Casamento Arranjado com Draco Malfoy

Capítulo 1

Era o início do outono quando retornei a Hogwarts após as férias de verão. Este ano, minhas férias foram um pouco diferentes. Em vez de passar o tempo habitual na mansão Malfoy, fui enviado para Nice, na França, para passar um tempo com a minha família paterna. Meu pai achou que seria uma boa oportunidade para eu me tornar mais próximo desse lado da família, especialmente das minhas primas, embora nada tenha sido dito abertamente, eu sabia que era parte de um plano maior. Como herdeiro da família Malfoy, eu teria que cumprir meu dever e, eventualmente, me casar com uma delas.

Foi assim que aconteceu com meus pais, meus tios, meus avós e agora comigo. Para preservar as tradições da família e a pureza do nosso sangue, nós casamos entre nós e fiquei muito aliviado por não ter que me casar com uma Black. Apesar de gostar da família da minha mãe, não há opções para mim, já que a família está recheada de traidores do sangue. A única esperança seria se a tia Bellatrix tivesse uma filha, mas aparentemente, ter herdeiros dos Lestranges não está nos planos dela.

Sinceramente, eu não entendo esse casamento da minha tia Bellatrix. Uma mulher precisa dar herdeiros para o marido, não que eu ache que Bellatrix seria uma boa mãe. Qualquer criança tem sorte de não tê-la como mãe, mas por conta dessa escolha dela, as minhas opções de esposa ficam reduzidas.

Eu já não tinha muitas escolhas. Só haviam duas primas por parte de pai que eu poderia escolher, e isso é muito limitante. Ter poucos filhos é a sina de famílias puro-sangue. Somos bem diferentes dos Weasleys, que têm mais filhos do que podem sustentar. Eles merecem esse destino por serem traidores do sangue, mas nesse momento eu meio que os invejo. Aposto que eles têm mais e melhores opções do que as minhas. Infelizmente, terei que escolher a menos pior, a esposa que for mais silenciosa, a que me dê menos trabalho e que seja bonita o suficiente para sair nos jornais e me dar um bom filho, talvez dois, caso ela não seja tão chata. Afinal, eu preciso garantir meu herdeiro homem que passará meu sobrenome.

Eu ainda tenho muito tempo, até eu me formar no fim do ano letivo, na verdade. Não vai ser uma escolha difícil, eu só tenho duas opções mesmo. Quando o final do ano chegar, eu vou falar com o meu pai e dizer qual prima eu quero me casar, agir como se fosse minha iniciativa e não como se ele não tivesse arquitetado isso desde o início. Eu irei me casar e ter um herdeiro para a minha mãe mimar, longe dos olhos de todos, eu poderei ter a minha vida de verdade, com quem eu bem entender.