Capítulo 10

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Lizzie ainda parece surpresa com a minha resposta, mas, se tratando de mim, eu também não esperava dizer algo como que quero assistir ela dançar e depois explorar seu corpo da melhor maneira que eu puder

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Lizzie ainda parece surpresa com a minha resposta, mas, se tratando de mim, eu também não esperava dizer algo como que quero assistir ela dançar e depois explorar seu corpo da melhor maneira que eu puder. Essa é a minha verdadeira vontade desde que a vi dançar pela primeira vez, desde que a conheci pessoalmente e percebi todo seu carisma. Lizzie não é o tipo de mulher com quem já me envolvi antes; antes de entrar em um relacionamento no qual entreguei tudo e só recebi chifres e culpa. No entanto, algo dentro de mim anseia por conhecer outro lado dessa estudante de jornalismo sentada à minha frente, me oferecendo olhares serenos e um sorriso surpreso.

Ela deixa o caderno de perguntas de lado e estrala os dedos, fazendo um barulho ecoar pela sala. Lizzie se levanta e arruma a roupa que cai perfeitamente em seu corpo. Eu penso em levantar, mas parece que não tenho força nas pernas como gostaria. Lizzie vem em minha direção e senta no meu colo. Puta que pariu, eu definitivamente não esperava por isso; estamos nos surpreendendo mutuamente hoje. Deslizo a mão pela cintura dela, puxando-a um pouco mais para cima. Ela geme baixo.

Esfregamos nossas testas lentamente; meus olhos estão fechados, mas sinto o aroma dela perto de mim e o cheiro do gloss de menta que se transfere para os meus lábios quando ela encosta sua boca na minha. Abro meus lábios para permitir que ela coloque sua língua à vontade. Minha língua invade a boca dela, mergulhando numa mistura doce e refrescante do gloss. Nossas línguas brigam como se precisassem ainda mais uma da outra. Coloco minha mão no rosto dela para explorar sua boca, não quero que isso acabe logo; não quero que o ar falte, pois quero sentir esse beijo até não poder mais. Assim acontece: precisamos respirar um pouco.

— Você é tão cheirosa — murmuro em seu ouvido, dando uma leve mordida. Lizzie não diz nada, apenas encosta seus lábios nos meus novamente para voltarmos a nos beijar. Pressiono-a contra mim para sentir minha ereção. Ela geme entre os beijos, me deixando completamente perdido no momento; eu necessito dela. Coloco minha mão por dentro do corpete dela, acariciando o bico do seu seio enrijecido, mais um gemido escapa dos lábios dela. Estou tão absorto que esqueço da porta destrancada; ninguém entra sem bater, mas esse risco é extremamente excitante.

Separando os lábios, meu desejo é chupá-la inteira e fazer amor com ela aqui na minha sala mesmo. Preciso me conter, não quero ser um babaca e parecer que estou usando-a. Estou há quase um ano sem sexo, e Lizzie parece ser bem ativa nessas atividades; percebo que ela é bastante festeira e muitos caras comentam seus posts nas redes sociais. Ela é do tipo que, se quer fazer algo, vai lá e faz sem medo dos julgamentos, assim como estamos agora.

— Preciso ir — Lizzie diz, tirando minha mão do seu corpete e beijando-a.

— E eu preciso te ver de novo.

Lizzie apenas sorri e levanta-se do meu colo, será que ela acha que sou incapaz de lhe proporcionar prazer maior pela minha idade?

— Precisamos ir com calma — ela diz enquanto junta seus materiais jornalísticos e coloca tudo na bolsa. Levanto-me e vou até ela, abraçando-a por trás.

— Como você quiser — beijo seu pescoço. Lizzie coloca a mão atrás e me puxa para mais perto. Um gemido escapa dos meus lábios.

— A que horas você vai almoçar? — Ela se vira para me olhar nos olhos, seus cílios longos destacando-se sob a luz suave.

— Normalmente costumo almoçar aqui mesmo. Você quer me acompanhar? Posso te levar a um restaurante.

— Pode ser! Mas precisamos comer rapidinho, ainda quero uma sobremesa — Lizzie ri, seu olhar provocante fazendo meu coração acelerar.

— Hum, que sobremesa é essa?

Ela levanta os pés para me abraçar, os lábios perto do meu ouvido enquanto sussurra:

— Um boquete.

Meu corpo vibra com as palavras dela, uma onda de desejo me invade.

— Você quer almoçar agora? — Pergunto, mordendo o lábio, e ela sorri de forma sedutora.

— Preciso continuar meu trabalho da faculdade.

— Tudo bem — dou um beijo suave nela e a levo até a porta, contando os minutos para vê-la novamente. Peço que Lilian acompanhe Lizzie para ela conhecer melhor a empresa e tento focar no trabalho, pensando no beijo que trocamos.

[…]

Horas depois, no horário do almoço, pego meu celular para conferir as mensagens. Lizzie me avisa que precisou cancelar nosso encontro por causa de alguns problemas. Fico triste, mas respondo que entendo; não quero parecer desrespeitoso com o tempo dela. Vou até a mesa de Lilian para conversar sobre a entrevista. Ela sorri, mas parece preocupada.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunto.

— Olha, a Lizzie não queria que eu falasse, mas vou contar. O padrasto dela a tirou da empresa — Lilian murmura.

— Como assim ele a tirou? — Minha voz sai mais alta do que o esperado.

— Ele perguntou o que ela estava fazendo aqui. Quando ela explicou sobre o trabalho da faculdade, ele ficou bravo e a agarrou pelo braço, levando-a para fora.

— Onde ele está agora?

— Na sala de… — Não espero Lilian terminar e vou direto para a sala de Edgar, abrindo a porta sem bater.

— Senhor Almeida, precisa de algo? — Seu sorriso é irritante.

— Com que direito você agarra sua enteada e a tira da minha empresa?

— Senhor Almeida, não foi bem assim…

— Não importa como foi! Esta é minha empresa, e Lizzie pode vir aqui fazer quantas entrevistas quiser. Vou liberar um passe na catraca pra ela. Você precisa parar de achar que ela está competindo com você; ela só está buscando seu espaço. Se eu souber que você usou sua força contra a Lizzie, considere-se demitido.

Mais tarde à noite, mando flores e chocolates com um cartão pedindo desculpas pela atitude do padrasto dela. Sinto vontade de confrontá-lo por ter colocado as mãos nela, mas sei que isso não seria bom para a empresa. Lizzie me manda uma mensagem agradecendo os presentes e logo em seguida aparece um vídeo no meu celular. Ela está sob luzes suaves e posiciona o celular em uma ring light. Quando se afasta da câmera, vejo-a vestida com uma lingerie delicada que realça suas curvas. Sento-me confortavelmente na cadeira para assisti-la dançar uma música suave.

Os movimentos dela são graciosos e envolventes; cada passo é uma mistura perfeita de sensualidade e confiança. Quando ela se vira de costas e olha diretamente para a câmera como se estivesse me vendo, sinto uma onda de calor percorrer meu corpo. Os quadris dela balançam lentamente ao ritmo da música enquanto suas mãos percorrem seu próprio corpo com delicadeza. Ao se abaixar em direção à câmera e enviar um beijinho no ar, não consigo conter um sorriso; meu coração acelera com a expectativa de tê-la ao meu lado novamente. Ah, Lizzie, mal posso esperar para estar com você e te sentir.

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