Capítulo 3

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Enquanto os dias passavam em Hogwarts, minha curiosidade por S/n só crescia mais e mais. Eu a observava discretamente nos corredores, nos momentos em que ela estava concentrada em seus estudos na biblioteca ou simplesmente caminhando pelo castelo. Ela tinha uma aura de mistério ao seu redor, que me instigava a querer saber tudo sobre ela.

Decidi que era hora de dar o primeiro passo para me aproximar dela. Com cuidado para não chamar muita atenção, escolhi um momento oportuno durante uma aula de Feitiços. S/n estava sentada algumas fileiras à frente de mim, e enquanto o professor explicava o próximo feitiço, eu aproveitei para sussurrar um elogio sutil sobre sua habilidade mágica.

"Você tem um dom natural para isso," murmurei, esperando que minhas palavras não fossem percebidas pelos outros alunos ao nosso redor. Eu sempre gostei de descrição.

S/n virou-se para mim, surpresa estampada em seus olhos verdes. Seu sorriso foi tímido, mas genuíno, e isso foi o suficiente para me encorajar a continuar.

"Eu me chamo Draco Malfoy," me apresentei, tentando parecer casual e não desesperado, mesmo que eu estivesse com anseio por qualquer coisa que viesse dela.

"S/n Santos," ela respondeu, sua voz suave e melodiosa.

"Eu sei.", eu disse rapidamente. "É impossível alguém não notar quem você é."

Quando a aula acabou nós saímos juntos, lado a lado, numa conversa que ambos tinham coisas a dizer. Ela me disse que a família inteira trabalhava no Ministério da Magia do Brasil e foi quando eu me toquei de onde conhecia o sobrenome Santos: é simplesmente o sobrenome do Cacique Supremo Vicência Santos. Ela era herdeira de uma das famílias mais ricas, nobres e puros-sangues que da América Latina. É claro que havia desertores, mas nem toda família é perfeita e a minha é uma prova disso. Os Black deveriam aprender um pouquinho sobre lealdade ao sangue.

Ela era uma verdadeira dama: educada, sofisticada, inteligente e, sem dúvida, bonita. Simplesmente perfeita. Perfeita para mim, para ficar ao meu lado. Desde o início que eu sinto vontade de beija-la, mas agora eu sentia uma sede por ela? Algo assim. Um sentimento que ainda não sei bem explicar, mas eu adoro ouvi-la falando sobre a sua vida no Brasil, das suas aulas de piano e em como nós gostamos das mesma músicas. É claro que há algumas diferenças, como ela preferir poesia e eu preferir livros de história, mas eu já conseguia nos imaginar lendo um livro no fim do dia, em nossa cama, como um bom casal faria.

Eu estava pendurado em cada palavra que ela dizia com sua voz harmoniosa, nos seus gestos, nas suas mãos macias. Aos pouquinhos eu fui me tornando amigo dela, ela era muito reservada, o que me deixava muito satisfeito com esse fato, e não tinha amigos próximos, apenas colegas. Ninguém nessa escola estava no nível dela mesmo, pelo menos não da casa dela — a Corvinal. Só havia uma pessoa que estava no mesmo patamar que ela, alguém que vinha de uma boa família e que tinha bons modos. Esse alguém era eu. 

Casamento Arranjado com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora