Capítulo III - A muito tempo

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Serkan POV

-Mãe, essa é a Selin, a minha noiva - falo de uma vez

Eu podia ver claramente as engrenagens da cabeça da minha mãe girando, processando o que eu acabo de dizer
-Vamos jantar, odeio atrasos - minha mãe sai sem mais nem menos

-Será que ela não gostou da notícia? - Selin me encara

-Depois eu falo com ela - pego em sua mão e vamos em direção a sala de jantar

O jantar foi um saco, um silêncio total, queria ver a Eda, mas parece que ela estava com aquele homem que vi mais cedo

-Serkan? Está tudo bem? - A voz de Selin me trás de volta a realidade e percebo que estava segurando a faca forte demais

-Sim, estou ótimo - me ajeito na cadeira

-Então querido, e essa história de casamento? Eu nem sabia que você tinha alguém - Eu já devia imaginar que minha mãe não deixaria essa história passar

-Sogrinha então... - Olho para minha mãe

-Senhora Aydan, quero que me chame de Senhora Aydan - diz encarando Selin - E então Serkan?

-Foi algo de repente, mãe, não fique chateada - seguro sua mão

-Ah, mas não estou chateada - dou um meio sorriso - estou furiosa, justo com ela Serkan ? - Meu sorriso morre ali mesmo

- Senhora Aydan, qual o problema, seu filho e eu nos amamos e estamos a três anos juntos, nada mais justo que um casamento - se agarra em meu braço

- Querida Selin, vou te dizer uma coisa e não fique chateada ou fique, isso veio muito de repente, até porquê Serkan amava outra - engasgo na mesma hora - Então não me espere com flores e doces, tenham uma boa noite, a minha acaba de ficar péssima

Tentei me levantar e ir atrás da minha mãe, mas Selin me segurou ali, tentei controlar minha raiva e não descontar em Selin, ela não tinha culpa, então apenas me soltei e fui em direção ao jardim ouvindo suas reclamações ao longe

Sim, eu amava Selin, nutria um carinho e tudo, mas nossa relação não tinha a mesma paixão como a que eu tinha com Eda

Fui caminhando pelo jardim e achei a plantação de Tulipas rosas e brancas, as mesmas que tínhamos plantado dias antes de eu partir

-Ela cuidou das Tulipas muito bem - me assusto com a voz - Perdão, não queria te assustar

-Tudo bem, Melo? - ela acena - achei que nem teria mais nada aqui

-Dada se dedicou dia e noite

Antes

-Vem, Serkan - diz me puxando pela mão

-Onde vai me levar agora?

-Minha tia conseguiu as sementes das flores, temos que plantar já, onde agora?

- Que tal ali? - aponto para perto da fonte

- Perfeito, vamos plantar

-Ah não, desculpa Eda - me afasto

-Você vai me ajudar sim, vamos logo senhor rabugento - me arrasta

Depois de um bom tempo, finalmente plantamos tudo, isso porquê eu fiquei enrolando a mexer na terra

-Viu não é tão difícil - lava a mão na fonte

-Óbvio que é, negócio nojento - lavo minhas mãos também

Meu maior ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora