III - Cogitationis poenam nemo patitur

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O jantar de gala exigia um ambiente luxuoso e sofisticado. A decoração incluia a mesa num formato oval elegantemente decorada com arranjos de flores exuberantes e candelabros dourados. O buffet era composto por uma seleção de pratos gourmet como vieiras ao molho de champagne, filé mignon com trufas negras e sobremesas finas como macarons de sabores variados.

Os convidados exclusivos incluiam personalidades influentes da política, cultura e negócios, criando uma atmosfera de glamour e distinção. Embora o hálito de álcool pudesse ser sentido pela juíza entre um e outro convidado, não era todo mundo que conseguia parecer e ficar calmo com o peso do mundo em suas costas.

Tinha, como sempre, um repórter engravatado tirando fotos e entrevistando um por um dos convidados, Lana sabia que seria a próxima, então escapou para o banheiro mais próximo que ficava no primeiro andar.

Quando resolveu voltar para o salão de festas, antes de descer as escadas, avistou o Sean, acompanhado de uma mulher loira muito bem vestida. Ela virou o rosto quando ele a viu então desceu propositalmente devagar, sabia que mesmo de longe cada passo seria observado.

- Boa noite excelência. - O repórter encurralou ela no último degrau e ela se obrigou a abrir um sorriso. - O que está achando da noite?

- Eu gostaria de dizer que está sendo produtivo, mas é cedo. - Lana responde. - O presidente e a primeira dama ainda não chegaram.

- E quais são as suas expectativas para essa noite?

- Que tudo ocorra exatamente como deve ser. - Ela responde, pensando no peso que cada palavra pode ter.

- Obrigada. - O reporter agradeceu a ela e tirou sua atenção da juíza quando presidente e primeira dama chegaram ao salão de festas.

Lana não prestou muita atenção no casal, os olhou apenas por uns segundos, ela sabia que a sua presença na noite era irrelevante e procurou se misturar no meio dos convidados.

- Lana Parrilla. - Ouvir a voz do promotor enquanto bebia o champagne fez o líquido subir até o seu nariz. Ela se virou elegantemente na direção do som. - Devo admitir que está aterrorizante nesse vestido.

A juíza gosta da sensação que sente ao saber que está sendo notada por ele.

- Miss simpatia, que surpresa ver o senhor aqui sozinho. - Ela olha o homem dos pés a cabeça e então procura a sua acompanhante.

- Eu vim sozinho. - A resposta dele faz a Lana segurar uma risada sincera.

- Claro que veio. - Ela não conseguia suportar a habilidade que ele possuia em mentir. - O presidente vai abrir o jantar, vou para o meu lugar, com licença.

- Também vou. - Ela ignorou a frase dele e prosseguiu para a mesa.

Lana já tinha verificado, e o nome dele não estava nos assentos ao lado dela. Ela só esqueceu de verificar o assento à frente.

Assim que se sentou, Lana deu de cara com o promotor. "Não é possível", ela pensou e desviou o olhar quando o viu sorrindo com a boca fechada.

- Caros convidados. - O presidente fala e imediatamente toda a mesa olha na direção da voz. - Eu gostaria de fazer um brinde, antes de iniciamos de fato a noite...

Todos pegam suas respectivas taças e seguram.

- Quero brindar ao futuro glorioso que os Estados Unidos e a Inglaterra tem pela frente e a minha belíssima esposa, por ter organizado uma noite memorável. - As taças são levantadas e então o presidente diz: Saúde!

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