|Park Hojong|

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O mês estava sendo perfeito, ter Maitê conosco nos tirou do tédio completamente. Essa semana eu consegui Jonghyu saber da existência dela, ele disse que ela era bonita sim, e passei o Instagram dela para o mesmo. Nunca me senti tão cupido como hoje, me senti na época do fundamental quando nossos amigos gostavam um do outro. Com isso acabei me aproximando de Jonghyu também, ele era gentil, e ria das coisas que eu falava, acho que seria um bom partido para Maitê.

M - Que tal fazermos um encontro duplo? - Eu entortei o rosto - Amiga, 4 é par! - Ela exclama como se fosse uma gênia.

- Amiga a gente não tem mais 14 anos - Eu disse calmamente a ela.

M - Ai eu tenho vergonha de ir sozinha no encontro com ele, e eu perguntei se teria problema de levar vocês e ele disse que não - Eu a encarei - Vamos amiga, nem que seja pra me acompanhar - Ela implora.

- Ai tá bom chatisse! - Vejo seus olhos brilharem - E quando é esse encontro?

M - Amanhã, nós iremos nos encontrar no restaurante às 19:00.

- Entendi, vou ver com Hojong, qualquer coisa te aviso, agora eu preciso ir você não quer ficar lá em casa um pouco? - Me levantei em sua frente a encarando.

M - Quero, e faça comida pra mim em - Ela exige brincando.

- Vou caçar rato pra você comer, é seu prato favorito não é? - Brinquei de volta.

M - Sim até porque eu sou uma gata - Ela rebate.

- Isso eu vou ter que concordar, e essa gatinha é comprometida?

M - Não porque? - Ela entra na minha brincadeira.

- Porque vai continuar - Ela desfaz o sorriso de seu rosto e eu gargalho pegando as chaves do meu carro - Eu sou muito bem casada viu? - Mostrei minha aliança pra Maitê e ela revira os olhos.

Chegamos em casa e eu fui direto procurar meu amor.

- Lindoo? - Eu entrei no quarto avistando ele mexendo no cabelo molhado, provavelmente havia acabado de tomar banho.

H - Oi amor, tá com a Maitê? - Ele me encara.

- Ela veio almoçar aqui hoje - Ele me agarra cheirando meu pescoço.

Momentos assim com ele eram perfeitos, eu sentia que eles poderiam ser infinitos.

H - Vamos dar atenção pra ela, você deixou a coitada sozinha na sala - Ele separa seu corpo do meu e eu ri soprado.

M - Achei que vocês iam ter a coragem de se reproduzir comigo dentro da casa, em plenas 11 da manhã - Ela disse nos encarando sentada no sofá.

- Ai calma, a gente não tava fazendo nada tá? - Me sentei ao lado dela e Hojong a cumprimentou - Vai querer comer o que?

M - Meu corpo necessita de arroz e feijão, Jade - Ela disse dramática.

- Imagino, vou fazer um almocinho clássico de brasileiro então, mas você vai vir me ajudar que eu não sou sua empregada - Me levantei.

M - Que delícia, eu ajudo sem problemas tá?  Mandona - Ela se levanta também.

- Amor, vai lá no mercado comprar refrigerante e sorvete, por favor? - Eu pedi a Hojong.

H - Tá bom, vão querer qual sabor de sorvete?

- Pode ser morango amiga? - Eu me virei pra ela.

M - Pode ser - Ela disse simplista.

- Pegue de morango - Ele assentiu com a cabeça e pegou a chave do carro, porém antes de sair me encarou.

- Esqueceu de algo?

H - Você que tá esquecendo de algo - Fiz uma expressão confusa e ele apontou para a própria bochecha me lembrando de dar um beijinho de despedida.

- Ah é! - Eu exclamei e fui até ele o abraçando e o beijando - Te amo - Eu sorri enquanto o encarava.

H - Te amo mais - Me deu um último beijo na bochecha antes de sair e virou as costas indo ao mercado.

M - Eu ia reclamar da melação mas vocês dois são tão fofos - Maitê quebra o silêncio que havia ficado depois que Hojong saiu.

- Nem é pra tanto, nós somos carinhosos na medida certa - Eu me defendo e ela riu.

Nós nos divertimos cozinhando, rimos juntas, lembramos da nossa época de fundamental, ela me contou fofocas do Brasil, tudo isso enquanto estávamos cozinhando. Fizemos arroz, feijão, salada de tomate com alface, fritamos carne e fizemos purê de batata.

M - Meu Deus isso ficou um almoço de respeito - Ela disse batendo palmas.

- Verdade, tô louca pra devorar uns dois pratos - Ela riu concordando comigo - Nossa já se passou mais de 1 hora e Hojong ainda não chegou - Eu disse pegando meu celular.

M - Meu Deus é verdade! Eu nem tinha percebido - Ela disse com uma feição um pouco assustada.

Liguei para ele e rapidamente o telefone foi atendido, porém não foi ele que atendeu.

"Alô? Tem alguém aí?"

"Alô? Quem é você?" Entortei o rosto assim que ouvi a voz desconhecida.

"Sou bombeiro moça, provavelmente conhece este moço chamado Park Hojong não é?"

"Ele é meu namorado, porque?" Achei que poderia ter sido um roubo ou sequestro porém, um bombeiro?

"Houve um acidente com ele, o carro colidiu com um caminhão descontrolado que vinha em sua direção, infelizmente ele morreu na hora" Ele disse parecendo um pouco ofegante.

"O que?" Eu disse em completo choque com os olhos já marejados.

M - O que aconteceu Jade? Pelo o amor de Deus! - Maitê exclama em estado de desespero.

"Nós tentamos o reanimar porém não tinha mais jeito, ele faleceu, a ambulância irá levá-lo até o hospital central, tudo bem pra senhora?"

"Como assim não teve jeito senhor? Tentem reanimá-lo de novo! Aonde estão?" Eu já disse com um tom de voz desesperado.

"Nós já tentamos senhora, estamos na rua XXXX XXX, se quiser vir venha, mas acho melhor vê-lo no hospital"

"Tá bom senhor, obrigada" Eu disse de forma que quase já não se entendia, de tanto que eu estava chorando.

M - O que houve? - Ela grita e eu apenas abraço a mesma, chorando alto.

Eu sabia que algo ia acontecer! Meus sonhos não falham! Só estava negando a situação, me senti vazia e sozinha de novo, se ele eu estaria sozinha e desprotegida, ele era minha vitamina, era quem me fazia rir e me dava conselhos, era ele quem me abraçava e me beijava, agora eu estaria sozinha novamente.

Maitê apenas me abraçou fortemente de volta, ela nunca tinha me visto chorar desta forma, provavelmente ela havia se assustado.

- Acidente, ele faleceu - Eu disse depois de ter me acalmado minimamente.

M - O que? - Ela praticamente grita - e volta a me abraçar e eu continuo chorando alto como um bebê recém nascido.

Eu mesma tive que comunicar seus parentes de sua ida, ouvir o choro de sua mãe foi terrível, o enterro havia sido no dois dias depois de sua morte, parentes e amigos estavam desolados.

Maitê e eu voltamos para casa em silêncio, ela me lembrou de avisar ao meu patrão de que eu faltaria alguns dias.

"Porque você e Hojong estão faltando?"

"Hojong faleceu, preciso de uns dias para me recompor" Eu disse com a voz trêmula.

"Hojong o que?" Ele pareceu estar em choque.

"Faleceu" Eu disse e logo voltei a chorar, Maitê me olhava com os olhos marejados.

"... Fique quantos dias quiser em repouso ok? Só voltei quando estiver melhor, e se precisar de companhia eu estarei aqui" Ele disse tentando me consolar.

"Ok, obrigada Sungho" Desliguei o celular e fui para os braços de Maitê, chorar mais um pouco.

Continua...

Dear BossOnde histórias criam vida. Descubra agora