"O amor é um castigo."
– então... – tossi – Alastor, peço que vá embora.
– não vou embora até eu conseguir o que eu quero. – falou se apoiando em seu cajado, com um sorrisinho.
29 de junho - Alastor estava ali para fazer um pacto com S/n. Um pacto que valeria a sua vida, esse era o preço do amor.
O amor é um sentimento bom, mas ao mesmo tempo também é ruim. Ruim porque nem sempre é recíproco, como é nesse caso. O amor também é como uma corrente e um castigo.
Algo que o prende firmemente na pessoa, impedindo de ir embora. A deixando cega.
– e o que exatamente você quer? – perguntou, um tanto curiosa.
– eu quero te ajudar, minha cara! – falou sorridente como sempre.
– me ajudar? Não me faça rir. – S/n debochou, soltando uma risada.
Alastor passa a mão brevemente pelo o seu cabelo, soltando um longo suspiro, mas ainda assim mantinha o seu rosto "feliz", com o seu sorriso costurado.
– eu quero fazer um pacto com você.– disse, sendo direto.
– nem fudendo, pode esquecer!
– não seja assim, minha cara! me escute, sim? Eu posso te dar tudo o que deseja. – ele deu uma pausa, se aproximando dela, sussurrando em seu ouvido. – como o tão desejado... Amor recíproco.
[...]
Amor recíproco era algo que eu nunca consegui experimentar em toda a minha vida. Pois ninguém nunca gostou de mim de verdade.
Amor para mim era algo difícil de entender, o amor é algo dure e confuso. E como eu nunca fui amada de verdade, eu não sei como é o amor.
Será que eu realmente sei amar? Esse pensamento se passa pela minha cabeça frequentemente e isso acabava comigo. Ou apenas estou tentando implantar algo na minha cabeça, me forçando a gostar de alguém, por medo de ficar sozinha?
– e então? O que me diz, minha linda humana? – disse com um olhar sugestivo.
– eu... Preciso de um tempo.
... Qual seria a sensação de ter um amor recíproco?
– certo! Tudo no seu tempo! – Alastor disse com a sua voz de rádio, se afastando de mim. — eu irei voltar, linda humana. – ele bateu o seu cajado no chão, fazendo um poder verde o rodear. Logo desaparecendo.
Eu me joguei na cama de barriga, afogando o meu rosto no travesseiro, começando a gritar.
[...]
Acordei nunca manhã fria. Logo me levantando, indo em direção ao meu banheiro. Começando a fazer a minha rotina matinal.
Lavei o meu rosto, pegando a pasta de dente colocando na minha escova, começando a escovar os dentes. Quando termino, cuspo tudo. Logo indo tomar um banho quente.
Tomo o meu banho quente tranquilamente, aproveitando aquele momento de lazer. Assim que termino, me enrolo na toalha para me enxugar.
Abro a porta do banheiro saindo de lá.
Vou em direção ao meu guarda roupa, pegando uma roupa qualquer, a vestindo.
Logo pôde-se se ouvir um barulho de um celular tocar. Era ele novamente... Alan.
Respirei fundo antes de atender.
– o que houve?
"– S/n... Eu preciso de você. Estou com saudades da gente..."
Meu corpo relutou com aquilo, eu sabia o que ele queria. Ele sempre fazia isso. E isso acabava comigo.
"– preciso de você aqui comigo."
– olha, Alan. Eu entendo que você passou por um momento difícil no seu último relacionamento e que supostamente não está pronto para mais um agora. Então eu peço que me entenda também. Não é só você que tá "sofrendo" com tudo isso, okay?
Pôde se ouvir um suspiro baixo no outro lado da ligação.
"– eu não quero acabar com isso que a gente tem, sabe? eu gosto de você pra caralho, de verdade."
– gosta é? Sei. – ironizei a sua fala.
"– é sério..."
"– eu quero construir algo com você, só não agora, não estou preparado pra nada assim ainda."
– e quando você vai estar hein? Me diz! – falei sentindo um aperto no peito, e meus olhos lacrimejar.
O mesmo nada respondeu.
Querendo ou não, eu sabia que eu iria perdoá-lo pelas suas mancadas. Pois eu não iria conseguir ficar sem ele por muito tempo. Eu sentia uma necessidade imensa de tê-lo perto de mim.
Isso não era amor, era dependência emocional.
Então não importava o tanto que ele errasse comigo, eu sempre iria o perdoar...
E como um castigo, isso iria se repetir várias vezes, em um ciclo sem fim.
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O Preço - Alastor
Fanfiction+18 S/n é uma garota a qual sofre por um amor não correspondido. Certa noite ela se pega olhando na janela, tendo a visão de uma criatura estranha a encarando com um sorriso façanho.