Capítulo 7

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Não é querendo me gabar, mas foi muito fácil fazer com que esse noivado acabasse. Quando se tem dinheiro, poder e influência o mundo está aos seus pés, e as pessoas também. Elas cedem ao dinheiro tão facilmente... O meu plano só precisou de algumas conversas com as pessoas certas, o que não levou muito tempo, já que, quem não quer receber a visita de um Malfoy? Ainda mais quando são dois. Sem o meu pai, eu teria levado mais tempo para conseguir executar o meu plano, mas Lúcio sempre esteve ao meu lado em tudo aquilo que eu pedi a ele e dessa vez não foi diferente.

Primeiro eu fui atrás da maior pedra: Os Nott. Eu precisava convencê-los a desistir dessa ideia absurda. O que me custou um pouco pois negócios são negócios. Casar com o seu herdeiro com a herdeira do nome do Cacique Supremo te leva a outros patamares, sem contar a linhagem sanguínea dela. Era um bom negócio, eu tinha que parabenizar o Sr. Nott por uma jogada tão boa. Ele havia criado uma dívida com o Sr. Santos e o deixado sem escapatória, sem deixá-lo recusar o noivado de Theodore e S/n.

O dinheiro sempre movendo as peças no tabuleiro. Porém, eu tinha mais do que ele, do que a família dele, e muito mais vontade também. Eu pedi o Sr. Nott o seu preço para encerrar o casamento e manter a boca fechada e ele assim o fez.

Depois eu falei com o pai de S/n, o Sr. Santos. Queria que ele me contasse exatamente tudo que o fez vir para a Inglaterra. Ele relutou em abrir o jogo, o homem é orgulhoso, mas as doses de whisky fizeram um bom trabalho. Com visíveis sinais de ansiedade, ele me contou da sua dívida e de como tudo estaria certo com os Nott, principalmente após o dote generoso que eles iriam receber pela filha. Então eu cobri o valor, talvez até mais, coloquei o ouro na mesa e isso assustou o homem, fez ele engasgar com a bebida. Eu estava tomando a filha dele e ele só sabia ficar incrédulo na minha frente, mas logo ele se recuperou quando viu o brilho dourado das moedas. Eu só pedi uma coisa, que ele dissesse a S/n que ela havia sido rejeitada, que os Nott não a quisessem mais, caso contrário, eu tomar-lhe-ia até o último centavo e o deixaria vazio.

Santos concordou sem pensar muito, concordou em machucar o coração de S/n muito facilmente. Eu me entristeci em pensar que ela ficaria magoada e, talvez mal falada, mas era preciso, eu precisava que ela estivesse triste e desolado, para que então eu pudesse agir como seu salvador, aquele que a levaria ao altar e que salvaria a sua reputação.

Depois das negociações, meu pai me parabenizou, disse que eu finalmente era um homem, que eu pegava o que queria e que estava orgulhoso de mim. Finalmente eu teria o meu premio, após tantos dias de espera, de ânsia, de vontade de tê-la, ela seria minha. Eu cheguei em sua casa e fui muito bem recebido pelo Sr. Santos, já não posso dizer o mesmo das mulheres da casa, que estavam com os olhos inchados e pesados. Um bom indício, significava que o Santos havia mantido a sua palavra sobre não abrir a boca sobre nosso acordo. Para todos, Theodore Nott havia cancelado o noivado com S/n, ela agora era uma moça rejeitada pela sociedade Inglesa, uma latina que veio de longe apenas para ser mandada para onde veio.

Eu estava na sala de música, aguardando S/n vir ao meu encontro, quando ela chegou parecia abatida, a pele pálida como o vestido que usava, mas não importava, com o tempo ela voltaria a ter o brilho que sempre teve ao meu lado. Eu a abracei sem pudor, sem permissão e ela chorou no meu ombro. Eu mexi no seu cabelo, desafazendo os cachos bem presos, para poder lhe dar um carinho e acalmá-la.

"S/n, S/n, não chore. Eu vou me casar com você, vou tomar conta de você, tudo o que vier de você é responsabilidade minha agora."

"Draco...", ela disse entre os suspiros pesados, para logo em seguida me beijar pela primeira vez. 

Casamento Arranjado com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora