cap 8

43 7 0
                                    

ZANE HAWKE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ZANE HAWKE.

A noite estava silenciosa, exceto pelo som distante dos carros passando e o sussurro das folhas nas árvores. Eu me escondia na escuridão, minha silhueta dissolvida nas sombras do jardim de Nerissa. A janela do banheiro estava entreaberta, permitindo que a luz suave da lua iluminasse o vapor que subia do chuveiro.

Ela estava lá, a água escorrendo por seu corpo, revelando suas curvas através do vidro embaçado. Cada movimento era hipnotizante, como se eu estivesse assistindo a um espetáculo proibido, reservado apenas para mim. Meu coração batia forte, a mistura de excitação e perigo alimentando uma adrenalina viciante.

Então, algo mudou. Ela começou a se tocar, seus dedos deslizando pela pele molhada, explorando cada centímetro com uma reverência quase sagrada. Minha respiração ficou presa, incapaz de desviar o olhar, completamente cativo daquela visão.

De repente, seus olhos se abriram. Ela não podia me ver, mas parecia sentir minha presença. Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios, e com uma voz baixa e carregada de sarcasmo, ela disse:

— Gosta do que vê, Zane?

Cada palavra penetrou como uma faca na minha mente, me fazendo recuar. O pânico me dominou, e eu tropecei para trás, quase caindo. Sem pensar, me virei e corri, os pés mal tocando o chão enquanto me afastava dali. O sangue pulsava nos meus ouvidos, o coração martelando contra as costelas.

Cheguei em casa e bati a porta atrás de mim, jogando-me no sofá. A imagem dela ainda estava vívida na minha mente, cada detalhe mais nítido que o anterior. A maneira como a água escorria por seu corpo, o brilho desafiador em seus olhos quando pronunciou meu nome. Tudo estava gravado como um filme que não parava de rodar.

O desejo e a excitação fervilhavam dentro de mim, uma tempestade que eu odiava. Odiava sentir algo por Nerissa. Odiava que ela tivesse esse poder sobre mim. Não era amor. Era uma obsessão perversa, uma necessidade de ter autoridade sobre ela, de controlá-la.

Quero que ela seja minha.
Quero que ela seja minha.
Quero que ela seja minha.
Quero que ela seja minha.

Eu estava desesperado, tentando afastar a imagem dela da minha mente, mas era inútil. A lembrança de Nerissa, tão próxima e ainda assim inatingível, me consumia. Ela sabia que eu estava lá. Ela sentiu minha presença, e mesmo assim, não havia medo em sua voz. Apenas desafio e provocação.

Era essa a essência dela que me prendia, a combinação de força e vulnerabilidade, de desafio e desejo. Nerissa era uma tempestade, e eu, um náufrago preso em seu olho, incapaz de escapar. A obsessão crescia, alimentada por cada interação, por cada confronto.

Shadows UnveiledOnde histórias criam vida. Descubra agora