The Boy Is Mine - Damianya / Danya - Damian e Anya

Capítulo 5

- Fazem seis meses. - Começa Sherwood ao olhar para as imagens postas na mesa a sua frente. - Denovan não é visto há seis meses.

Quarta-feira era um dia turbulento para mim pelo ensaio prolongado para os campeonatos de verão no início do semestre, mas decidiram realizar as reuniões da missão de quinze em quinze dias e eu não tive muita escolha, sendo assim, a equipe de torcida teria que esperar alguns minutos pela sua flyer da direita. Minha posição havia sido escolhida pela minha flexibilidade e altura inferior ás das minhas colegas de time, mas eu ainda estava tendo alguns problemas com o equilíbrio, o que fez Faby querer me matar quando falei que atrasaria meia hora.

- Também não ouvi Damian falar muito sobre ele. - Franzo a testa ao perceber. - Quando me encontrei com o seu irmão, lembro dele ter recomendado que o mais velho seguisse as recomendações do pai, mas não sei quais recomendações eram essas.

- Seria estranho se questionasse isso diretamente, mas talvez seja bom sondar o assunto. - Meu pai aconselha ao colocar os braços sobre a mesa e pegar uma foto. - Demetrius tem agido imprudentemente.

- Algumas garotas me falaram coisas estranhas no outro dia. - Conto ao observar a imagem nas mãos do meu pai daquele homem que havia falado comigo na festa saindo de um motel barato. - Elas falaram que sentiam muito pelo que eu passei quando pensaram que eu havia passado a noite com ele, que sabiam sobre a fama dele e que tinham pessoas que não poderiam mexer. - Twilight me olha confuso. - Damian também me alertou para que eu não ficasse perto dele, disse que eu me arrependeria de ter alguém como ele por perto.

- Por que pensariam que você passou a noite com um homem? - Escuto Loid perguntar com uma feição séria.

- Porque eu passei, papai. - Olho para ele confusa. - Eu estava com Damian, não era esse o plano?

- O plano era se aproximar dele, você não precisa se envolver dessa forma com ninguém. - Ele dizia com raiva. - Você é nova demais para isso.

- Eu tenho dezessete anos, pai. - Olho para ele com menos paciência. - É bem mais fácil estar perto dele se não for apenas como amiga, você sabe disso.

- Isso eu não permito. - Ele suspira frustrado e volta a se sentar. - Você não deve ser usada assim pela missão, eu não quero que você faça tão pouco caso das suas próprias vontades.

- E o que você sabe sobre minhas vontades? - Sussurro magoada e levemente irritada, mas sei que ele não escuta por Franky falar por cima das minhas palavras.

- Eu aconselhei-a a isso. - O amigo do meu pai que eu via como um tio interrompe o sermão. - Assim que tudo isso acabar, Anya poderá ter uma vida normal e você não tem o direito de tirar isso dela novamente. - Eu nunca havia visto uma expressão tão destemida vinda dele como a de agora. - Não a culpe por querer acabar logo com isso, ela nunca disse que fez ou faria com o garoto qualquer coisa dessas que você imagina, ela não é assim.

Forço as lágrimas que se formavam em meus olhos a permanecerem em seus lugares de origem, meu tio sempre me defendia, mesmo quando tinha que mentir para isso. A ideia era minha, o único atributo que havia sido elogiado em mim durante todos esses anos era minha beleza e, por isso, tentaria usar isso ao meu favor.

- Eu confio em você, Anya. - Começa Sherwood antes que os dois continuassem. - Mas não se sinta pressionada a nada, faça apenas o que quer sobre sua vida pessoal, só queremos uma proximidade entre os dois suficiente para que consiga informações.

- Eu também confio em você, Anya. - Meu pai fala e respira fundo. - Mas seja prudente.

- Tudo bem. - Eu suspiro. - Prometo que não vou passar dos limites da amizade. - Meu pai respira aliviado.