Três

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Olá meus leitores preferidos ❤️
Como falei no capítulo anterior, estou escrevendo este livro apenas na visão de Vitório. Vamos entender melhor seus traumas, seus medos e receios. Se tudo der certo, teremos um segundo livro na versão de Dafne contando um pouco sua versão e com novas emoções.
Ah, outra coisa. Reescrevi o capítulo anterior, se não viu, volta lá 😉


O clima lá fora era frio, estávamos no início do inverno e com isso a temperatura oscilava um pouco. Dias um pouco mais quente com um sol tímido a vista e noites frias. Eu poderia ir para casa, tomar um bom banho quente e relaxar um pouco depois de uma semana tão estressante mas não o fiz. Saí do escritório no final do dia direto para um barzinho próximo onde eu sempre ia quando queria caçar uma mulher. E era exatamente isso o que eu estava fazendo naquele exato momento. Caçando.

Geralmente as mulheres se jogavam aos meus pés. E eu sabia bem o motivo. Jovem, rico e de boa aparência, no final das contas elas se interessavam apenas por interesse em algo. Duvido se eu fosse um simples garçom elas me notariam. Claro que não, as mulheres que frequentavam aquele local só queriam uma coisa, dinheiro e sexo. A maioria eram funcionárias de alguma empresa ali perto que ambicionavam encontrar um besta rico que as dessem boa vida sem precisar trabalhar para isso.

Mas não era o meu caso. Elas queriam dinheiro, eu queria sexo. E ambas as partes teriam naquela noite o que queriam.

Me aproximei de uma loira de aparência bonita e simpática. Fiz o que sempre fazia. Ofereci um drink, ela aceitou. Cinco minutos de conversa e ela mesma me chamou para sair dali. Fomos para um motel de luxo, eu as dava o que elas queriam. Durante o percurso até o motel conversas triviais foram ditas. Nada de diferente. Todas eram iguais. Chegamos no andar do quarto que aluguei aos beijos, abrimos a porta e entramos no quarto. Depois que fechei a porta ela pediu um minuto e se dirigiu até o banheiro. Me dirigi até uma mesa onde ficava as bebidas e me servi com uma dose de uísque. E então minha barriga roncou.

E foi aí que me lembrei, a última vez que comi foi no almoço onde eu tive uma maravilhosa refeição ao lado de minha nova funcionária.

A loira saiu do banheiro completamente nua e nesse momento só consegui pensar em ter meu membro dentro dela. E assim o fiz. Sem nenhuma cerimônia, sem nenhum pudor. A peguei pelo cabelo e a puxei até mim. Ela gemeu. Estava gostando. Apenas abri o zíper da minha calça e o botão, retirei meu membro, coloquei a camisinha que estava no bolso do meu terno e a penetrei com força, em pé tendo ela de costas para mim se segurando na parede. Quatro estocadas foram necessárias para que ambos entrássemos no clímax.

- Vamos tomar um banho. - ela disse ao se virar e tentar acariciar meus rosto.

A impedi. Não gostava de ter nenhum tipo de proximidade com elas.

- Melhor não . - falei ao retirar a camisinha e a joguei no lixo do banheiro.

- O que quer fazer então? - ela perguntou manhosa.

- Comer! - falei.

Ela sorrio.

- Então vem! - ela disse ao se deitar na cama e abrir as pernas.

- Quero comer algo saudável. - falei.

Me aproximei e retirei de minha carteira cinco notas de cem. Joguei sob a cama e ela me encarou.

- Se quiser passar a noite tudo bem. Paguei pela noite toda.

- Por que não dorme aqui comigo? - ela perguntou decepcionada.

- Não durmo com mulher nenhuma. É uma das minhas regras. Boa noite!

Bati a porta e saí.

Ao abrir a porta de casa logo senti um cheiro bom de bolo no ar. O cheiro vinha acompanhado de uma leve e calma cantoria.

- Pra quê falar, se você não quer me ouvir. Fugir agora não resolve nada. Mas não vou chorar, se você quiser partir. As vezes a distância ajuda e essa tempestade um dia vai, acabar...

Parado ainda próximo a porta, percebi que havia tristeza naquela voz. Havia sentimento preso.

- Só quero te lembrar, de quando a gente andava nas estrelas. Nas horas lindas que passamos juntos. A gente só queria amar e amar... - e ela parou de cantar.
- Eu só queria amar, você queria brincar comigo. E brincou. - disse ela com a voz já embargada.
- Brincou e me deixou. E eu fui tão... Burra! Homens, são todos uns canalhas!

Esperei por mais alguns segundos mas ela não retornou com a cantoria. E então fiz barulho.

- Boa noite! - falei ao me aproximar da cozinha.

- Boa noite. - ela disse virando de costas.

Certamente não queria que eu visse seus olhos cheios de lágrimas.

- Ainda acordada? - perguntei.

- Sim, estou fazendo um bolo de laranja para o café da manhã. - ela se virou.

- Mas seu horário de serviço já acabou.

- Não tem problema. Não estou trabalhando. - ela disse exibindo um leve sorriso.

Um sorriso para disfarçar a tristeza.

- Portanto que não me processe por danos trabalhistas. - falei sorrindo.

Seu sorriso se alargou ainda mais.

- Não se preocupe, não vou! - ela garantiu.

- Bom, não fique aí até muito tarde.

Ela fez que sim.

A encarei por algum tempo e então segui para meu quarto.

Sentado em minha cama não pude deixar de pensar em cada palavra que ela havia dito. Será que as mulheres com quem eu saí pensaram assim todas as vezes que eu as deixava sozinhas?! Não, claro que não. Eu as dava dinheiro. E elas aceitava. Não tinha uma que não tivesse aceitado meu dinheiro como recompensa pelo sexo. Todas eram iguais. Mas, Dafne... Ela parecia ser diferente. Não, todas são iguais. Pensei. Todas são como ela. Logo a imagem de minha mãe saindo de casa com aquela mala na mão dominou minha mente. Elas eram iguais a ela.

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