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Giovanna Antonelli

Tenho que confessar que todas as minhas ações naquela noite foram muito bem pensadas e calculadas para obter como resultado um homão daqueles puto de raiva, descontando tudo em um sexo delicioso.

Mas eu não contava que ele iria muito além do que eu poderia imaginar, me tirando do cassino carregada nas costas só pra não ter que me deixar na mão de outro homem.

Insanidade é a palavra.

E eu como uma mulher nada fácil, tinha adorado cada ceninha protagonizada por ele. Morto de ciúme, ao ponto de não se importar com nada além de nós dois.

Porém, nem passou pela minha cabeça que ele iria improvisar uma aliança de compromisso com um arame achado no meio fio de uma rua qualquer. 

Nesse momento, ele realmente conseguiu me surpreender. Tanto ao ponto de eu cair nos seus encantos, esquecendo toda a ceninha de vexame anterior.

Sou forte, mas não abusa.

— Você é um idiota. — murmurei com a boca grudada na sua em um beijo quente. — E eu devo estar ficando louca.

Era muita loucura ter me apaixonado por um doido pior que eu, ainda mais maluco e sem limites.

— Me xingue do que você quiser, desde que você continue bem aqui.

Ele enfiou o rosto no meu pescoço enquanto virava nossos corpos para que eu ficasse encostada na lataria do carro, mordiscando e chupando o meu pescoço. 

— Não vou aguentar esperar até em casa, loira. — sua voz saiu quase como um gemido frustrado, não querendo cortar o momento.

Passei meu olhar ao redor, tomando ciência de que ninguém havia passado por ali ainda desde que nós saímos do cassino.

Era loucura o que eu iria propor agora, mas realmente só se vive uma vez e eu não iria arriscar apagar o fogo desse homem no caminho para o meu apartamento.

— Quem disse que precisamos esperar chegar em casa? — minha voz era sedutora, enquanto eu segurava seu queixo com firmeza, obrigando que ele olhasse pra mim. — Quero ver se tu aguenta a pressão aqui nesse beco, encostado no meu carro, playboy.

Desafiar um homem que já está puto de ciúmes era muito mais do que brincar com o perigo, mas eu adorava me queimar.

Nero enfiou uma de suas mãos nos meus fios loiros, apertando com força a raiz e prensando meu corpo com ainda mais força na lataria do carro.

Como é gostoso, puta merda! Chega a ser pecado.

— O que eu faço com você, ein? Tu fez todo aquele showzinho lá dentro só pra eu te comer do jeito que você gosta nesse beco sujo, descontando toda minha raiva em você.

Abri um sorriso canalha de canto a canto do meu rosto.

— Culpada. — murmurei já com a boca na sua, iniciando um beijo daqueles bem gostosos.

Nossos beijos eram sempre um espetáculo à parte, uma das coisas mais gostosas que fazemos juntos. É como se nossas línguas já se conhecessem, já soubessem exatamente o caminho a ser seguido.

NocauteOnde histórias criam vida. Descubra agora