cap 7

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NERISSA DELACROIX

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NERISSA DELACROIX

Acordei com o som estridente do meu despertador, cortando o silêncio da manhã. Meu corpo protestava contra a necessidade de se mover, cada músculo ainda tenso da noite anterior. As palavras dele ecoavam na minha mente, misturando-se com o som da chuva que caía lá fora.

— Sinceramente, eu odeio ter que estar na universidade todos os dias.

Olhei para o relógio. Seis da manhã. Tempo suficiente para me arrumar e chegar à universidade antes da primeira aula. Eu me sentei na cama, os lençóis enrolados ao meu redor, e esfreguei os olhos, tentando afastar os restos de um sonho perturbador. Zane. Ele estava em todos os lugares, mesmo nos meus sonhos.

Levantei-me e fui direto para o banheiro, precisando de um banho quente para clarear a mente. A água escaldante era uma tentativa de lavar a intensidade da noite anterior, mas não adiantava. A lembrança do toque dele ainda estava ali, queimando na minha pele.

Depois do banho, vesti-me rapidamente: jeans escuros, camiseta preta e um casaco de couro que me fazia sentir um pouco mais protegida. Peguei minha mochila, cheia de livros e cadernos, e desci as escadas para a cozinha. Minha mãe já estava lá, preparando café.

— Bom dia. — ela disse, sem olhar para mim. — Dormiu bem?

— Como uma pedra no fundo de um lago. — Murmurei, pegando uma maçã da fruteira.

Ela olhou para mim, franzindo a testa.

— Isso é o que você vai comer? Uma maçã?

— Ah, desculpe. Eu esqueci que tinha que seguir o cardápio perfeito que você preparou — respondi, mordendo a maçã com força.

— Não precisa ser sarcástica. Só acho que você deveria comer algo mais substancial para o café da manhã.

— E eu acho que você deveria se preocupar menos com o meu café da manhã e mais com as suas próprias coisas, mas acho que não podemos ter tudo, né?.— Fiz uma pausa erguendo uma sobrancelha.

— Oops, esqueci que a sua maior preocupação é me empurrar nos braços de Tyler Hawke.—

Ela bufou, claramente irritada.

— Você sempre tem que transformar tudo em uma discussão?

— Só quando você me dá motivos para isso.

Ela respirou fundo, tentando se acalmar.

— Eu só quero o melhor para você, Nerissa. Se você não consegue ver isso, então o problema é seu.

— Ah, claro, porque eu sou a ingrata que não valoriza tudo o que você faz, não é?

— Exatamente. Você nunca percebe o quanto eu me esforço por você.

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