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17 de janeiro de 2022.

Mila Leone

Os shots que virei começaram a fazer efeito e comecei a não entender muito bem tudo que estava acontecendo.

Acabei esquecendo do meu objetivo principal e comecei a dançar no local em que eu estava na pista. Estava lotado de gente e era uma atmosfera sensual, a música latina tocando acabava colaborando.

Estava dançando junto com duas garotas desconhecidas que estavam perto de mim até que comecei a sentir a sensação de ter olhos em mim. Queimando como se eu estivesse sendo observada.

Comecei a olhar em volta, procurando, até que vejo ele num camarote pouco mais a cima de onde eu estava e olhando fixamente para mim.

Lancei um beijo no ar para ele, que na mesma hora fez o gesto de pegar com a mão e colocar em seu peito. Lancei novamente e ele vez o mesmo só que dessa vez levou a boca dele... Sorri com a atitude do mesmo e voltei a focar em minha dança.

×

Saí do local para tomar um ar e já estava a um tempo sem beber nada, estava com uma garrafa d'água nas mãos. Respirava loucamente pois estava cansada de tanto dançar. Sentei na calçada e vejo no chão a minha sombra se aumentar.

— Oi, o que faz aqui? — ele se senta ao meu lado após sair de traz de mim.

— Tomando um ar pra ver se amanhã acordo melhor pro trabalho, até parei com a bebida já. — falei simples. — E você?

— Está falando normal comigo? Não é você que me odeia? — ele pergunta em choque.

— Odeio, só estou sendo educada.

— Estou tomando um ar também. — ele responde olhando para a rua.

— Qual seu nome? Você sabe o meu mas não sei o seu. — perguntei curiosa.

— Não posso falar. — franzi o cenho. — Se eu te contar meu nome você não vai gostar, então por enquanto vou usar um codinome. — fiz uma expressão de confusão dando entender que era para ele continuar falando. — Me chame de Lorenzo.

— Lorenzo? — ri irônica. — Ok então, tem louco pra tudo.

Continuei em silêncio junto com o mesmo até que vejo que já estava perto das uma da manhã. Então, ligo para Rebecca até ela atender.

— Onde você está? Está tarde, vamos embora. — falei assim que ela atendeu.

— Oi. É a Mila, certo? — uma voz masculina atendeu. — Trouxe Rebecca pra casa e ela adormeceu, me disse para te avisar quando você ligasse.

Filha da puta.

— Ok, muito obrigada, moço! — desliguei e olhei com cara de desesperada para "Lorenzo".

— O que aconteceu? — ele perguntava preocupado.

— Minha amiga foi embora com um homem e me deixou aqui! — falei sem saber o que fazer.

Ódio & Gelato | Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora