Capítulo 15

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Olá, pessoas.

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Yoongi

Passar a tarde com ela não estava nos meus planos, mas confesso que estou gostando.

Percebi como ela se sentiu mal quando entrou na clínica.

Queria tanto saber quais memórias a assombram nesse lugar, porque tenho certeza que algo de ruim aconteceu com ela aqui.

Como ela não se abre, não pergunto nada.

Talvez seja melhor não saber.

É tão difícil pensar que essa garota que está ao meu lado, empurrando o carrinho, me machucou da pior forma possível, mas ela ainda está aqui.

Machucada, vulnerável, e, às vezes, ainda consigo reconhecer o olhar pelo qual me apaixonei.

Eu queria muito fingir que ela é só uma estranha para quem estamos fazendo um favor, mas aí ela vem com um saco de tangerinas e coloca no carrinho como se não fosse nada.

Isso quer dizer que ela ainda se lembra do que gosto e ainda se preocupa em me agradar.

A proximidade dela ao pegar a minha carteira para pagar a conta mexe comigo.

Encerramos as nossas compras e, pela primeira vez, me permito imaginar que nada de ruim entre nós aconteceu e que esse momento é algo da nossa rotina.

Quando voltamos para a confeitaria, não resisto e compro o doce que ela gosta.

Ver a reação dela ao prová-lo enche o meu coração.

Ah Anne, como eu queria que você nunca tivesse partido.

Me permito me aproximar dela.

Pego sua mão para experimentar o seu doce.

Ao fazer isso, sinto aquela eletricidade entre nós percorrer o meu corpo.

A forma como ela me olha.

Eu queria tanto que esse sorriso e esse olhar apaixonado não fossem só coisas da minha cabeça.

Ver ela ficar sem graça, desconcertada quando percebe a forma como me olha me faz pensar se ela faz isso de propósito, se o que ela sente ainda está aí e se ela se sente culpada pelo o que aconteceu entre nós.

Pego uma colher da minha própria sobremesa e levo até os seus lábios.

A forma como ela os abre automaticamente me deixa encantado.

Nossos olhares se encontram e o que vejo ali é algo real.

Eu quero perguntar, mas ainda não é o momento.

Não desviamos o olhar.

A tensão entre nós é palpável.

Eu ainda a quero e acho que ela também me quer.

Somos interrompidos pela atendente, que traz a nossa encomenda.

Uma caixa grande com os pedidos da minha mãe e uma caixa menor com algumas unidades do doce preferido dela.

Eu não resisti e fiz isso.

Ela pegou as tangerinas pra mim.

Eu só quis retribuir.

Entramos no carro e voltamos pra casa.

Como sempre, reduzo a velocidade ao nos aproximar de casa.

Novamente, ela olha para a janela e eu vejo a sua mão à minha disposição.

Broken promisesOnde histórias criam vida. Descubra agora