Capítulo 01

92 17 0
                                    

Olá, pessoas.

Vamos iniciar uma nova história?

Não esqueçam de votar e comentar!


Entro no carro e acelero.

Pelo retrovisor vejo o fogo tomar conta do que agora é o meu passado.

Não paro.

Com os olhos atentos à estrada eu acelero cada vez mais.

Minhas mãos tremem no volante, mas não posso vacilar agora.

Sinto algo quente escorrer pela lateral do meu corpo.

Olho para a minha camisa e a vejo manchada de carmim.

Não ouso parar, mas sei que se não der um jeito nisso não irei muito longe.

Continuo acelerando.

Depois de um tempo dirigindo, me permito reduzir a velocidade.

Pego um lenço no porta luvas e tento estancar o sangue que ainda está a jorrar.

Preciso de um lugar seguro.

Não queria voltar, mas sei que ela é a única pessoa que poderá me ajudar.

Pego meu celular na bolsa e digito o número que ainda tenho decorado.

Ouço chamar.

Uma vez.

Duas vezes.

Três vezes.

– Alô?

– Senhora Min, sou eu, a Anne.

– Anne? minha filha, como você tá? Quanto tempo. O que aconteceu? Você precisa de alguma coisa?

– Eu fugi, senhora Min. Pode me ajudar?

– Claro, minha Anne. Venha para a Casa. Eu estarei te esperando.

– Obrigada, senhora Min. E por favor, não conte a ele - ouço ela suspirar ao telefone e espero sua resposta.

– Tudo bem, Anne. Não vou contar.

Eu desligo o telefone e dirijo o mais rápido que posso.

Nunca passou pela minha cabeça voltar para essa casa, mas não pretendo ficar muito tempo.

Só preciso de um lugar seguro.

A estrada é longa e por ser tarde não está muito movimentada.

Eu me aproximo da cidade.

Reduzo a velocidade, pois não quero chamar atenção.

Passo pelas ruas e vejo que pouca coisa mudou.

A mesma cidade pequena e acolhedora que um dia eu chamei de lar, que um dia eu sonhei em viver a minha vida ao lado do homem que eu tanto amava.

Vejo o consultório, ainda com as luzes acesas.

Será que ele ainda está ali?

Sim, ele está.

Sigo em frente.

Até chegar ao complexo de casas.

Vou até o final e passo pela casa grande, indo em direção à casa menor, aquela que era pra ser a nossa casa.

Estaciono o carro e vejo a senhora Min vim em minha direção.

– Anne! - ela abre a porta do carro e me ajuda a sair - o que aconteceu com você?

Broken promisesOnde histórias criam vida. Descubra agora