não pudesse ver. Wymack entregou o saco plástico à recepcionista médica sobrecarregada enquanto os dois se dirigiam para fora, onde era mais silencioso.
"Onde estão todos?" Wymack perguntou.
"Ninguém mais teve tratamento VIP." Andrew disse, notando os braços nus de Wymack sob a luz laranja queimada do hospital. "Vista um casaco."
"Não tenho um."
"Então compre um. Vá roubar um, pinte a camisa de azul ou tire-a."
"Andrew." Wymack forçou. "Foco. O que aconteceu?"
"Drake estava vestindo uma camiseta regata."
Wymack ficou em silêncio. Pele bronzeada queimada pela luz, suas tatuagens de chamas tribais tremulando.
Andrew tomou isso como uma indicação para continuar, despejando as palavras com doçura enjoativa.
"A garganta de Neil estava rouca, porque ele estava gritando até não poder mais falar. Ninguém o ouviu, eu não o ouvi, deixei ele me convencer a vir. Ignorei os sinos de alerta tocando na minha cabeça. Ding ding ding batendo como a cabeça de Drake contra a parede repetidamente." Andrew sorriu como um prelúdio para suas palavras frias e duras. "E eis que eu arrombei a porta e lá estavam lençóis ensanguentados, roupas rasgadas e Neil estava preso a uma cama, suas mãos estavam brancas pela forma como Drake as segurava em um torno—ele estava—ele estava—ele tem muitas cicatrizes, mas mal notei, veja, por causa de todo o sangue nele. Aaron matou Drake antes que eu pudesse me mover. Neil estava imóvel, Neil estava em silêncio." Andrew riu. "Ele tentou se levantar e gritou de dor, apesar de mal conseguir respirar."
Andrew olhou fixamente para o céu com tanta intensidade que parecia que ele iria rachar.
"Ele estava esperando por mim; Drake, quero dizer. Uma surpresa de Luther. Ou assim eu suspeito, Neil não me disse. Eu perguntei a ele se ele estava bem." Andrew riu e se virou para Wymack com um sorriso agradável. "Você pode acreditar nisso? Quão cruel eu sou? Ele não me respondeu. Ele não—não podia—dizer nada além do meu nome e então 'não não não, não o hospital.' Eu não ouvi."
Depois que as ondas de horror passaram, Wymack conseguiu falar. Ele inalou lentamente.
"Como vamos fazer com que ele fale com Bee?"
Andrew riu.
"Essa vai ser difícil."
A polícia chegou e os entrevistou, aparentemente esperando por Neil também. Um deles pensou que Andrew era Aaron. Devem ter suspeitado de qual gêmeo fez o quê, mas ambos acreditaram em Andrew e Wymack quando disseram que foi Aaron quem deu o golpe. Aaron foi o assassino, o defensor.
Andrew esperou dentro, clicando repetidamente uma caneta. Tentando não bater o pé. A raiva ainda estava ali, pronta para acender e incendiar tudo. Neil havia sido machucado tão gravemente, Andrew não esperava que Drake fosse tão longe. O que ele estava ainda mais preocupado era com o estado mental de Neil.
Ele não queria ir ao hospital e não respondeu a nada do que Andrew disse. Andrew estava com metade da mente em espancar os paramédicos que foram tão desajeitados ao colocar Neil na maca que ele não conseguiu esconder sua dor óbvia. Ele tinha olhado as cicatrizes por todo o corpo de Neil. As novas, bem como as antigas. Neil mentiu para ele, mas Andrew não se importava tanto com ele ter mentido quanto pensava que se importaria. Não quando Neil havia sido machucado. Ele guardaria as perguntas para quando Neil estivesse em um estado mental estável.
"Código Cinza. Atenção a todo o pessoal médico, o paciente na sala 233 está desaparecido. Temos motivos para acreditar que ele pode estar armado. Este é um Código Cinza."
Wymack e Andrew trocaram um olhar de entendimento e se separaram para procurar antes que o locutor pudesse começar a descrever Neil.
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Obrigada a todos vocês que estão acompanhando essa obra maravilhosa comigo!
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Beijos e até a próxima!
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Running On Gasoline - Coritkyo [ PT-BR ]
FanfictionHistoria Traduzida de Coritkyo No jantar de Ação de Graças, Neil chega mais rápido a Andrew. O resultado não é melhor. Neil ainda é um mártir, e Andrew luta como nunca para insistir que não sente nada. Porque havia alguém esperando Andrew no andar d...