The Queen of Valíria

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Capítulo Dezoito:

(Por favor, a partir daqui, liguem a música Light of the Seven para melhor experiência)

Guardas conduzem-nos até o grande salão de conselheiros, onde minha mãe aguarda ansiosamente.

—Princesa, a Rainha Alicent deseja falar com você primeiro.

As portas do grande salão se abrem, revelando não só minha mãe, mas também meu avô, Otto.

—Daenys, sente-se.

Lidar com minha mãe era fácil, pois cresci com seus passos e sei dos seus segredos, mas Otto... nunca muito amoroso, nunca o avô presente, nunca um livro aberto, ou talvez fosse porque sou uma bastarda de Daemon, o homem que mais odiava em todo o reino.

—Minha mãe, o que deseja me falar? – Não me sento como pede, pelo contrário, continuo de pé esperando qualquer chance para fugir.

—Quer nos explicar o que estava acontecendo lá fora? Quem são aquelas pessoas?

—Na verdade, mamãe, eu gostaria de te perguntar sobre os meus dragões... – Vejo-a engolir seco – Nunca soube onde Cannibal e Vermithor estavam não é?

—A questão Daenys, é sobre como tem nos enganado por tanto tempo sem receber qualquer injúria por isso. Esperamos que tenha ficado agradecida por Aegon tê-la aceitado novamente junto de nós, desde que não cometa os mesmo erros. – Nunca odiei Otto, mas agora eu poderia começar a fazê-lo.

—Não vou vovô. Aquela foi a última vez que vi Vermithor e Cannibal.

—Oque? – Minha mãe solta imediatamente.

—Para provar que estou do lado de Aegon, me permiti ter menos poder que ele. Assim não haverá dúvidas de que estou traindo-os e vice-versa.

—Não achou que seria interessante nos consultar antes desse incrível ato de "confiança"? – Otto dizia – Pensou pelo menos que seria muito mais vantajoso de nossa parte ter aqueles dragões em caso de guerra?

—Ao contrário de vocês, eu não colocaria meus dragões em risco apenas para ganhar uma guerra. Mas caso queiram proteção para a cidade, como vejo Vhagar fazer pelos céus, temos Grey Ghost e Shepsteller para isso.

—E onde eles estão agora? – Mamãe pergunta.

—A caminho de King's Landing... chegarão pela manhã, então peço que avise os guardas para que nenhuma flecha seja disparada contra eles. Caso aconteça, aí sim terão uma guerra.

Me viro para sair, mas a Rainha impede, me fazendo voltar.

—E quem são as pessoas que trouxe?

—Urd, minha cozinheira pessoal, Josua... vocês já conhecem. Sun e Moiat, meus guardas pessoais.

—Você já tem um escudeiro escolhido. – Otto se opõe e me seguro para não revirar os olhos.

—Com todo o respeito vovô, sou uma Princesa de Westeros – E rainha de Sothoryos... – Esposa do Príncipe Aemond, um dos homens mais temíveis do reino – Aquela era a primeira vez que dizia a palavra – E sou uma domadora de dragões... – E mãe deles... – Acho que é notável o fato de que preciso de mais segurança do que os outros, certo?

Antes que Otto possa falar mais alguma coisa, minha mãe concorda com tudo o que diz e dá nossa pequena reunião por encerrada. Meu avô sai sem dizer uma única palavra, mas minha mãe insiste em falar comigo em privado.

—Por favor, sente-se.

Atendo seu pedido dessa vez, me sentando em uma cadeira de pedra ao lado da sua.

Fire And Blood || House Of The DragonsOnde histórias criam vida. Descubra agora