Ti voglio bene

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MAYA BISHOP

A escola de Lizzie estava cheia naquele dia, ela iria apresentar um trabalho importante com seus colegas. Eu e Carina chegamos cedo e nos sentamos entre outros pais e responsáveis que aguardavam ansiosamente.

Carina se sentou ao meu lado, segurando um algodão doce colorido.

— Quer? —Ela me ofereceu com um sorriso que iluminou seus olhos. Não pude deixar de rir com a cena.

— Não, meu bem, pode comer — respondi, sorrindo. Observei enquanto ela comia o algodão doce como uma criança. A cena me aqueceu o coração. Quando ela terminou, limpei os restos de açúcar de seu rosto com ternura.

Percebi que Carina se arrepiava por conta do frio. Sem hesitar, tirei meu casaco e o coloquei sobre seus ombros.

— Obrigada — disse ela, com um sorriso caloroso.

— Não precisa agradecer, linda — falei, dando um beijo suave em sua bochecha. Senti um calor de alegria ao ver o rubor em seu rosto.

— Você sabe que tem um casal religioso atrás de nós, não é?  — ela disse, um pouco envergonhada.

Sorri, sem me importar — Eu não ligo, só você importa. Não posso amar a minha futura namorada?

Ela sorriu largo, surpresa — Futura namorada? —

— Sim — respondi, tomando um gole da minha água.

Carina então perguntou, quase casualmente — Você pensa em ter mais filhos?

Engasguei, surpresa com a pergunta —O-o que? A-agora? — perguntei, nervosa.

— Você deveria ter visto a sua cara. — ela riu

— Ah, amor — murmurei

— Sou seu amor? —  perguntou ela, beijando minha bochecha.

— É, você é meu amor — respondi, sorrindo — E respondendo sua pergunta, podemos pensar nisso mais para frente, Senhorita Deluca

— Acho que só a Lizzie já está bom — ela riu

— Eu também— concordei, sentindo uma alegria tranquila.

Uma moça se aproximou de nós, interrompendo nosso momento —Licença, vocês são responsáveis por Eliza?

— Sim, somos as mães dela — respondi

— Faltam poucos minutos para a turma dela apresentar e ela está chorando muito e Rebeca mandou chamar vocês —disse a moça. Olhei para Carina, sentindo uma pontada de preocupação.

Nos levantamos rapidamente e fomos até a sala onde Lizzie e seus colegas estavam.

— Tia Maya, ela não me responde —disse Rebeca desesperada

Lizzie correu até mim, os olhos cheios de medo —  Mamãe — ela me abraçou forte e eu me abaixei para ficar do seu tamanho, sentindo seu coração acelerar.

—Ei, fica calma, meu amor, respira—falei suavemente, tentando acalmá-la.

— Eu não tô conseguindo respirar direito —disse ela, com a respiração descompassada

— Bambina, respire com a mama, vamos — Carina falou com uma calma impressionante, fazendo Lizzie olhar para ela — Primeiro vamos cheirar a florzinha e depois sopramos a vela —Lizzie seguiu o exemplo de Carina, e sua respiração começou a se normalizar.

— Agora nos diga o que aconteceu— pedi, ainda preocupada.

— A Lívia disse que você não iria vir me ver como todas as vezes e falou que nem a mama viria me ver —Lizzie explicou, chorando compulsivamente. Meu coração apertou ao ouvir isso. Olhei para Carina, compartilhando a dor.

PS Tudo ficará bem no final (MARINA)Onde histórias criam vida. Descubra agora