Learning to Live Together

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ELIZA

Eu guio Antonella enquanto caminhamos para a sala de aula, e quando chegamos lá, vou direto me sentar perto das minhas amigas. Antonella me segue, e eu não posso evitar ficar irritada.

— Ai, Anto, senta lá na frente, você já está sempre comigo e agora até na escola? — reclamo, cruzando os braços.

— Mi scuso, Lizzie, ma volevo essere vicino a te — ela diz, olhando para baixo com tristeza.

(Me desculpe, Lizzie, é que eu queria ficar perto de você)

— Mas eu não quero ficar perto de você, Antonella — digo um pouco alto para que ela entenda, e finalmente ela vai se sentar na frente.

— É aluna nova? — pergunta Rebeca, curiosa.

— Sim, e minha prima — respondo, revirando os olhos.

— E por que ela fala aquela outra língua? — pergunta Anny.

— É a língua do país da minha mama, Antonella também é de lá — explico, enquanto me acomodo na cadeira.

— Que estranha — comenta Rebeca, referindo-se a Anto.

Olho para Antonella, sozinha lá na frente, e sinto um pouco de pena dela. Mas não aguento mais minhas mães dando toda a atenção do mundo para Antonella; parece que ela é o centro do universo.

— É, ela é muito estranha — digo, tentando disfarçar a sensação de ciúmes.

— Olá crianças, vamos começar nossa aula? — Tia Jade diz, colocando sua pasta em cima da mesa — Hoje temos uma aluna nova, né? O que devemos falar para ela? — pergunta, animada.

— Seja bem-vinda! — todos os alunos falam juntos, em voz alta.

— Qual o seu nome, pequena? — a professora pergunta para Antonella.

— Antonella — ela responde baixinho.

— Que lindo, seja bem-vinda — a professora diz, dirigindo-se exclusivamente a ela.

— Tia, por que ela entrou na escola agora? Já está acabando o ano — um menino pergunta.

— É porque ela gosta de chamar a atenção — comento, dando de ombros.

— Eliza, sem gracinhas — Tia Jade repreende, séria.

A professora começa a aula, e tento me concentrar no que ela está ensinando, apesar de tudo.

           

                         MAYA BISHOP

Depois de receber aquela mensagem minha mente não parava por um segundo, quem estaria por trás daquilo? Eram tantas dúvidas na minha mente

— Não é, Maya? — Emma fala, me tirando do transe.

— Ah? É, sim — concordo, sem realmente prestar atenção.

— Nem ouviu o que eu falei — ela revira os olhos enquanto eu tomo um gole do meu café.

— Desculpa, minha mente estava distante — murmuro.

— Eu amo essa torrada daqui, prova um pouco, amor — Emma fala, dividindo um pedaço com Vic e dando um selinho nela em seguida.

Estávamos tomando café em uma cafeteria em frente ao prédio onde trabalhamos.

— Nossa, que coisa brega, são quase sete da manhã — comento, fazendo uma careta.

— Parece que alguém não dormiu muito bem — Vic comenta, lançando uma indireta para mim.

PS Tudo ficará bem no final (MARINA)Onde histórias criam vida. Descubra agora