#2 Batman e Robin: Vitória Sombria

Capítulo 8: A visita de Gordon

Mansão Wayne:

- Patrão Dick, vamos nos atrasar! - grita Alfred.

- Já estou indo! - diz ele descendo as escadas com agilidade, quando uma mão segura seu ombro.

- Não tão rápido - diz Bruce, e Dick para abruptamente. Tenso, mas arranca o braço da mão de Bruce.

- Algum problema? - pergunta Alfred.

- Você tem algo a dizer? - pergunta Bruce, ignorando a pergunta de Alfred.

- O que você quer que eu diga? - pergunta Dick.

- Um criminoso está cego, outros estão no hospital, e você está agindo pelas minhas costas.

- Só estou retribuindo o favor - retruca Dick. - Quantos criminosos você já quebrou? Só está irritado por não ter sido você.

- Mais um passo fora da linha, Dick. Só mais um, e suas atividades como Robin serão suspensas.

- Você não pode me impedir - diz Dick. - Se você confiasse mais em mim...

- Já estamos mais do que atrasados, patrão Bruce. Tenho certeza que essa conversa pode ficar para mais tarde - diz Alfred.

- Tudo bem - diz Bruce. - Estarei de olho em você, Dick.

Dick parte até o carro.

- Não seja tão duro, patrão Bruce - diz Alfred. - Afinal, você era muito parecido com ele quando tinha a mesma idade.

- É justamente disso que tenho medo, Alfred - diz Bruce.

...

Enquanto Alfred se atravessa os portões da mansão, um carro cruza o caminho dele. Alfred abaixa o vidro.

- Bruce Wayne está? - questiona Gordon. - É urgente.

- Pode seguir, comissário - responde Alfred. - O patrão se meteu em problemas?

- Acredito que não - responde Jim. - Mas talvez pessoas próximas a ele sim.

- Compreendo - responde Alfred. - Estou levando o patrão Dick para a escola, caso ainda esteja aqui quando voltar, terei prazer em lhe servir uma xícara de chá.

- Serei rápido - diz Gordon. - Talvez o chá tenha que ficar para depois.

- Siga em frente - diz Alfred, partindo.

Jim pilota até a porta da Mansão Wayne, estaciona seu carro e toca a campainha.

- Comissário! - diz Bruce animado. - O que o traz aqui tão cedo? Por favor, entre, sente-se.

Jim entra e se acomoda numa cadeira, Bruce se senta num sofá à sua frente.

- Posso lhe servir algo? - pergunta Bruce. - Café, água, um bourbon, talvez?

- Estou aqui em serviço, e precisamos conversar, Sr. Wayne.

- Sou todo ouvidos.

- Você ouviu sobre a morte de um cidadão chamado Carleton Lehah?

- Nunca ouvi falar - diz Bruce.

- Já ouviu falar sobre a ordem de São Dumas?

- O que é isso? Alguma boate de strip secreta? - pergunta Bruce em tom de curiosidade e humor.

- Foco, Sr. Wayne. Carleton Lehah foi assassinado noite passada. O mesmo assassino executou mais duas pessoas, Bo Horshach e o Reverendo Sinclair. Ele também tentou assassinar Verônica Vreeland, mas foi impedido pelo Batman. Porém, fugiu. Tenho razões para acreditar que há alguma espécie de Sociedade Secreta por trás desses homicídios.

- Continue - diz Bruce.

- Olhe, tudo isso que estou lhe falando é confidencial.

- Não se preocupe com isso.

- Eu encontrei isso na cena do crime - diz Gordon puxando uma moeda do bolso de seu paletó e entregando a Bruce Wayne, que observa intrigado.

- Bela moeda - diz ele fingindo desinteresse e devolvendo-a a Gordon não antes de analisá-la. - Mas ainda não sei onde você quer chegar.

- Lehah certamente estava envolvido com a ordem, fato. Porém, algo me chamou atenção. Enquanto vasculhava alguns de seus documentos, encontrei isto - diz Jim agora entregando a fotografia de Lehah e Chambers para Bruce.

- Calma aí, esse é o Ed. Diretor da Wayne Enterprises. Você acha que ele está envolvido nisso?

- Chame de palpite, de tino, instinto de detetive, não sei - diz Gordon. - Não posso investigá-lo por conta de uma fotografia. Tentei entrar em contato com ele, mas a secretária me falou que eu precisava marcar hora. Não tenho tempo pra isso, Sr. Wayne.

- Me chame de Bruce. O que você está me pedindo?

- Não sei, Bruce, mas mantenha os olhos abertos. E se souber de algo que possa ajudar, por favor entre em contato comigo - diz Jim, levantando-se.

- Pode deixar, comissário.

- Me chame de Jim - diz ele, estendendo a mão para Bruce, que retribui com um aperto acalorado. - Por enquanto é só - diz Gordon. - Preciso voltar para o departamento, sempre há trabalho a fazer.

- Bom trabalho, Jim.

- Obrigado pelo seu tempo, Sr... Bruce - diz ele, partindo da mansão, entrando em seu carro e indo embora.