"O amor é algo confuso."
29 de junho - Querendo ou não, eu sabia que eu iria perdoá-lo pelas suas mancadas. Pois eu não iria conseguir ficar sem ele por muito tempo. Eu sentia uma necessidade imensa de tê-lo perto de mim.
Isso não era amor, era dependência emocional.
Então não importava o tanto que ele errasse comigo, eu sempre iria o perdoar...
E como um castigo, isso iria se repetir várias vezes, em um ciclo sem fim.Logo pôde-se ouvir o barulho da ligação sendo encerrada. Ele havia desligado.
Eu só conseguia sentir raiva enquanto chorava, porque eu insistia em algo que nunca vai dá certo?!
Me joguei na cama novamente, sem intenção de continuar o dia e só ficar deitada.
– olá, minha cara. Vejo que as coisas não estão indo bem novamente. – ao escutar essa voz eu tomo um susto.
– porra, Alastor...! – joguei o travesseiro nele e o mesmo desvia.
– me desculpe se eu te assustei. – ele pede desculpas se sentando na minha cama. – e então, já pensou? – ele perguntou curioso, ele queria tê-la logo.
– ainda não... – disse cabisbaixa.
– eu sinceramente não te entendo, o que te faz pensar tanto assim? Ele não te merece, você merece alguém melhor. – falou sendo direto.
Até mesmo o Alastor percebia o quanto isso tudo era cansativo.
– não sei... É só que eu... Eu gosto dele.
– não, você não gosta. Isso é só algo que você colocou na sua cabeça pra se sentir melhor em relação à sua dependência.
Porra, aquilo doeu.
– você não sabe de nada.
– minha cara... Eu só quero que você experimenta o amor recíproco.
– e como seria isso? Ele vai me amar? – seus olhos brilharam.
– você não está entendendo, ele não é pra você. Eu vou fazer conhecer o amor recíproco, mas não vai ser com ele. Porque ele não é a pessoa certa pra ti.
– mas... Se não é ele, quem é?! – não se passava ninguém na sua cabeça que poderia ser o seu amor de verdade.
Você não conseguia aceitar.
Se não era ele quem era?
– você terá a sua resposta quando aceitar fazer o pacto. – ele falou serenamente. – pode ser a pessoa que você menos espera. O amor é algo confuso.
[...]
Me levantei e fui ao banheiro, me olhando no espelho, sentindo as lágrimas rolarem, porque o amor doía tanto?
Lavei o meu rosto e a minhas mãos, as lavando com certa força, as machucando. As deixando em carne viva.
Eu sempre acabava me machucando quando pensava demais.
– pare... – ele segurou as minhas mãos que estavam a tremer.
Então comecei a chorar sem parar, soluçando. Aquilo estava doendo tanto, que o abracei.
O mesmo recuou um pouco pois não gostava muito de toque, mas mesmo assim não me afastou, tentando me reconfortar.
– Alastor...
– sim?
– eu... Eu aceito.
Os olhos do demônio brilharam em ascensão, e o seu sorriso aumentou mais ainda.
Ele então me olha com um olhar calmo e um sorriso ladino, descendo suas mãos para a minha cintura.
– você quer mesmo isso?
– ... Sim.
– então vamos selar... – o mesmo pega em meu queixo, o puxando para si. Selando os nossos lábios em um beijo calmo.
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O Preço - Alastor
Fanfiction+18 S/n é uma garota a qual sofre por um amor não correspondido. Certa noite ela se pega olhando na janela, tendo a visão de uma criatura estranha a encarando com um sorriso façanho.