[05] Conselho com flores

2.3K 451 165
                                    

🦋

Dois dias após a conversa entre os irmão havia passado, Aquiles ainda não trouxe mais sobre o assunto, Jimin pensou que talvez ele ainda estivesse em busca de uma solução mais fácil.

— Papai! — Nari veio correndo até a cozinha, onde Jimin descascava algumas batatas. O ômega virou o rosto e enrijeceu o corpo pela forma que a pequena garota se jogou sobre ele agarrando suas pernas.

— Meu amor, se você correr dessa forma poderá cair — Jimin alertou, voltando a sua tarefa. — Qual o motivo de tanta euforia?

— O que é escola?

— Escola é um lugar onde você aprende muitas coisas novas e pode fazer novos amigos.

— Nari pode ir à escola? — a garota pergunta, após pensar por alguns segundos.

— Claro. Inclusive o Papai irá colocar Nari em uma escola, o que você acha? — Jimin joga as batatas em uma panela e enche d'água, colocando em seguida no fogão para ferver.

— Papai pode ir para escola com Nari?

— Papai já estudou, meu bebê — Jimin responde com um sorriso.

— Então não?

— Não, bebê.

Absorvendo as palavras do pai, Nari agarrou com mais força a perna de Jimin. Ela esfregou seu rosto no membro esquerdo de Jimin, negando repetidas vezes.

— Então, Nari não quer.

Jimin enxugou a mão após lavar. Com cuidado tirou sua filha de sua perna e abaixou-se até sua altura, optando depois por sentar de frente para ela no chão. Com o carinho que sempre dirigia para a filha, ele afastou sua franjinha partindo-a no meio.

— Bebê, nesse novo lugar que vamos viver, muitas coisas novas irão acontecer. O papai quer muito que Nari seja feliz, então ele acha que seria muito legal se Nari tentasse experimentar coisas novas — Jimin explicou, puxando a pequena alfa que olhava atentamente e ouvia cada palavra vindo de seu progenitor. — O papai sempre quer proteger Nari, para isso ele sempre aprende novas coisas que poderão mantê-la segura e continuar sendo uma boa garota.

— Nari também quer proteger o papai! — Jimin sorriu com a resposta. Apesar de Nari ser alguém pequena e tímida, ela nunca tinha controle sobre o tom de voz que usava.

— Fico feliz de saber que alguém como Nari quer me proteger, dessa forma não terei medo — Jimin embalou a garotinha em seu colo, enfiando seu nariz no pescoço da filhote. O cheiro de leite e talco ainda emanava de sua pequena, por mais que ela não fosse mais recém-nascida.

Ele se lembrava do cheiro de leite que começou emanar de si, mesclando com seus próprios feromônios quando ainda estava grávido de Nari. A junção dos dois deixava o ambiente onde sempre ia muito doce, muitas vezes isso incomodava Hyunki, pois se torna enjoativo. O alfa às vezes ordenava que Jimin ficasse o dia todo em seu quarto, apenas para ver se diminuía um pouco do cheiro pela casa.

Quando Nari nasceu o cheiro separou-se de si, então era mais fácil de suportar, mas Jimin nunca se importou com o quão doce podia ser. Ele sempre amou. Quando descobriu o gênero secundário da filha, ficou muito confuso, pois pensou que pelo odor adocicado que ela soltava, a pequenina fosse ômega.

Jimin nunca soube muito sobre maternidade, apesar de ser um ômega capaz de gerar outra vida. Perdeu sua mãe muito cedo e Héstia nunca entrou nesse assunto com ele ou Aquiles, pois eram muito novos na época. Mais tarde a ômega também morreu, então sobrou apenas seu pai, mas ele nunca entrou em detalhes, apenas comunicava aos seus dois filhos que ficassem longe de alfas, nunca mantendo um contato físico.

SEM SAÍDA | Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora