O Batmóvel adentra na Batcaverna, e Batman sai com o apoio de Robin. Alfred intervém imediatamente, visivelmente preocupado.
— Minha nossa! Vocês estão bem? — diz ele, correndo para apoiar o braço esquerdo de Bruce em seu ombro.
— Está tudo bem, Alfred — responde Batman, enquanto juntos caminham até uma maca onde Batman se senta.
— Faixa — pede ele, e Robin rapidamente passa para ele — Morfina, Alfred. A noite ainda não acabou.
— Mas, senhor... — Alfred começa, preocupado.
Bruce estende a mão, sem dizer nada, e Alfred lhe passa uma seringa. Batman injeta a morfina na própria perna, depois coloca uma nova camada impenetrável de Kevlar para cobrir a área ferida. Levanta-se um pouco manco, mas mantendo-se firme.
— Para onde você... — começa Robin, confuso.
— Nós vamos — interrompe Batman — temos assuntos a tratar com Salvatore Maroni.
— Tenho algo que pode ajudar — diz Alfred, pegando novas máscaras para ambos — finalmente consegui implementar as lentes termais. Estão funcionando cem por cento.
Batman e Robin trocam de máscaras e ativam as lentes. Robin, impressionado, percebe quantos morcegos realmente há na escuridão da caverna.
— Isso é demais, Alfred! — diz ele animado.
— Obrigado, Alfred — agradece Batman, apertando a mão dele.
— Apenas tomem cuidado — pede Alfred, com uma expressão preocupada.
A dupla dinâmica caminha até o Batmóvel, quando Batman joga a chave para Robin.
— É sério?
— Veremos como se sai — responde Batman com um sorriso.
Robin desliza pelo Batmóvel, animado.
— Prometo que não vou desapontar — diz ele, e o Batmóvel parte em disparada para Gotham novamente.
Centro de Gotham:
Em sua casa, Gordon tomava uma xícara de café na cozinha, tentando conter as lágrimas. As memórias com seu parceiro vinham em enxurradas. Eles o chamaram de corrupto, mas Gordon não se importava com isso agora. Acima de qualquer coisa, acabara de perder um amigo.**
Sua filha, Bárbara, entra na cozinha, sonolenta. Gordon tenta enxugar as lágrimas rapidamente e esboçar um sorriso para ela.
— Pai! — diz ela, sorrindo e correndo para um abraço — você está bem? — pergunta ao ver seus olhos inchados e vermelhos — aconteceu alguma coisa?
— Está tudo bem, Barbara — diz ele, abraçando-a. Sentia que o mundo realmente não importava quando a abraçava. — Eu só estou cansado.
— Vai passar a noite? — pergunta ela, esperançosa.
— Amanhã, talvez — responde ele — mas fique comigo mais um tempo, vamos conversar um pouco.
Gotham City:
O Batmóvel chega aos limites de Gotham, onde fica a mansão de Maroni.
— Você vai — diz Batman — Eu te ajudo daqui.
Robin o olha surpreso, mas não responde. Batman sabia que estava agradecido.
Robin ativa as lentes termais e adentra no terreno de Maroni, desviando-se dos seguranças e deixando alguns desacordados pelo caminho, sem chamar atenção alguma. Ele chega ao escritório de Maroni, que está sentado, apreciando um charuto.
— Salvatore Maroni — diz Robin, fazendo com que o homem se vire num pulo — precisamos conversar.
Maroni é um homem de meia idade, líder dos Maroni, uma família italiana que há anos se sustentava com o crime em Gotham. Uma erva daninha que parecia impossível de ser extirpada.
Ele tenta se aproximar da mesa para acionar o alarme, mas Robin joga um batarangue aos pés dele que o faz parar no caminho.
— Não faria isso se fosse você — adverte Robin.
— Você está causando bastante problemas, garoto. Acha que vai se safar dessa?
— Sim, eu vou — responde Robin com desdém. — Harvey Bullock está morto e você é o próximo alvo da Ordem, Maroni. Podemos te proteger.
— O Batman também está aqui? — pergunta Maroni, olhando ao redor.
— Não tenha dúvidas disso — responde Robin.
— E o que você quer? — pergunta Maroni.
— Eu quero Zucco.
— Zucco é meu sobrinho, eu não posso te entregar ele.
— Tudo bem, então você fica com o Batman — diz Robin, dando-lhe as costas — ou quem sabe com a Ordem de São Dumas.
— O que esse idiota fez dessa vez?
— Isso importa? Eu tenho assuntos para tratar com ele, e meu tempo está se esgotando. Se não tem nada a dizer, não espere que o Batman seja tão complacente quanto eu.
— Tudo bem! Tudo bem! Eu lhe concedi um apartamento na Avenida Avalon — diz Maroni — Mas ele estará esperando. Ele já sabe que você está atrás dele. Eu fiz minha parte, agora espero que cumpram com sua palavra.
Robin lhe dá as costas e retorna ao Batman, no Batmóvel.
— Bom trabalho — elogia Batman, enquanto se dirigem ao local de Zucco. O Batsinal reluz nos céus de Gotham.
— Preciso ir até lá — diz Batman — continue seu caminho e tenha cuidado.
— Tem certeza disso?
— Absoluta — diz Batman — está na hora de provar o seu valor.
De repente, o Batmóvel se divide em duas motos, e ambos seguem seus caminhos.
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#2 Batman e Robin: Vitória Sombria
Aventura2ª História do DCVerso. Batman e Robin investigam uma série de assassinatos misteriosos envolvendo uma seita intitulada A Ordem de São Dumas. Entretanto, as diferenças entre eles aumentam. Fantasmas do passado atormentam as vidas de todos em Gotham.