Depois daquele dia, minha mente ficou mais leve, antes eu chorava pelo o menos 1 vez ao dia pelo luto, mas agora eu estou melhor, não chorei mais, obviamente me lamentava e pensava em Hojong. É difícil esquecer o seu grande primeiro amor, eu ia pelo o menos 1 vez na semana visitar seu túmulo, mas tentava não pensar muito em sua morte, porque me lembro que era uma das coisas que ele mais me falava quando me aconselhava. "Não fique com isso na cabeça...".
Maitê decidiu ficar na Coreia, estou ensinado ela a falar inglês e ela também está fazendo aulas de coreano. E com isso fico pensando, o que o amor não pode fazer? No momento ela está morando comigo e está procurando um emprego.
Eu estava na empresa, o horário de almoço chegou e obviamente arrumei minhas coisas para ir almoçar logo.
C - Jade - Eu o encaro para ouvir com atenção - Posso ir almoçar com você hoje? É que Jonghyu me disse que iria almoçar com Maitê e eu não estou afim de ficar de vela - Ele diz meio tímido.
- Ela vai almoçar com ele hoje? - Ele assentiu com a cabeça - Que vaca nem me contou, eu ia ficar de vela para eles dois sem nem saber antes - Mumurei estressada - Mas tudo bem, eu almoço com você sim - Eu disse e ele abriu um sorriso fofo - Mas espera - O sorriso dele se fecha - Os funcionários não iriam estranhar de nos ver juntos?
C - Você liga pra isso? Jade às vezes acho que você esquece que é minha secretária pessoal - Ele dá ênfase no "pessoal".
- Sei lá, vai saber o que se passa na cabeça desse povo - Eu levantei os ombros.
C - Não se preocupe com isso, agora vamos almoçar logo, eu estou morto de fome - Ele coloca as mãos em meus ombros para me incentivar a andar mais rápido.
Chegamos no restaurante, ele fez nosso pedido e logo começamos a conversar.
- Você é muito misterioso sabia? - Ele faz uma expressão confusa ao me ouvir - Você sabe a maioria das coisas da minha vida, mas eu não sei quase nada da sua.
C - Você não pergunta - Ele disse simplista.
- Eu não sou intrometida - Eu disse simplista assim como ele.
C - Eu faço aniversário dia 10 de Julho de 1999, sou filho único, meu pai faleceu quando eu tinha 21 anos, minha mãe está viva o nome dela é Soohya e tem 48 anos, eu nasci em Bucheon, vim pra cá quando meu pai abriu a empresa e começou a dar certo - Eu o escutava atentamente - Ele era um homem ocupado não muito presente na minha vida, e quando faleceu não senti muito sua falta pela sua ausência - Dei um sorriso mínimo ao ouvir sua última frase.
- Meu pai também não foi presente na minha vida, pra falar a verdade eu nem sei como é ter um pai direito - Nós sorrimos um para o outro como se quiséssemos nos reconfortar.
C - Eu poderia largar a empresa após a morte dele, mas pensei no quão trabalhoso foi pra ele fazê-la crescer, pensei no desperdício que seria não cuidar dela, e decidi ficar no comando - Ele falava calmamente.
- Entendi, e como é a relação com a sua mãe?
C - Perfeita, eu não saberia viver sem uma mãe daquelas, ela é a luz da minha vida, eu a amo demais - Ele disse sorrindo com os pequenos olhos brilhantes o que me fez sorrir de volta.
- É lindo ver como você fala dela - Eu falo ainda sorrindo, admirando seus brilhantes olhos.
C - Obrigado, e você e sua família? Como são?
- Eu conheço meu pai, e até que tenho uma boa relação com ele, mas eu nunca via ele, já cheguei a ficar mais de 7 anos sem olhar na cara do meu pai pessoalmente.
C - 7 anos? - Ele questiona com uma expressão de choque.
- Sim, mas a relação com a minha mãe é maravilhosa, e agora eu tenho um bom padrasto que cuida de mim e da minha mãe muito bem, e eu tenho um irmão por parte de pai mas eu não tive a oportunidade de vê-lo pessoalmente ainda.
C - Entendi.... - Ele olha pra baixo por alguns segundos - Está ocupada depois da faculdade hoje?
- Estou - Ele desanima completamente me olhando triste - Mas calma, o resto da semana eu estou livre mocinho.
C - Então topa ir amanhã comigo para um lugar legal? - Disse animado.
- Topo, mas que lugar? - Eu disse um pouco desconfiada.
C - É surpresa, você vai saber amanhã - Cerrei os olhos desconfiada - Confia no pai tá?
- Não.
C - Nossa sua ignorante! - Disse sentido e eu gargalhei - Mas o que vai fazer hoje depois da faculdade? - Ele disse curioso.
- Sabe aquele garoto que cantou comigo no karaoke? - Ele assentiu com a cabeça - Eu fiz amizade com ele e combinamos de nos ver hoje, para jogar conversa fora sabe?
C - Não.
- Quer que eu explique? - Fui irônica.
C - Tsc, você recusou sair comigo pra sair com esse cara que acabou de conhecer? - Ele disse com uma voz manhosa.
- Nem parece que você tem 24 anos e é dono de uma multinacional - Eu disse com uma expressão séria - E eu vou sair com ele pra fazer amizade ok? - Dei ênfase no "amizade".
C - Mas ele pode ter outras intenções, vai sair com aquele cara sem mal conhecê-lo? E se ele te sequestrar? - Sungho sugou do seu drama até o fim.
- Menos.
C - Você é insuportável comigo - Ele cruza os braços como uma criança.
- Meu Deus como é mimado - Coloquei a mão na testa indignada - Vamos fazer assim, você me leva e me busca do restaurante, ok? Desse jeito você vê se eu morro ou não.
C - Acho ótimo - Ele sorriu vitorioso e eu o olhei com deboche.
A noite chegou, e eu já estava indo ao restaurante combinado, era algo simples nós só iríamos jogar conversa fora, Sungho estava me ensinando autodefesa caso ele tentasse algo, eu sinceramente acho que é mais fácil eu sequestrar Yeoji do que ele me sequestrar.
- Boa noite Yeoji - Eu o abraço - Eu me atrasei?
Y - Boa noite - Ele sorri - Não, estou a pouco tempo aqui, como você está?
- Estou bem, e você?
Conversamos do momento em que eu cheguei até irmos embora, Yeoji era doce e tímido, mas ao mesmo tempo sincero e ácido, rimos muito durante o jantar e marcamos de nos ver mais vezes.
Choi Sungho Pov:
Eu não aceitaria perdê-la novamente. Minha relação com Jade voltou ao normal agora, meu melhor amigo estava namorando a melhor amiga dela, agora só faltava nós dois.
Quando Hojong morreu senti um choque de realidade, eu o odiava mas não a esse ponto, eu ainda sou um ser humano, e saber que ele havia falecido me doeu, mas senti um pequeno alívio por ter pedido perdão a ele antes de sua morte. Respeitarei o luto de Jade, e no momento certo tentarei de novo e ela finalmente será toda minha.
Fui buscá-la no restaurante assim que ela me mandou mensagem avisando que queria ir embora. Quando cheguei no restaurante, vi ela e o garoto na frente do restaurante, ele provavelmente estava me esperando junto com ela, assim que Jade me avistou ela se despediu dele com um abraço e um beijo na bochecha. Sério isso?
J - Ele não me sequestrou viu? - Ela disse adentrando o carro.
- Você me conhece a mais tempo e não me dá beijos na bochecha - Fiz drama.
J - Você está de tpm, não é possível - Ela se indigna.
- Estou, e respeite meu momento ok? - Fiz uma voz feminina e fingi choro fazendo ela gargalhar.
J - Ok senhorita, perdoe minha grande insensibilidade - Ela entra na brincadeira e eu sorri.
- Como foi o jantar? - Comecei a dirigir.
J - Foi muito legal, Yeoji é um amor de pessoa - Ela disse sorrindo de forma fofa.
A levei pra casa segura, ela deu um beijinho na minha bochecha para se despedir e eu fui embora.
Eu amo minha menina.
Continua...
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Dear Boss
Fiksi Remaja"Querido Patrão..." Provocá-lo de forma inocente é uma das minhas coisas favoritas, gosto de vê-lo nervoso, gosto do efeito que causo nele. Porém nunca cheguei a imaginar o que ele achava disso, fazia apenas por diversão e acabava que essas provoca...