|Reencontro|

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Jade Marques Pov:

Quando o turno acabou eu fui para o carro de Hojong como sempre fazia.

- Meu bem, por acaso você conversou com Sungho hoje? - Eu disse adentrando o carro.

H - Sim, ele te contou?

- Contou, mas o que falou para ele? - Indaguei curiosa.

H - Porque? Ele te disse alguma coisa?

- Não, só disse que você foi conversar com ele mesmo.

H - Eu apenas pedi que ele parasse de te desrespeitar - Ele me encara.

- E pra isso chamou seu próprio patrão de burro?

H - Sim - Ele disse calmo.

- Poxa lindo, não precisava arriscar seu emprego por isso, imagine se ele tivesse te demitido? - Eu falei em um tom de preocupação.

H - Eu não ligaria, você é minha namorada, eu devia ter feito isso a muito tempo pra falar a verdade - Ele disse calmo me fazendo suspirar.

- Tá tudo bem, já passou, agora eu espero que ele pare, e peço que não se arrisque de novo desse jeito ok?

H - Pode deixar princesa - Ele sela meus lábios.

Depois disso Choi realmente parou de perturbar meu relacionamento, ele me tratava como amiga, e mostrava ser sempre cuidadoso comigo, posso dizer que às vezes parecíamos até irmãos.

Meu relacionamento com Hojong era completamente saudável, tê-lo do meu lado foi uma das melhores escolhas da minha vida, eu amava chegar da faculdade e poder ficar agarrada com ele pelo resto da noite.

Maitê, minha melhor amiga, viria para a Coreia neste mês, eu estava muito ansiosa pela sua chegada, fazia anos que eu não a via pessoalmente. Porém um dia antes de sua chegada eu tive um sonho estranho.

Sonhei que eu estava vivendo minha vida normalmente, indo trabalhar, estudando, malhando, etc. Porém em uma parte específica desse sonho, Hojong estava comigo na cozinha de casa, me virei de costas para ele na intenção de pegar um copo que estava na sala, porém antes mesmo de me virar novamente para vê-lo, minha aliança saiu do meu dedo magicamente e subiu até o céu, e quando me virei para Hojong ele já não estava mais lá.

Acordei um pouco assustada, olhei para o lado e Hojong estava lá, suspirei de alívio porém quis confirmar se ele estava vivo mesmo assim.

- Amor? Tá vivo? - Eu mexi nele para que ele acordasse.

H - Hmm - Ele se mexe na cama me abraçando e eu suspirei de alívio.

Levantamos e fomos tomar café, nós iríamos buscar Maitê no aeroporto.

H - Sua amiga sabe falar ao menos inglês? - Ele pergunta enquanto comia.

- Provavelmente não, porque? - Encarei ele.

H - Pra ver se eu consigo me comunicar com ela, mas pelo visto não será possível - Ele ri soprado.

- Tadinha, eu viro a tradutora de vocês ok? - Eu disse rindo soprado junto com ele.

H - Ok senhora poliglota - Ele disse sorrindo.

Depois do café fomos tomar banho e nos arrumamos para buscá-la.

H - Ela é muito sua amiga mesmo? - Ele disse já dirigindo até o aeroporto.

- Sim, nós nos conhecemos no 3 ano do fundamental, desde então somos amigas, estudamos juntas até eu sair do Brasil, mas nem em países diferente paramos de nos falar - Eu explico.

H - Que lindas, porque não se casam? - Ele diz irônico e nós dois gargalhamos.

- Por causa da distância, se não fosse isso era casamento na certa - Eu entro na brincadeira.

H - Qual é o nível de intimidade de vocês duas?

- Porque quer saber tanto em? - Eu pergunto desconfiada.

H - Para saber se você já reclamou de mim pra ela - Ele disse me fazendo rir.

- Eu nunca reclamo de você pra ninguém meu bem, você não me dá motivos - Eu sorri pra ele.

H - Nossa que romântica você tá hoje - Ele disse me encarando enquanto sorria.

- Eu sou romântica ok? - Dou ênfase no "sou".

H - Ok patroa - Ele disse sorrindo.

Chegamos no aeroporto e ficamos procurando Maitê como duas capivaras perdidas, até que finalmente achamos ela.

M - Meu Deus você realmente é adulta agora! - Ele exclamou me olhando de cima abaixo - Quanto tempo Jade - Maitê me dá um abraço apertado transferindo seus sentimentos nele - Nem parece que a última vez que eu te vi você tinha 16 anos - Ela olha para todos os cantos de meu rosto.

- Eu nem acredito que estou te vendo, na minha cabeça é uma miragem - Eu dou um beijo em sua bochecha fazendo a mesma rir.

M - E esse aí é o bonitão? - Ele se refere à Hojong.

- Sim - Eu sorri e ela cumprimentou Hojong com um aperto de mão - Hojong essa é a Maitê diga "Oi" - Eu falo em coreano com ele.

H - Oi? - Ele fala em português meio sem jeito.

- E Maitê esse é o Hojong diga "annyeonghaseyo" - Eu disse e ela entortou o rosto.

M - O que diabos isso significa?

- Olá - Eu disse em português.

M - E você acha mesmo que eu sei pronunciar isso?

- Nem é tão difícil Maitê, larga de ser dramática - Eu disse e ela fez uma cara de dó - Se coreano é tão difícil pra você fale em inglês então - Ela aceitou o inglês - Diga "Hi".

M - Hi Hojong - Ela diz em Inglês enquanto sorria de forma simpática.

- Ok pelo visto traduzir tudo pra vocês dois vai ser um pouco difícil - Eu falo em coreano.

H - Bem que ela podia saber inglês, assim seria mais fácil.

- Vou dar umas aulinhas pra ela - Olho para Maitê - Vamos? - Falo em português.

M - Amiga, eu vi um hotel muito bom aqui, veja - Ela me mostra o hotel em seu celular.

- Achei que ia querer ficar lá em casa - Eu a encaro.

M - Ah melhor não, acho que me sentiria mais confortável em um hotel mesmo - Ela explica.

- Tudo bem então - Eu entendo.

Ter Maitê por esses dias foi uma das melhores coisas, ela ficaria 2 meses aqui. Nós saíamos com ela quase todo final de semana, e eu ia todos os dias almoçar com ela, Hojong estava achando Maitê hilária mesmo não a entendendo, e Maitê estava obcecada por Jonghyu. Ela o viu quando foi almoçar comigo no intervalo da empresa, e segundo ela foi amor a primeira vista. Eu pensei em apresentar Jonghyu pra ela, porém não tinha esse nível de intimidade com ele ainda, então eu estava pensando em pedir isso a Sungho, que inclusive estava sendo muito legal comigo por esses dias.

Continua...

Dear BossOnde histórias criam vida. Descubra agora