O oni da névoa

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- Eu sei andar, sabia?! - Digo indignado com o atitude do menor.

- Eu te puxei pra você não arranjar confusão com a mulher, Sanemi, tenha limites! - O moreno diz praticamente me dando uma bronca.

Sanemi as vezes agia feito uma criança birrenta que arranja confusão com tudo e com todos, todos tem um lado mais infantil, mas no caso de Sanemi, esse lado o dominava quase sempre, o que por outro lado, ao invés de ser positivo o ato de guardar uma criança interior para a vida, era cansativo para os demais Hashiras e outros indivíduos que conviviam ou já presenciaram esse lado birrento do pilar do vento.

- Acha que sou uma criança pra me dar bronca?! Francamente, Obanai! - Retruco.

- Tá, tá! Enfim, já temos algumas informações necessárias, agora vamos nos fundos do comércio.

- Ué, por quê? - Pergunto.

- Porque é lá que fica os vendedores, é sério que eu vou ter que te explicar tudo!? - O moreno diz já sem paciência.

- Cala a boca! Vamos logo - Digo já me estressando novamente com Iguro.

  - Quebra de tempo-

- O que fazem aqui? Esse local é apenas para vendedores! - Um homem de cabelos negros, pele clara e óculos com uma touca de cozinheiro, diz após ver eu e Obanai entrando nos fundos do comércio, ou seja, cozinha.

Aquele lugar era uma espelunca, não sei como os clientes conseguem comer e comprar coisas ali, sinceramente. Que porcos!

- Olha aqui, precissamos te interrogar - O respondo tentando não me enraivar com aquele cozinheiro besta.

Antes que o jovem pudesse dizer algo, uma mulher de cabelos morenos coloca sua mão sobre o ombro do mesmo impedindo com que ele formulasse alguma palavra.

- Tudo bem, podem começar - Diz a mulher.

- O funcionário que foi transformado em uma criatura desconhecida, o que aconteceu com ele e com a mulher que foi atacada? Tem notícias deles? - O mascarado pergunta finalmente iniciando o pequeno interrogatório.

- Bom, sobre o homem, não sabemos sobre ele, ele simplesmente desapareceu, e em relação a mulher, ela estava recebendo cuidados em uma casa de repouso aqui pela região - O homem de óculos responde parecendo meio nervoso, algo considerado suspeito.

- Sabe de mais alguma coisa? Por que não nos conta sobre o que aconteceu detalhadamente no dia do ataque? - Eu digo achando a aflição do homem uma ação suspeita.

- Bom.. Tudo bem, eu estava com medo de dizer mas, já que perguntou... - O homem responde parecendo meio receioso.

- Vamos! Não tenho o dia todo! - Eu exclamo impaciente com a enrolação do cozinheiro.

- Naquele dia, momentos antes do homem sumir, apareceu uma névoa, tipo uma neblina, muito estranha, logo após, o mesmo sumiu do nosso campo de visão, a mulher recebeu cuidados em uma casa de repouso pela senhora Kanoji, mas, não temos mais notícias em relação a ela. - A doce mulher diz com um olhar e sorriso serenos na sua face pálida, seu olhar era gentil mas também demonstrava preocupação, afinal estava passando informações delicadas para dois desconhecidos e, estava preocupada com o ex funcionário que desapareceu na neblina, e com a mulher, que, por mas que seja uma desconhecida, a cozinheira não deixava ter uma certa empatia pelos moradores da região. Mas era nítido que ela estava mais calma que o que o outro indivíduo.

- Infelizmente são apenas essas as informações que nós temos. - O homem por sua vez finalmente tomou iniciativa para desenvolver o diálogo.

- Bom, muito obrigado de qualquer jeito. Adeus. - O da cobra no braço diz já se retirando do local, deixando apenas: Sanemi, o cozinheiro, e sua parceira na cozinha do comércio.

Calmaria no furacão [ sanegiyu]Onde histórias criam vida. Descubra agora