Did i cross the line?

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ELIZA

Ao entrar na escola naquela manhã, meu humor já não era dos melhores, e me deparar com Antonella e James conversando no corredor só serviu para piorá-lo. Eles riam juntos, suas vozes mescladas em uma harmonia irritante que ecoava pelos meus ouvidos. O desconforto e a indignação brotaram em meu peito, mas, em vez de confrontá-los, preferi ignorá-los completamente, mantendo o foco no caminho à frente. De uma coisa eu sabia: Antonella iria se dar muito mal nessa história, mas decidi ignorar a situação e continuei meu caminho em direção à sala de aula. Às vezes, a melhor coisa a fazer é não se envolver.

—Bom dia, vadias — cumprimentei minhas amigas com um sorriso travesso, me sentando ao lado delas.

— Bom dia, Lizzie! — Anny respondeu animada, ainda concentrada em rabiscar algo no caderno.

— Bom dia uma merda — Rebeca murmurou sem ânimo, sua voz baixa e cansada.

— O que rolou? — perguntei, lançando um olhar questionador para Anny

— Meus pais brigaram a noite inteira — Rebeca suspirou, os olhos pesados de quem não havia dormido bem.

— Poxa, sinto muito, Beca — falei, tentando transmitir um pouco de conforto. Sabia que não havia muito que eu pudesse fazer além de estar ao lado dela, mas queria que ela soubesse que eu me importava.

A sala de aula começou a se encher, e logo a professora entrou, iniciando a aula. A atenção de todos foi rapidamente capturada pelos conteúdos que ela apresentava

— Ei — ouvi um sussurro vindo de trás de mim. Era um som tímido, quase hesitante.

— Oi — respondi, me virando para ver quem era.

Para minha surpresa, era a nova aluna. Seus cabelos longos e ondulados caíam sobre os ombros, os fios castanhos. Uma franjinha cobria parte da testa, e seus olhos, de um castanho escuro intenso, me encaravam com uma mistura de nervosismo e timidez.

— Você pode me emprestar uma borracha? Acho que esqueci a minha em casa — ela pediu, um tanto nervosa, como se não quisesse incomodar. Havia algo doce e gentil em sua voz que me fez sorrir.

— Ah, claro — falei, entregando-lhe minha borracha sem hesitar.

Ela usou a borracha rapidamente e logo me devolveu, um sorriso de gratidão se formando em seus lábios.

— Obrigada... — Ela começou, mas sua voz hesitou ao perceber que ainda não sabia meu nome.

— Eliza, Eliza Deluca Bishop — falei, estendendo a mão para ela. Queria que ela se sentisse acolhida, e o gesto parecia natural.

—  Alicia Moonlight, mas pode me chamar de Lia — respondeu com um sorriso caloroso, apertando minha mão. Seu sorriso iluminou todo o seu rosto, e naquele momento, senti que havia algo de especial nela.

—  Que nome diferente — comentei, sorrindo de volta. Havia uma curiosidade genuína em minha voz. Queria saber mais sobre essa garota que já parecia tão fascinante.

Lia sorriu ainda mais, e com uma confiança inesperada, explicou o significado de seu nome com uma paixão que me deixou impressionada.

— Meu nome significa que sou uma alma nobre e pura, guiada pela sabedoria e intuição da lua. Encontro minha força e inspiração na natureza, irradiando uma luz suave e acolhedora que ilumina as vidas daqueles ao meu redor, mesmo nas situações mais sombrias. Sinto uma conexão profunda com o universo, alinhando-me perfeitamente com os valores de amor, paz e harmonia que são tão importantes na minha cultura — disse ela, sem pausa, o sorriso largo e sincero nunca deixando seus lábios.

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⏰ Última atualização: Aug 21 ⏰

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PS Tudo ficará bem no final (MARINA)Onde histórias criam vida. Descubra agora