Capítulo 5

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Após Gael pedir para olhar meu quarto, hesito, pensando se deixo ou não ele entrar

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Após Gael pedir para olhar meu quarto, hesito, pensando se deixo ou não ele entrar. Não é comum um homem estranho estar no meu espaço, mas decido que não é nada demais. Abro a porta e a empurro para o canto, entrando primeiro e dando espaço para ele. Os olhos dele percorrem cada canto do meu cômodo aconchegante até que um mural na parede chama sua atenção. É uma colagem de artigos de jornais, e ele se aproxima vagarosamente, absorvendo as notícias coladas. Algumas falam sobre serial killers e assassinatos, outras abordam o racismo estrutural e seu impacto na sociedade, enquanto outras tratam de moda, criando um mosaico de temas diversos.

— Interessantes suas colagens, Lizzie — diz Gael, desviando o olhar para a mesa de estudos onde mais artigos estão espalhados. Meu coração dispara ao lembrar que deixei um vibrador ali em cima. Num impulso, entro rapidamente na frente dele, bloqueando sua visão.

— Obrigada! — respondo com um meio sorriso, sentindo a proximidade desconfortável. O corpo dele quase toca o meu, então pigarreio e ele se afasta um pouco.

— Algum problema?

— Tem um artigo na mesa que ainda não quero que você veja; está em produção — digo, virando as costas para ele enquanto pego o vibrador rapidamente e o escondo atrás das costas.

— Você já escreveu algo mais? Gostaria muito de ler — Gael comenta.

— Claro, vou pegar na cômoda — ando de costas e sinto seu olhar sereno sobre mim. Que mico! Abro a gaveta da cômoda e escondo o brinquedo lá dentro antes de pegar o artigo que escrevi na faculdade.

Antes que Gael comece a ler meu artigo, minha mãe bate na porta aberta e avisa que a carne está assada. Pego os papéis das mãos dele e descemos para a área do churrasco. Edgar me lança um olhar carregado de reprovação enquanto sigo até a mesa e pego um prato com picanha e acompanhamentos. Minha mãe me chama até a cozinha para pegar alguns temperos para os assados do churrasco; deixo meu prato na mesa e vou com ela.

— Lizzie, deixe Edgar resolver as coisas com o chefe, esse é o momento dele — minha mãe pede.

— Mas foi Gael quem disse que queria conhecer a casa apresentada por mim!

— Você deveria ter falado que não; Edgar poderia apresentar e você me ajudaria na cozinha.

— Acontece que já ajudei! Eu deveria estar com meu pai agora, mas estou aqui cozinhando para o chefe do seu marido porque nem a porra de um tartar ele sabe fazer — esbravejo.

— Lizzie, não entendo todo esse incômodo. Desde que Edgar ganhou a promoção você está com essa cara amarrada — minha mãe resmunga.

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