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Alexandre Nero

Sabe aquela pessoa que consegue tirar o melhor e o pior da gente em determinadas situações? Essa é Giovanna pra mim.

Ao mesmo tempo em que ela me faz querer ser um homem melhor, mais amoroso, mais carinhoso e atencioso. Ela faz com que eu vire um bicho e aja pela adrenalina do momento, de tanta raiva que ela me faz parte.

Ela é o bem e o mal na mesma pessoa, tem como isso?

Giovanna tem tanto controle sobre mim que só de olhar pra esses olhos castanhos me olhando cheios de tesão, eu já esqueço o motivo da minha raiva. Na verdade, esqueço qualquer coisa que não seja enchê-la de todo o amor que eu tenho pra dar.

Porque é isso que ela merece, independente do quão doida ela possa ser, não há ninguém no mundo que mereça a felicidade plena como ela. Depois de tudo que ela passou nessa vida, quero garantir que ela sempre se sinta amada e especial.

— Vou te dar o que você quer, meu amor.

Apesar de ainda estar mordido de ciúmes pela cena que ela acabou de protagonizar no corredor do hotel, já não tinha mais outra forma de agir com ela que não fosse no amor, no cuidado.

Abaixei minhas mãos até que suas coxas estivessem apoiadas na minha cintura, segurando-a em meu colo. Nossas bocas se encontraram em um beijo lento e sensual, como se tivéssemos passado o dia todo só esperando por isso.

O cansaço dos tantos compromissos que tivemos, já não se fazia mais presente, minha mente tinha sido invadida pelo cheiro dela, que impregnou em tudo.

— Hoje eu quero fazer amor com você, Giovanna. — falei, mais apaixonado que nunca.

Quão irônico as coisas são... Há poucos minutos nós dois estávamos em pé de guerra, mortos de ciúmes de pessoas que sequer são importantes.

Tudo que importa está bem aqui dentro desse quarto.

— Então faz... quero ser muito amada por você.

Nossos olhares diziam muito mais do que a boca é capaz de expressar, sentimentos tão profundos que talvez nem tivéssemos tido o entendimento total deles. Nossa relação vinha se aprofundando e crescendo aos poucos, com muito cuidado de ambas as partes.

Coloquei seu corpo delicadamente na cama, já a cobrindo com o meu, sem querer que nenhum espaço se fizesse entre nós dois.

— Você é absurdamente linda. — elogiei, descendo minha boca pelo seu pescoço, sentindo ela se arrepiar ao meu toque.

Desci a alça do seu sutiã com uma das mãos, enquanto continuava a beijar seu colo, deixando algumas marquinhas por onde a minha boca passava. Abaixei o bojo, deixando com que um dos seus seios ficasse à mostra, agarrando-o com a minha boca.

Com uma mão eu apertava o direito, com a boca chupava o esquerdo. Tudo isso enquanto ouvia alguns gemidinhos saindo de sua boca de forma graciosa, como música para os meus ouvidos.

Enfiei minhas mãos por trás do seu corpo, desabotoando o sutiã para deixá-la do jeito que eu mais amo ver, sem que nada cubra o seu corpo.

Giovanna mantinha seu olhar em mim, atenta à cada ação minha, como se não quisesse perder nenhum detalhe. E aquele olhar me desmontava, por inteiro.

Desci com a minha boca por seu corpo, deixando alguns beijos em lugares muito específicos, sentindo ela se arrepiar a cada toque. Com mais delicadeza ainda, como se ela fosse um pedaço de cristal precioso, deslizei sua calcinha pelo seu corpo.

Ela nua é a visão que quero para sempre comigo.

— Linda demais. — murmurei ao tempo em que enfiei minha boca em sua intimidade, sedento por sentir o seu gosto tão único.

O gosto de Giovanna purinho, do jeito que eu mais gosto.

A loira estava encharcada de tanta vontade, provando ainda mais que não existe ninguém que ame o perigo mais do que ela. Mulher desgraçada!

Com o dedo indicador, iniciei uma massagem em seu clitóris enquanto minha boca beijava sua coxa. Senti o aperto que ela deu em mim, ficando com as coxas ainda mais apertadas ao redor do meu rosto.

— Gostosa!

Com a maior calma do mundo, penetrei dois dedos nela, iniciando um movimento de vai e vém tão lento quanto o momento pedia. Queria levá-la ao seu limite, e podia fazer isso sem nenhum esforço.

— Você tá me provocando... — sua voz saiu entrecortada entre um gemido e outro.

Lhe entreguei como resposta apenas uma risadinha fraca, adorando vê-la molinha sob o meu toque.

Tirei minha camiseta com rapidez, querendo senti-la logo junto de mim. Totalmente.

Na mesma pressa, tirei minha calça e minha cueca, ficando nu assim como ela. Subi meu rosto até ficar totalmente cara a cara com ela, olho no olho.

— Eu amo você, marrentinha. — murmurei antes de grudar nossas bocas em um beijo sensual, ao mesmo tempo em que a penetrava lentamente.

Coloquei minhas duas mãos em volta da sua cabeça, sentindo tudo tão diferente do usual entre nós dois. Não que nós não tivéssemos feito amor até agora, nós já nos amamos há muito tempo.

Mas está sendo diferente, e eu sei que é porque agora nós temos certeza de tudo. Certeza do que eu sinto por ela, do que ela sente por mim e ainda maior que isso, a certeza de que estamos prontos pra passar toda e qualquer dificuldade juntos.

Sempre a colocaria com prioridade na minha vida e ela sempre me colocaria na dela, independente dos altos e baixos de todo relacionamento. Aqui e agora nós não somos a empresária milionária e o lutador barato, nós somos só Giovanna e Alexandre.

Duas pessoas que se amam acima de tudo e por causa de tudo. Se não fossem as dificuldades, nós não seríamos tão nós.

— Te amo muito, bem. — ela murmurou de volta em um fio de voz, entorpecida pelo tesão do momento.

Era um sexo calmo, cheio de toques e carícias. Penetrava nela o mais fundo que conseguia sem deviar nossos olhares, precisando enxergar tudo que eu enxergava ali.

O amor da minha vida toda.

Meio maluca, totalmente surtada e com um humor péssimo de vez em quando, mas continua sendo o meu amor.

O único que eu desejo pelo resto dos meus dias.

Senti o momento exato em que suas pernas ficaram trêmulas e ela enfiou as unhas nas minhas costas sem nenhuma piedade, me apertando com a sua buceta com tanta força que não consegui segurar o orgasmo que chegou de uma só vez.

Gozamos juntos com os olhos presos um no outro, de uma forma que eu nunca tinha vivenciado até então. De uma forma nossa, só nossa.

Existe intimidade maior do que gozar olhando no olho da pessoa que a gente ama?

— Que foi que você tá me olhando assim? — a loira perguntou, ainda com a respiração um pouco ofegante.

Continuava com o meu corpo em cima do dela, não querendo que existisse nem um centímetro de distância entre nós dois.

Não conseguia achar uma explicação plausível pra tudo que eu estava sentindo, para a forma como meu coração parecia quase sair pela boca.

Algo em mim mudou naquele momento, olhando bem no fundo dos seus olhos castanhos.

— Giovanna... — segurei seu rosto com uma das minhas mãos, parando pra fazer um carinho singelo ali. — Casa comigo?

Loucura como a nossa vida pode mudar da água para o vinho do dia para a noite.

NocauteOnde histórias criam vida. Descubra agora